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setembro 10, 2020
Reabertura do MAM Rio com seis exposições em cartaz
Museu aberto a todos: reserva on-line e entrada gratuita, com contribuição sugerida
Após mais de cinco meses com as portas fechadas, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) reabre para o público no dia 12 de setembro, de quinta a domingo, trazendo uma série de novidades: um cuidadoso protocolo de segurança para os visitantes, novas exposições, novos horários e uma nova forma de ingressar e interagir com o museu: sem cobrança obrigatória de ingresso.
"Estamos comprometidos em servir a comunidade, abrindo nossas portas para a visitação de todos. Por isso, o ingresso ao museu passa a ser gratuito com contribuição sugerida", avisa Fabio Szwarcwald, diretor executivo do MAM Rio. "Os visitantes podem optar por pagar o valor sugerido, contribuir com outra quantia ou entrar de graça", conclui. Com a iniciativa, o MAM Rio se posiciona como um espaço inclusivo, que entende a conexão com a arte e a cultura como vitais para a nossa saúde.
Uma experiência segura ao público
A arquitetura do MAM Rio oferece aos visitantes um espaço amplo de circulação tanto nas áreas expositivas, quanto nas áreas externas. Com isso, o museu consegue controlar o fluxo de visitantes, à capacidade máxima de 200 visitantes/hora, e gerenciar as medidas de distanciamento mínimo de 1,5 metro - oferecendo ao carioca um dos espaços culturais mais seguros na cidade.
“Um grupo de trabalho multidisciplinar, envolvendo a produção, educação, design e museologia, foi montado para desenvolver os protocolos do MAM, incorporando recomendações do Conselho Internacional de Museus – ICOM e também outras medidas desenvolvidas em redes no Rio com a participação do MAM, tanto para assegurar a volta dos públicos, quanto dos funcionários”, explica Lucimara Letelier, Diretora Adjunta Institucional.
Além da implantação de uma rigorosa rotina de sanitização pela equipe de limpeza, disponibilização de álcool em gel ao público e da possibilidade de fazer a reserva on-line, o MAM Rio realizou uma limpeza completa dos dutos de ar condicionados e troca de filtros. “Essa limpeza era algo muito complexo, pois leva meses para ser executada com qualidade. Agora, estamos entregando um ambiente mais adequado para todos os nossos visitantes, para a equipe do museu e para as obras, já que uma filtragem apropriada traz enormes benefícios na conservação dos acervos”, explica Fabio Szwarcwald.
E também, de acordo com os melhores procedimentos adotados em outros museus, durante esta primeira fase da reabertura, o MAM Rio passa a funcionar em horário reduzido, aberto ao público de quinta a domingo. Nas quintas e sextas, a partir das 13h, e aos sábados e domingos, a partir das 10h. Por outro lado, passou a fechar uma hora mais tarde, às 18h, ampliando o acesso para quem trabalha no Centro.
Visitas agendadas
Será possível visitar as exposições e dialogar sobre a história e os acervos do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, através da realização de dois tipos de visitas previamente agendadas.
A Visita Percursos no MAM é uma experiência especial para grupos fechados, que abre uma possibilidade de encontros no museu de forma segura e atrativa durante a pandemia. As pessoas poderão montar um grupo específico de seu relacionamento que terá acesso exclusivo às exposições do museu, antes do horário da abertura, mediante agendamento prévio e ingresso de valor diferenciado. O grupo terá direito a reserva no estacionamento e acompanhamento da equipe de educadores, que irá propor circuitos de visitação a partir de um percurso previamente escolhido. Serão apenas duas sessões diárias, nas quintas e sextas, para grupos de uma até oito pessoas, a cada hora, seguindo todos os protocolos de segurança sanitária.
“É uma visita sob medida para quem deseja ter uma experiência única com foco em conversas sobre as exposições, a arquitetura do MAM e outros temas de interesse dos visitantes. Pretendemos com isso proporcionar um ambiente de trocas, onde as pessoas possam compartilhar, dialogar e vivenciar o museu, neste momento de retomada progressiva das práticas sociais, que sucede o isolamento”, diz Gleyce Heitor, gerente de Educação e Participação.
Já aos domingos teremos o programa Visitas Petrobras, com visitas mediadas oferecidas gratuitamente, com agendamento prévio no site do museu. A experiência é oferecida pela Petrobras, mantenedora do MAM Rio, para até 8 pessoas em cada uma das três sessões: 10h30, 13h30, 15h. Essas visitas mediadas são realizadas por educadores que junto aos públicos irão dialogar, compartilhar e trocar olhares, leituras e produções de significados em torno das produções, práticas e trajetórias artísticas das exposições do MAM.
