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dezembro 15, 2019
Lançamento de livro com mesa redonda na Galeria André, São Paulo
Coquetel de lançamento do livro comemorativo de 60 anos da Galeria de Arte André, com mesa redonda com as coautoras Maria Alice Milliet e Taisa Palhares e mediação do curador e coautor da publicação Mario Gioia.
17 de dezembro de 2019, terça-feira, 18h + 19h
Galeria de Arte André
Rua Estados Unidos 2.280, Jardim Paulistano, São Paulo, SP
Exposição Da Academia ao Virtual até 20 de dezembro de 2019
Galeria de Arte André lança livro comemorativo de 60 Anos
No dia 17 de dezembro, a Galeria de Arte André encerra o ano com o lançamento de um livro histórico. A publicação, em homenagem aos 60 anos da galeria, traz textos da historiadora de arte, crítica e curadora Maria Alice Milliet, da crítica de arte e professora Taisa Palhares, do crítico de arte e curador Mario Gioia, que participam de mesa redonda durante o lançamento, a partir de 19h, para discutir temas relacionados à publicação. O livro traz ainda texto da diretora da galeria, Juliana Blau.
O livro busca perfazer a trajetória da galeria, aliada a uma análise histórica do período em que aconteceu sua abertura, nos anos 1950, no centro de São Paulo. Após esse período, a galeria ainda passou pela Alameda Jaú, até firmar-se no quadrilátero entre as avenidas Rebouças, Avenida Estados Unidos e Gabriel Monteiro da Silva, e se estabelecer entre uma das mais icônicas de São Paulo, contabilizando mais de 150 exposições ao longo desse período.
O livro é composto de texto de Apresentação, de Juliana Blau; e dos textos “Galeria de Arte André: crescendo com a cidade”, de Maria Alice Milliet; “Sessenta anos de colecionismo na capital paulista”, de Taisa Palhares; “Linha do tempo”, de Mario Gioia, além dos textos históricos assinados por Jorge Amado, Carybé, Ivo Zanini, Marcus Lontra, Pietro Maria Bardi, Rubem Braga, entre outros. Também há muitas fotos, tanto de obras de arte, quando de diversos artistas ao lado do Sr. André, fundador da galeria e seu diretor até 2018, ano de sua morte.
Exposições históricas, inovações e lançamentos
A galeria fez exposições históricas que ficaram marcadas no percurso das artes visuais da cidade. Como por exemplo, a exposição de despedida de Darcy Penteado, em 1986, já sabendo de seu diagnóstico de HIV positivo, promoveu um concerto da cantora lírica Majú de Carvalho, fazendo uma performance intitulada Dama Negra, figura presente em diversas pinturas do artista.
Ainda entre as iniciativas inovadoras da galeria, em 1976, foi precursora ao realizar um primeiro catálogo para uma exposição, escrito por Pietro Maria Bardi, figura central na arte brasileira e que escreveu sobre a exposição do artista britânico Hallawell. O escritor Jorge Amado fez textos de apresentação nos catálogos de exposições individuais de artistas como Carybé e Aldemir Martins e também para Inos Corradin, em 1982, em que afirma: “A pintura de Inos Corradin é uma dádiva, feita de infância e de magia, com uma luz e uma sombra que nos envolvem e nos fazem sonhar. São telas diante das quais ficamos com vontade de nos deter, presos à beleza obtida pelo conhecimento e pela experiência da vida”.
De Carybé ainda houve uma iniciativa inovadora para a época de sua mostra individual. A galeria fez uma itinerância com suas serigrafias por 13 cidades brasileiras, para tornar a sua arte acessível para além do eixo Rio –São Paulo.
São muitos os artistas que estiveram próximos da Galeria André ao longo desses 60 anos. Carlos Scliar, Cássio Lázaro, Calabrone, Fulvio Pennacchi, Francisco Rebolo, Jorge Mori, Manabu Mabe, Sônia Menna Barreto, Sônia Ebling, Tikashi Fukushima, e inclusive Di Cavalcanti, tendo morado perto e visitado a galeria algumas vezes para oferecer seus quadros.
