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novembro 2, 2020

Luiz Zerbini no Oi Futuro, Rio de Janeiro

Artista ocupará todo o centro cultural, incluindo a fachada e a claraboia, com trabalhos inéditos e imersivos, que tratam das relações intrínsecas entre arte, tecnologia e ecologia

Exposição terá instalação imersiva em que o público vai caminhar sobre uma passarela entre árvores e arbustos tropicais, como se estivesse entrando em uma floresta


No dia 5 de novembro, será inaugurada a exposição “Campo Expandido”, com obras inéditas de Luiz Zerbini, um dos mais destacados artistas da chamada Geração 80, que ocuparão todo o espaço expositivo do Centro Cultural Oi Futuro, além da fachada lateral de vidro e da claraboia. O evento marca a reabertura do espaço à visitação presencial após sete meses de fechamento por causa da pandemia e do isolamento social preventivo. A mostra segue todos os protocolos de segurança sanitária previstos pelos órgãos responsáveis, e as visitas devem ser agendadas por meio do site do Oi Futuro (www.oifuturo.org.br) ou por telefone: (21) 3131-3060. Serão apresentadas instalações e intervenções inéditas, pensadas especialmente para esta mostra, que permeia os campos da arte, da tecnologia e da ecologia. A exposição também tem prevista visitação digital com tecnologia 360º e é apresentada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, Lei Estadual de Incentivo à Cultura e Oi, com apoio cultural do Oi Futuro.

“A proposta da exposição é pensar a natureza em relação ao futuro, evocando o passado. E o mesmo com a tecnologia, trazendo a interação para algo cotidiano, menos espetacular, mais reflexivo”, diz Luiz Zerbini.

“A mostra, que integra o calendário de comemoração dos 15 anos do Centro Cultural Oi Futuro, estava prevista para ser aberta no dia 21 de março. A pandemia global fez com que fechássemos o centro cultural antes da data e, como todo mundo, a exposição entrou em quarentena. Durante meses, esse Campo Expandido esteve fechado aos olhos e à convivência do público, mas agora, finalmente, abre-se sob os efeitos dos desdobramentos que o próprio artista criou no período em que a exposição esteve em suspensão”, conta Roberto Guimarães, gerente executivo do Cultura do Oi Futuro. “Esta exposição reafirma o propósito do Oi Futuro, que há uma década e meia se dedica a produzir, exibir e disseminar projetos no âmbito da convergência entre arte, ciência e tecnologia.”

Adesivos coloridos e translúcidos cobrirão toda a fachada de vidro e a claraboia do Centro Cultural Oi Futuro. Desta forma, a luz natural adentra o espaço através desses filtros, colorindo todo o ambiente. Esse trabalho remete às emblemáticas obras do artista feitas com molduras de slides e gelatinas. Aqui, elas aparecem de forma expandida, ganhando o espaço arquitetônico e interferindo nas demais instalações apresentadas.

PERCURSO DA EXPOSIÇÃO

Logo na entrada do Centro Cultural Oi Futuro, no térreo, dentro do prédio, estará uma grande árvore, que receberá diretamente a luz colorida que entrará pelos vidros da fachada. Atrás dela, duas palmeiras menores estarão na sombra, protegidas pelas folhas dessa grande árvore.

Nos monitores de televisão que ficam no térreo, será exibido um vídeo inédito, de 20 minutos, produzido durante a montagem da exposição. Com uma roupa especial, Zerbini anda no meio das plantas, enquanto luzes coloridas entram no ambiente. “É como se fosse um ser do futuro chegando e cuidando da floresta”, diz o artista, que usa uma roupa de apicultor e, por cima, uma veste criada por ele em conjunto com a estilista Isabela Capeto, inspirada nos trabalhos com slides coloridos.

Subindo a escada, na primeira galeria, o público poderá caminhar sobre o chão coberto de areia num ambiente composto por árvores, plantas medicinais e ornamentais e luz solar. “É um ambiente imersivo, onde será possível experimentar o lugar”, conta o artista. Neste mesmo espaço estará uma grande “mesa amazônica”, muito comum nos quintais das casas de comunidades ribeirinhas da Amazônia. Construídas com madeiras de diversos tipos, reaproveitadas, são utilizadas como bancada para plantas, temperos e ervas medicinais. Para a exposição, Luiz Zerbini construiu sua própria mesa, com diversos tipos de madeiras, algumas recolhidas por ele há anos, outras adquiridas mais recentemente e, assim como na Amazônia, haverá diversas ervas e plantas sobre essas mesas. “Elas são uma espécie de jardim-farmácia”, explica o artista, que viajou diversas vezes para a região. “Tenho chamado de mesas, mas não são exatamente mesas. São instalações, planos horizontais transparentes, apoiados em estruturas de madeira. É como se as pinturas tivessem alcançado a tridimensionalidade, onde planos horizontais predominam”, conta.