Arte e reflexões sobre a pandemia: Campos Interpostos, Thiago Rocha Pitta e Irmãos Campana
No dia 2 de setembro, antes mesmo do museu reabrir as suas portas ao público, o artista visual Thiago Rocha Pitta inaugura o Programa Intervenções, em que os curadores do museu convidam artistas para desenvolver projetos para a área externa.
O projeto de Thiago Rocha Pitta chama-se Noite de Abertura. Consiste em uma escultura instalada no vão livre do museu, que poderá ser vista por quem passar de carro, de bicicleta ou a pé. Diariamente, das 17h até às 22h, haverá projeção de um filme do artista que poderá ser vista pelas paredes de vidro do MAM, por quem estiver do lado de fora.
E no dia 12, o museu reabre com as exposições Irmãos Campana - 35 Revoluções, Poça/Possa de Ana Paula Oliveira, Wanda Pimentel e a nova Campos Interpostos, as três últimas com a curadoria de Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes. Reunindo cerca de 70 obras do acervo do museu carioca, de vertentes variadas, Campos Interpostos investiga artistas que se interessaram pela representação de fachadas, espaços ou áreas arquitetônicas frontais. “Esta exposição, que começou a ser pensada antes do contexto da pandemia, ganha nova camada de leitura agora. A coletiva tem como um dos motes as fachadas, que em certo sentido se sobrepõem à superfície da tela, seja da pintura ou do vídeo, mas também remetem à nossa relação com o mundo externo. Nos últimos meses, lidamos com a relação entre ‘dentro’ e ‘fora’, na tentativa de conter o avanço da pandemia”, analisa a curadora-assistente do MAM, Fernanda Lopes.
Museu para todos: gratuidade e engajamento com a cultura
O MAM Rio é o primeiro museu no estado a adotar o modelo de doação voluntária, prática comum em instituições norte-americanas como o American Museum of Natural History e Brooklyn Museum. Segundo o relatório “Art Museums by the Numbers”, publicado em 2018 pela Associação de Diretores de Museus de Arte (AAMD), com dados de 212 museus dos Estados Unidos, Canadá e México, quase um terço das instituições oferece entrada gratuita, enquanto 7% dos museus solicita uma doação e 61% cobram ingressos. No Brasil, apenas 30 museus, entre os mais de 3 mil catalogados pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), praticam a contribuição sugerida.
“Acreditamos na democratização do acesso como um dos principais pilares para a construção de um museu mais humano e solidário. O MAM Rio já contava com um dia de visitação gratuita. Agora ele está aberto a todos, todo o tempo. Esta ação traz, ao mesmo tempo, inovação e consciência social, uma vez que pode estimular os visitantes a fazerem contribuições como forma de em apoio à causa e aos trabalhos do museu e engajamento com a cultura nesse momento tão difícil”, afirma Fabio Szwarcwald.
A iniciativa da gratuidade é viabilizada por meio do apoio do Grupo PetraGold. A receita gerada pelas contribuições na visitação do Bloco de Exposições será investida no programa de Educação e demais frentes prioritárias do museu.
Cinemateca, agora on-line
A pandemia tem deixado os cinéfilos com saudades das salas de exibição. Enquanto a sala da Cinemateca (Auditório Cosme Alves Netto) permanece fechada, o MAM Rio segue on-line com a sua programação em sala de exibição virtual (vimeo.com/mamrio) , destacando em setembro o festival DOBRA – Festival Internacional de Cinema Experimental chega à sua 6ª edição consecutiva reafirmando a potência de invenção de novos mundos que move o cinema experimental, em correalização com o MAM Rio.
A partir das inscrições, o DOBRA selecionou 45 filmes que foram divididos em oito programas temáticos. A curadoria formada por Cristiana Miranda, Lucas Murari e Luiz Garcia identificou, além de temas recorrentes em edições anteriores, como memória, pesquisa de linguagem, ecologia e política, dois novos grupos de filmes que dialogam com a ficção especulativa e a estética doméstica. Todos os dez programas estarão disponíveis a partir do site do DOBRA (www.festivaldobra.com.br) durante todo o período de realização do festival, de 8 a 27 de setembro. A programação do festival também incluirá bate-papos on-line entre os curadores, os cineastas e o público.
Principais medidas de segurança
● Venda de ingressos online e limitação da capacidade máxima de visitantes simultâneos por sala de exposição;
● Medição de temperatura dos colaboradores e do público na entrada;
● Sinalização de distanciamento;
● Uso de tapetes sanitizantes;
● Uso obrigatório de máscaras;
● Disposição de totens e dispersers de álcool gel 70% em todos os espaços do museu.
A equipe de limpeza está atenta para garantir que dispensers de álcool gel 70% estejam sempre abastecidos. Não é permitida a entrada de pessoas que apresentam um ou mais dos seguintes sintomas: tosse, coriza, febre acima de 37,5⁰ ou falta de ar.
Material de imprensa realizado por Mônica Villela Companhia de Imprensa