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dezembro 5, 2019
MASP lança aplicativo de áudios
MASP lança aplicativo de áudios: Patrocinado pela Ericsson, app será oferecido em versões iOS e Android a partir de dezembro
O MASP Áudios, aplicativo que será lançado em 3 de dezembro pelo Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), funcionará como um áudio guia, mas sem estabelecer ao visitante a necessidade de um roteiro pré-definido. O app tem patrocínio da Ericsson e será oferecido em versões iOS e Android. Vale lembrar que o MASP disponibiliza Wi-Fi para os visitantes e o app será gratuito.
Por meio da realidade aumentada, o aplicativo irá expandir a experiência dos visitantes proporcionando uma imersão no acervo. O funcionamento é simples: basta apontar o celular para a obra escolhida, a câmera fará o reconhecimento de imagem e o áudio começará automaticamente. Também é possível pesquisar pelo título da obra ou pelo nome do artista para ter acesso aos áudios em qualquer lugar. Ao final da navegação, o usuário terá registrado um roteiro com as obras pelas quais passou. E ele também poderá criar uma coleção própria com base no acervo do MASP, escolhendo seus trabalhos favoritos.
Os áudios não são apenas explicações técnicas, formais ou áudio descrições, e sim leituras abrangentes e plurais que contextualizam a obra, o artista e o período artístico ao qual pertencem.
O aplicativo estreia com 160 áudios de historiadores, curadores (de dentro e fora do MASP), artistas, professores, pesquisadores, ativistas e até de algumas crianças. Neles, são exploradas principalmente as obras da coleção que estão expostas nos cavaletes de cristal projetados por Lina Bo Bardi no segundo andar do prédio, na exposição Acervo em transformação. Também será possível ouvir impressões de obras de algumas exposições temporárias.
Os áudios variam de um a três minutos e algumas obras têm mais de uma leitura.
A maioria das faixas já integrava um projeto do núcleo de Mediação e Programas Públicos do museu que começou em 2015. Esse conteúdo continuará disponível no Soundcloud (soundcloud.com/maspmuseu) e no site do MASP (masp.org.br).
A curadoria dos participantes e das obras preza pela diversidade, inclusão e pluralidade, missão da instituição. A aplicativo também é um passo importante rumo a um museu mais acessível, já que poderá ser usado por pessoas cegas e/ou com mobilidade reduzida.
Outras premissas da instituição continuam sendo respeitadas, como a autonomia do visitante ao escolher o trajeto que poderá fazer no Acervo em Transformação ---privilegiando sempre as obras, e não as legendas (que continuam atrás dos cavaletes).
A seleção de vozes inclui nomes da curadoria do MASP, como Amanda Carneiro e Lilia Schwarcz, profissionais que passaram pelos ciclos temáticos de “histórias”, como Hélio Menezes, artistas como Anna Maria Maiolino, Erika Verzutti, Leda Catunda e Thiago Honório, além de Aracy Amaral, historiadora da arte, Regina Teixeira de Barros, curadora e professora, Valeria Piccoli, curadora da Pinacoteca, Ivo Mesquita, curador independente, alunos que tinham, na época da gravação, entre 8 e 10 anos da Escola Municipal Desembargador Amorim Lima e Colégio São Domingos, entre outros.