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dezembro 8, 2020
Plataforma Extrato faz mapeamento interativo da produção pernambucana de artes visuais
Projeto alinha-se à tendência internacional de art techs, em que startups vem gerando redes disruptivas entre artistas, curadores, colecionadores e investidores
Um mapeamento interativo da produção pernambucana de artes visuais, feito a partir de um exercício de curadoria coletiva. A partir dessa proposta, acaba de ser lançada a plataforma Extrato (https://extrato.art/), iniciativa de base tecnológica em que artistas podem criar e atualizar seus portfólios, compartilhar trabalhos, biografias e links da sua produção artística e publicar textos e eventos no campo da arte.
Um happening de lançamento acontece no dia 10 de dezembro, quinta-feira, às 20h. No encontro virtual que acontece dentro da própria plataforma, um vídeo chat promoverá a navegação e conversa entre equipe, artistas e público.
A inovação foi criada e produzida por um time que conta com a artista visual Isabela Stampanoni, o web designer Diogo Andrade e o arte-educador Hassan Santos. O nome Extrato remete ao conceito de concentrar, reunir e listar informações a fim de propiciar pesquisa, discussão e difusão da arte. "É um espaço de convergência para que artistas compartilhem entre si e com o público suas narrativas e poéticas diversas", observa Isabela Stampanoni.
Selecionado para fomento pelo edital Funcultura Geral (2017/2018), o projeto nasceu para suprir a ausência de um espaço virtual que concentrasse essas informações. "A maior parte do conteúdo relativo à produção contemporânea de artes visuais está nas mídias sociais, fragmentados em ilhas não indexadas por buscadores como o Google, o que dificulta a disseminação", observa Diogo Andrade.
No processo de curadoria coletiva, artistas são convidados a experimentar os recursos disponíveis na plataforma e podem convidar outros artistas, compartilhando convite/senha que permitem cadastramento gratuito. O conteúdo é aberto ao público, para que se dissemine via sistemas de busca e funcione como espaço de fruição e pesquisa, gerando conexões organicamente.
Apesar de ter sido concebido sem fins comerciais, o Extrato já revela potencial para alinhar-se à tendência internacional de art techs, em que startups têm se dedicado à formação de redes disruptivas, gerando pontes entre artistas e demais atores do mercado, como curadores, colecionadores e investidores.
"Estamos abrindo uma nova janela, não prevista no projeto inicial: a possibilidade de ofertar obras à venda via da plataforma. O artista poderá escolher se deseja lidar diretamente com o interessado na compra ou se prefere o intermédio da equipe do Extrato para negociar. Ainda em desenvolvimento.", comenta Diogo Andrade.
Usufruindo do alcance global da internet a estratégia de divulgação do projeto irá oferecer a arte pernambucana para além das fronteiras do estado e do país. Uma campanha online pretende atingir o público de cidades do Brasil e de capitais internacionais: Nova Iorque, Milão, Tóquio, Ottawa, Paris e Berlim.