Subindo mais, chega-se na segunda galeria. Nesta grande sala, passarelas de madeira levarão o público a interagir com a obra instalada no espaço, que forma um imenso jardim-floresta com mais de 50 árvores e arbustos, sendo a maioria delas palmeiras de diversas espécies. “Será como se o público estivesse entrando em uma floresta”, afirma o artista, que retirou as paredes que escondiam as janelas do espaço, deixando a luz natural entrar.

Na terceira galeria serão expostas quatro monotipias inéditas, medindo 1mX0,80m cada, produzidas este ano, utilizando folhas de árvores diversas como matriz. “Monotipia é pura tecnologia!”, diz o artista sobre a técnica simples de impressão, reiterando a ideia de falar sobre tecnologia de uma forma diferente, “pensar o potencial da floresta hoje é pensar tecnologicamente”, afirma. Esse mesmo pensamento é utilizado nos filtros coloridos que serão colocados nos vidros da claraboia e da fachada lateral do Centro Cultural Oi Futuro, que traduzem a amplitude da energia solar como fonte inesgotável. O artista correlaciona, ainda, esta intervenção como uma expansão da série de seus trabalhos feitos com slides, “O slide tem esse mesmo pensamento, de sobreposição de cores e transparência sob a ação a luz”, afirma. Dois trabalhos com slides, de 2014, estarão nesta mesma sala, assim como o vídeo “Sertão” (2009), onde a paisagem refletida na superfície de um lago é interrompida por quadrados coloridos, que remetem a uma falha eletrônica.

As obras são construídas a partir de uma lógica proveniente da pintura que se desdobrou para o espaço em instalações imersivas. “Sempre colhi objetos que me interessavam, e este interesse pode ser pela forma, pela cor ou pela lembrança de algo. Organizo os objetos e crio uma relação entre eles para fazer minhas pinturas, monotipias e obras de espaço. Quando o trabalho se expandiu para fora da tela, os elementos foram entrando na obra”, conta Zerbini que relaciona, ainda, os trabalhos feitos com slides à sobreposição de cores e transparência da aquarela.

Além da tecnologia, a exposição também aponta para a questão da ecologia, trazendo elementos da natureza e das comunidades ribeirinhas da Amazônia. A relação da obra do artista com a natureza é antiga. “Comecei meu trabalho ainda jovem, fazendo aquarelas de plantas, paisagens, enfim, da natureza. Sempre gostei de pintar plantas. Fiz viagens pelo Nordeste, Amazônia, Pantanal e sempre reparei na maneira como essas comunidades vivem conectadas com a natureza”, conta o artista.

SOBRE O ARTISTA

Luiz Zerbini nasceu em São Paulo, em 1959, e iniciou sua atividade artística no final dos anos 1970. Sua obra transita entre a pintura, a escultura, a instalação, a fotografia, a produção de textos e vídeos. É um dos integrantes do Grupo Chelpa Ferro, que trabalha desde 1995 com sons e imagens por meio da realização de objetos, instalações, performances, shows e CDs.

Entre as exposições recentes, destacam-se: Nous Les Arbres, Fondation Cartier, Paris (2019); Intuitive Ratio, South London Gallery, Londres (2018); Dreaming Awake, House for Contemporary Culture, Maastricht (2018); Perhappiness, Sikkema Jenkins & Co, New York (2016); Natureza Espiritual da Realidade, Galpão Fortes Vilaça, São Paulo (2015); Pinturas, Casa Daros, Rio de Janeiro (2014); amor lugar comum, Centro de Arte Contemporânea Inhotim (2013); Papagaio do Futuro, Max Wigram Gallery, Londres, Reino Unido (2013); Amor, MAM - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, (2012); dentre outras.

SOBRE O OI FUTURO

O Oi Futuro, instituto de inovação e criatividade da Oi, atua como um laboratório para cocriação de projetos transformadores nas áreas de Educação, Cultura e Inovação Social. Por meio de iniciativas e parcerias em todo o Brasil, estimulamos o potencial dos indivíduos e das redes para a construção de um presente com mais inclusão e diversidade.

Na Cultura, o instituto mantém o Centro Cultural Oi Futuro, no Rio, com uma programação que valoriza a produção de vanguarda e a convergência entre arte contemporânea e tecnologia. O prédio centenário também abriga o Musehum – Museu das Comunicações e Humanidades, com um acervo de mais de 130 mil itens, que usa interatividade e ambientes imersivos para conta a história do desenvolvimento tecnológico das comunicações a partir da ótica das relações humanas. O Oi Futuro gerencia há 16 anos o Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, que seleciona projetos em todas as regiões do país por meio de edital público. Desde 2003, foram mais de 2.500 projetos culturais apoiados pelo Oi Futuro, que beneficiaram milhões de espectadores. O instituto também criou e mantém o LabSonica, laboratório de experimentação sonora e musical, sediado no Lab Oi Futuro, o Oi Kabum! Lab, que promove a formação de jovens de periferia no campo da arte e tecnologia e a curadoria de projetos de intervenção artística urbana, e o Programa Pontes, que apoia festivais artísticos de todo o país, em parceria com o British Council.

Posted by Patricia Canetti at 11:20 AM