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setembro 3, 2020
Fortes D’Aloia & Gabriel lança a plataforma digital Transe
A Fortes D’Aloia & Gabriel lançou em 4 de agosto, às 19h, a plataforma digital Transe - transe.art.br - que promove e interconecta vários agentes das artes visuais no Brasil. 0101 Art Platform, auroras, Casa do Povo, Galeria Estação, Galeria Superfície, Olhão, Pivô, Projeto Vênus e Sé Galeria inauguram essa rede de colaboração que tem como objetivo se expandir e se transformar com novas rodadas de participantes, a cada três meses. A iteração inaugural foi delineada a partir do circuito paulistano, mas a plataforma receberá também instituições de outras cidades do País.
Abrigada no site da Fortes D’Aloia & Gabriel, Transe surge do desejo de contribuir para a motricidade do circuito das artes visuais, da vontade de coexisitr na interação e no diálogo com diversas entidades atuantes hoje no País. Transe é um campo aberto de troca e exposição, uma iniciativa que propõe união na experiência comum ao mesmo tempo que reafirma a crença na multiplicidade de modelos e linguagens.
Uma série de conversas entre dirigentes das entidades integrantes, curadores e artistas convidados serão incorporados ao longo de cada ciclo, estimulando escuta e reflexão. As atualizações serão constantes, criando um conteúdo dinâmico. Para celebrar a inauguração de Transe, o site da galeria será dedicado por 24h exclusivamente para o projeto.
0101 Art Platform
O 01.01 é uma plataforma de arte que oferece uma maneira mais consciente e sustentável de adquirir arte contemporânea, com foco na produção de artistas africanos e afro-diaspóricos. Criados por artistas e curadores africanos / brasileiros, são apoiados por instituições no Reino Unido (Bockantaj - Inglaterra), Portugal (Galeria ILHA DO GRILO - Lisboa) e Gana (Fundação Ganesa de Arte Contemporânea). O objetivo é reverter antigas rotas de comércio de escravidão em um circuito de intercâmbio cultural, promovendo maneiras justas de coletar e consumir arte.
Transe: 01.01 apresenta a residência internacional Death & Life, uma comunidade temporária criada entre mestres da arte contemporânea, artistas emergentes, colecionadores e outros agentes. O objetivo deste encontro é repensar ética e estética não-hegemônicas com produtores inseridos no mercado de arte e exteriores a ele.
Auroras
auroras é um espaço de arte independente voltado a ideias e projetos de artistas. Baseado em uma casa modernista na cidade de São Paulo, o espaço realiza exposições, itinerâncias institucionais, projetos, editais, publicações, atividades educativas e conversas abertas ao público, incentivando o diálogo entre artistas, críticos, curadores, estudantes e o público em geral e conversas abertas ao público, incentivando o diálogo entre artistas, críticos, curadores, estudantes e o público em geral.
Transe: o auroras tem o prazer de apresentar a exposição Acauã e o Fantasma, um diálogo entre a obra de Rivane Neuenschwander e do escultor José Bezerra, com curadoria de Gisela Domschke.
Galeria Estação
Com um acervo entre os mais importantes do país, a Galeria Estação, inaugurada no final de 2004, consagrou-se por revelar e promover a produção de arte brasileira não erudita. A galeria foi responsável pela inclusão desta linguagem na cena artística contemporânea, ao editar publicações e realizar exposições individuais e coletivas dentro e fora do País. Partindo desta rara competência, o espaço consegue oferecer um panorama histórico e atual de uma produção que ultrapassou os limites da arte popular, ao mesmo tempo em que investiga nomes que, independentemente da formação, trabalham com elementos da mesma fonte.
Transe: a Galeria Estação compartilha um panorama da primeira individual de Santídio Pereira, apresentada em 2016. “Dedicado, sério e focado, Santídio interage com naturalidade no chamado mundo cultural, o que nos leva a pensar que nasceu artista. Constantemente faz novos cursos e mostra interesse em outras linguagens artísticas.”
A Casa do Povo
A Casa do Povo é um centro cultural que revisita e reinventa as noções de cultura, comunidade e memória. Habitada por uma dezena de grupos, movimentos e coletivos, alguns há décadas e outros mais recentes, a Casa do Povo atua no campo expandido da cultura. Criada em 1946 por parte da comunidade judaica progressista, o espaço nasceu de um desejo duplo: homenagear os que morreram nos campos de concentração nazistas e criar um espaço que reunisse as mais variadas associações na luta internacional contra o fascismo. Seus eixos de trabalho - memória, práticas coletivas e engajadas, diálogo e envolvimento com o seu entorno - são pensados a partir do contexto contemporâneo em relação direta com suas premissas históricas, judaicas e humanistas.
Transe: Os trabalhos apresentados coexistem no espaço em temporalidades diferentes, de modos distintos: chegaram ao edifício em comissionamentos específicos ao longo dos últimos sete anos, alguns efêmeros, outros mais permanentes, alguns como plataformas a serem usadas no dia a dia, outros como instalações a serem visitadas. Estes trabalhos ativam de formas diferentes o passado da instituição, sempre numa relação estreita com as questões do presente. Reunimos aqui uma seleção que pudesse dar conta do caráter híbrido e um tanto experimental que caracteriza os trabalhos comissionados para um centro cultural, espaço comunitário e lugar de memória, como é a Casa do Povo.
