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setembro 15, 2020
Dobra - Festival Internacional de Cinema Experimental no MAM, Rio de Janeiro
Festival da experimentação artística no cinema acontece até 27 de setembro no canal online da Cinemateca do MAM
Em 2020, o DOBRA – Festival Internacional de Cinema Experimental chega à sua 6ª edição consecutiva reafirmando a potência de invenção de novos mundos que move o cinema experimental, em correalização com o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, instituição que tem atualmente a Petrobras, o Itaú e a Ternium como mantenedores por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e o Grupo PetraGold como patrocinador.
Entre 8 e 27 de setembro, o DOBRA será hospedado pelo canal do MAM Rio na plataforma Vimeo e exibido no site www.festivaldobra.com.br, como parte das celebrações dos 65 anos da Cinemateca do MAM. A programação navega pela produção contemporânea brasileira e internacional em busca de uma imaginação radical, e apresenta novas formas e proposições para o enfrentamento dos desafios atuais. Todas as sessões do DOBRA são gratuitas. Além das exibições de 10 programas de filmes, também será realizado um curso e bate-papos online.
A chamada para a edição 2020 do festival, aberta em plena pandemia e a quarentena por ela imposta, resultou em 1.094 inscrições de filmes provenientes de 71 países, de cinco continentes. Esses números demonstram o fôlego dos artistas em se manterem vivos e ativos em um mundo que adoece por asfixia.
A partir das inscrições, o DOBRA selecionou 45 filmes que foram divididos em oito programas temáticos. A curadoria formada por Cristiana Miranda, Lucas Murari e Luiz Garcia identificou, além de temas recorrentes em edições anteriores, como memória, pesquisa de linguagem, ecologia e política, dois novos grupos de filmes que dialogam com a ficção especulativa e a estética doméstica. Os programas traçam um vasto panorama da produção experimental contemporânea e contam com representantes da África do Sul, Alemanha, Anguila, Argentina, Brasil, China, Espanha, Estados Unidos, França, Irlanda, Japão, Kosovo, México, Países Baixos, Palestina, Portugal, Reino Unido, Ruanda e Taiwan. A produção nacional se destaca com uma expressiva representatividade: 14 selecionados.
Para reforçar os laços de solidariedade internacional, o DOBRA traz em 2020 dois programas convidados que presenteiam o público com curadorias que ampliam a cartografia do cinema experimental.
Um desses programas foi proposto por Nicole Brenez, teórica e curadora de cinema experimental, cuja obra crítica é hoje uma das maiores referências francesas e que participa do DOBRA desde a primeira edição. Cada um à sua maneira, os filmes do programa “Ninguém É Cidadão”, proposto por Nicole, exploram as energias dos sentimentos - raiva, ironia, razão, beleza, alegria - para responder aos tempos conturbados em que vivemos.
Da América Latina, Mónica Delgado e José Sarmiento, críticos e curadores peruanos criadores da plataforma Desistfilm.com, propõem o programa “Políticas para enfrentar outra América Latina”. Os filmes desse programa demonstram a vontade de contribuir para uma nova cartografia do político, destacando as vozes de cineastas e artistas de várias partes da América Latina que, por suas sensibilidades, abordam as diversas essências da região, uma categoria em constante movimento e tensão, entre o novo e o velho, entre o puro e o contaminado.
Todos os dez programas estarão disponíveis a partir do site do DOBRA (www.festivaldobra.com.br) durante todo o período de realização do festival, de 8 a 27 de setembro. A programação do festival também incluirá bate-papos online entre os curadores, os cineastas e o público.
O DOBRA também realizará um curso sobre cinema experimental, ministrado por seus curadores, Cristiana Miranda, Lucas Murari e Luiz Garcia, cujas inscrições serão abertas em meados de agosto.
Nas palavras da diretora e curadora Cristiana Miranda: “Reafirmando-se como um espaço de resistência através de uma produção experimental de qualidade, que compreende o Rio de Janeiro como uma cidade integrada no circuito internacional, o Festival DOBRA convida o público a fazer da experimentação cinematográfica uma linha de combate. Queremos outro mundo e afirmamos que um cinema experimental revolucionário, livre das convenções industriais e prolixo de invenções formais pode nos ajudar a construí-lo. Permaneceremos dobrando as margens e atravessando os limites. Afirmamos uma vez mais que os filmes importam, os encontros importam e o cinema é uma potência que imagina e constrói incessantes formas de viver.”
Material de imprensa realizado por Mônica Villela Companhia de Imprensa