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fevereiro 6, 2020
Joãosinho e Eu - Encontro com Amir Haddad no CCSP, São Paulo
Idealizador da comissão de frente do desfile de 1989 da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis comenta sua relação com Joãosinho Trinta em bate-papo na exposição “Ratos e Urubus” no CCSP.
8 de fevereiro de 2020, sábado, às 15h
Centro Cultural São Paulo – CCSP
Rua Vergueiro 100, Paraíso, São Paulo, SP
11-3397-4002
Terça a sexta, das 10h às 20h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
A exposição “Ratos e Urubus”, em cartaz no Centro Cultural São Paulo, sala Tarsila do Amaral, recebe o diretor de teatro Amir Haddad para uma conversa com o público. O ator e diretor foi responsável pela comissão de frente do enredo icônico da Beija-Flor em 1989, “Ratos e Urubus, larguem a minha fantasia” - mote da mostra. No bate-papo, Amir comenta sua relação com o carnavalesco Joãosinho Trinta e como foi a concepção da ala dos mendigos que abria o desfile daquele ano. “Ele me deu a oportunidade de fazer com 250 pessoas, em uma ala no desfile dele, o teatro que fazia na rua com oito atores”, lembra.
O trabalho marca também a primeira comissão de frente coreografada por Haddad e sua estreia nos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro. No bate-papo, o diretor também debate com os participantes por que o desfile de 1989 da Beija-Flor levanta ainda tantas questões e continua vivo na memória das pessoas sem ter ganho o título daquele ano.
Amir Haddad nasceu em Guaxupé, Minas Gerais, veio para São Paulo no final dos anos 1950 para estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde conheceu Zé Celso Martinez e ajudou fundar o Teatro Oficina. Durante os anos 1970, no Rio de Janeiro, dirigiu grupos de teatros alternativos, buscando a desconstrução da dramaturgia e do espaço cênico. Em 1980, fundou o grupo Tá na Rua, que dirige até hoje, levando o teatro para praças e espaços públicos. Os espetáculos carregam a ideia do improviso e contam com a participação do público.
Com curadoria de Carlos Eduardo Riccioppo e Thais Rivitti, a exposição “Ratos e Urubus” propõe um novo olhar para o desfile de Joãosinho Trinta em 1989. A seleção das obras de artistas contemporâneos como Nuno Ramos, Márcia X. Bárbara Wagner e Benjamin de Burca traça pontos de contato com o desfile, trazendo para a atualidade as questões e polêmicas suscitadas pelo enredo histórico. A mostra fica em cartaz no Centro Cultural São Paulo até 1º de março.