Galeria Superfície
Inaugurada em maio de 2014, a Galeria Superfície desenvolve um seleto programa de exposições, em paralelo ao desenvolvimento da carreira de artistas contemporâneos e artistas de vanguarda cuja produção centra-se em torno dos anos 70. Dirigida por Gustavo Nóbrega a galeria desenvolve não apenas um trabalho comercial, de inserção de artistas em importantes coleções, como também mantém estreita relação com instituições e museus. Entre suas atividades, destaca-se a dedicação da galeria à produção de publicações voltadas à disseminação de grupos de vanguarda histórica, bem como artistas em meio de carreira.
Transe: a Galeria Superfície apresenta o trabalho de Lotus Lobo. Sua prática artística identifica-se profundamente com o repertório técnico, mas também experimental da Litografia. Sua pesquisa caracteriza-se pelo uso diversificado de suportes e procedimentos extraídos do processo litográfico, sua capacidade técnico-expressiva, que se manifesta como importante aporte material e conceitual para a sedimentação da linguagem autoral. Tal investigação inaugura-se com a apropriação e ressignificação de marcas litográficas industriais, perpassa a experimentação de diferentes bases (pedra, papel, plástico, acrílico e folha de flandres), culminando na intervenção e releitura das marcas (as anotações).
Olhão
O Olhão é um espaço cultural independente, sem fins lucrativos, na Barra Funda (SP - Brasil) gerido pela artista Cléo Döbberthin. É um território experimental que procura refletir e atuar sobre práticas contemporâneas no campo das artes. Além de um ponto de encontro entre participantes da comunidade artística e o público em geral.
Transe: o Olhão apresenta Boa Tarde às Coisas Aqui em Baixo, de Tiago Mestre e Dudi Maia Rosa. A exposição pode ser entendida como uma narrativa que se debruça especificamente sobre a relação do individuo com a paisagem, remetendo para a ligação profunda e ancestral entre a forma construída e a forma natural. Como parte dos esforços em manter uma programação durante o período de quarentena, o OLHÃO anuncia também o Programa de Web Residência. Toda semana um artista convidado ocupa o Instagram do Olhão e, ao final do período, apresenta um video. Em Transe, Wisrah Villefort, Sony Gelo, 2020.
Pivô
Sediado no icônico edifício Copan, o Pivô é um espaço de arte autônomo fundado em 2012, que atua como uma plataforma para a experimentação e pensamento crítico de artistas, curadores, pesquisadores e público em geral. O programa da instituição é composto por exposições, residências, palestras e publicações de artistas brasileiros e estrangeiros.
Transe: Com a pandemia, o Pivô suspendeu suas atividades públicas e desenvolveu uma programação voltada para os meios digitais que compartilha em Transe. Em julho, foi lançada a nova plataforma de projetos em ambiente virtual, o Pivô Satélite, com projeto desenvolvido pela curadora Diane Lima e participação de Rebeca Carapiá, biarritzzz, Diego Araúja e Raylander Mártis dos Anjos. O Pivô Pesquisa, programa de residências artísticas da instituição, articula dinâmicas de criação e interlocução coletivas e individuais, e é atualmente apoiado em diversas atividades online - encontros, grupos de trabalho, aulas, palestras - algumas delas abertas ao público. O Ciclo II de 2020 acontece entre os dias 30 de junho e 21 de setembro, sob condução da curadora, crítica de arte e pesquisadora convidada Clarissa Diniz, e conta com a participação de Ana Almeida, Bruna Kury, Christian Salablanca Díaz, Érica Storer de Araújo, Iagor Peres, Pepi Lemes, Vita Evangelista e Yhuri Cruz.
Projeto Vênus
Projeto Vênus é o escritório lira do delírio do curador Ricardo Sardenberg acoplado a um espaço expositivo: uma plataforma dedicada a interagir com a arte contemporânea brasileira e em particular com a sua versão paulistana.
Transe: o Projeto Vênus apresenta sua primeira exposição virtual: Nine out of Ten. Reunindo seis artistas representados pelo escritório e mais três convidados: Adriana Coppio, Camile Sproesser, Flora Rebollo, Janina McQuoid, Luiz Queiroz e Paula Scavazzini, acompanhados dos notáveis Giulia Puntel, Olga Carolina e Yan Copelli. Nine out of Ten é uma referência explícita à música homônima de Caetano Veloso, onde ele relata a beleza e a delícia de estar vivo caminhando pela Portobello Road, em Londres, e encontrar o som do Reggae no início dos anos 1970.
Sé Galeria
A Sé atua em colaboração e parceria com os artistas representados, privilegiando o acompanhamento crítico e a realização de projetos institucionais. Busca também formar novos públicos para artistas e obras que expressem uma visão conceitual e processual de arte contemporânea. A Sé representa 19 artistas brasileiros, todos com sólida trajetória institucional ou acadêmica. A maioria deles inaugurou seu diálogo com o mercado por meio da galeria.
Transe: A Sé Galeria apresenta a individual de Edu de Barros. "Marcel Duchamp, Hélio Oiticica e Hebe Camargo voltarão. Assim o artista Edu de Barros profecia um nem tão longe 2070 pós-apocalíptico. Por isso, sua primeira individual em São Paulo é uma contraproposta ao caos que se anuncia como o fim do mundo. Longe de resignar-se com a hipotética contagem regressiva até o apocalipse, Edu provocativamente engrossa o coro dos que esperam o regresso dos mitos e dos messias do passado, celebrando a criação em meio à convulsão em curso”, trecho do texto curatorial de Clarissa Diniz.