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dezembro 8, 2019
Laura Vinci e Marcius Galan em Múltiplos Inhotim na Carbono, São Paulo
O Instituto Inhotim apresenta o projeto Múltiplos Inhotim, criado para fomentar o colecionismo e incentivar a produção artística. Além de estarem a venda na loja de Inhotim (em frente à Recepção do Instituto, em Brumadinho), a Carbono Galeria apoia o projeto disponibilizando a venda dos múltiplos em São Paulo.
A primeira edição conta com obras de Laura Vinci e Marcius Galan, artistas convidados pela curadoria do Instituto a desenvolver edições inéditas, especialmente para o projeto. As obras são numeradas e acompanhadas por um certificado de autenticidade assinado pelos artistas.
O lançamento em São Paulo acontecerá no dia 12 de dezembro, das 19h às 21h, na Carbono Galeria (Rua Joaquim Antunes 59, Jardim Paulistano, Sao Paulo). Contará com a presença dos artistas, o curador Douglas de Freitas e Renata Bittencourt, Diretora Executiva do Instituto.
“A primeira vez que o X vermelho surgiu em meus trabalhos foi como uma projeção luminosa para a peça Na Selva das Cidades, desenvolvida com Alessandra Domingues, a designer de luz daquela montagem. Depois disso, o X vermelho tem feito parte de vários trabalhos meus. Para o Inhotim, produzi especialmente uma versão em litogravura no tamanho A3 com o X impregnado de um vermelho sanguíneo no papel 100% algodão. Quando me perguntam o que significa esse X, respondo me devolvendo a pergunta: um aviso? Um risco? Uma mira? Um sinal preciso? Uma marca de urgência?...”
Laura Vinci
“Eu sugeri aos funcionários do Jardim Botânico Inhotim que encontrassem boas forquilhas, de galhos caídos ou de podas que estavam previstas nas árvores. A ação resgata, de alguma maneira, uma lembrança muito comum nas crianças das cidades do interior, que iam para o mato encontrar material para fazer estilingue. Um objeto ambíguo entre a arma e o brinquedo. As peças recebem uma fita metálica rígida que adquire uma visualidade elástica pela relação que estabelece com o objeto de madeira. Além disso, a forquilha é usada como objeto estruturante para edificações provisórias, como objeto de demarcação em algumas culturas indígenas e para encontrar água segundo os adeptos da radiestesia – funcionando como ferramenta sensível na mediação entre o corpo e o campo eletromagnético da água subterrânea. Em sua forma, a forquilha sugere novamente a ambiguidade das possibilidades de direção em um caminho bifurcado.”
Marcius Galan