Em 2019, promoveu quatro exposições históricas, duas individuais e duas coletivas. Em abril, houve a coletiva Entre artes e ofícios, centros e arrabaldes, com cerca de 50 obras, dividida entre os artistas do chamado Grupo Santa Helena e Nipo-brasileiros, com curadoria de Mario Gioia. Em junho, a artista Sônia Menna Barreto, após 12 anos sem expor na cidade, abre Realidade imaginada, com 91 obras em diversos suportes, muitas inéditas, com curadoria de Octávio Guastini. A exposição Segmentos, de Cássio Lázaro, abriu em setembro, com cerca de 50 obras inéditas do escultor, com curadoria de Octávio Guastini. Para finalizar o ano, está em cartaz até 20 de dezembro a exposição André, 60 - Da Academia ao virtual, com 80 obras de 60 artistas, com curadoria de Mario Gioia.
Sobre Juliana Blau
É graduada em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), cursou Alternative Investments na London School of Economics e Art Marketing no Sotheby´s Art Institute (Nova York). Foi proprietária da Blau Projects, espaço com foco na arte contemporânea, de 2013 a 2018 e trabalha na Galeria de Arte André desde 2010, onde é diretora.
Sobre Maria Alice Milliet
É hitoriadora de arte, crítica e curadora. Doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), foi diretora da Pinacoteca do Estado de São Paulo, do Museu de Arte Moderna de São Paulo, e da Fundação José e Paulina Nemirovsky. Autora de inúmeros livros e ensaios, tais como Lygia Clark: obra trajeto (1992) e Tarsila, os melhores anos (2011). Curadora da Casa do Pinhal em São Carlos (SP).
Sobre Mario Gioia
É curador independente e crítico de arte graduado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Na Galeria de Arte André, fez a curadoria de duas exposições coletivas em comemoração aos 60 anos do espaço, em 2019 – André, 60 – Da Academia ao virtual (novembro), e Entre artes e ofícios, centros e arrabaldes (abril), além da curadoria da coletiva Cotitiano, em 2012. Fez parte do grupo de crítica do Centro Cultural São Paulo e do Paço das Artes. Desde 2016, realiza projetos de exposições em países como Colômbia, Peru e EUA.
Sobre Taisa Palhares
É professora de Estética no Departamento de Filosofia da Universidade Estadual de Campinas (IFCH-Unicamp). De 2003 a 2015, foi pesquisadora e curadora na Pinacoteca do Estado de São Paulo, sendo responsável pela organização de diversas exposições, como dos artistas Antonio Lizarraga, Paulo Monteiro, Elizabeth Jobim, Nelson Felix, Rodrigo Andrade e Mira Schendel. Também atua como crítica de arte e curadora independente.
Sobre a Galeria de Arte André
Uma das galerias de arte mais tradicionais da cidade de São Paulo, a Galeria de Arte André completa 60 anos em 2019 como a maior galeria de arte da América Latina e anuncia a fusão de suas sedes e acervos. Atualmente dirigida por Juliana Blau, a casa fundada em 1959 pelo romeno André Blau (1930-2018) ajudou a forjar o mercado de arte no Brasil e passou por diversos endereços até se consolidar na Rua Estados Unidos, entre a Avenida Rebouças e a Alameda Gabriel Monteiro da Silva.
Referência no mercado de arte brasileira, há décadas a Galeria de Arte André acolhe gerações de artistas e incentiva o surgimento de colecionadores e amantes das artes. Conhecida pelo seu acervo de esculturas e obras de artistas como Di Cavalcanti, Candido Portinari, Alfredo Volpi, Aldemir Martins, Manabu Mabe, Hector Carybé, Roberto Burle Marx, entre muitos outros, a casa oferece ao público exposições periódicas e projetos educacionais e culturais.