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novembro 28, 2019
Acervo FCS Mulheres no Palácio das Artes, Belo Horizonte
A PQNA Galeria Pedro Moraleida será ocupada pelo acervo da Fundação Clóvis Salgado de obras produzidas por mulheres. Segundo Uiara Azevedo, o acervo possui obras de 133 artistas homens, e de apenas 51 mulheres. Com intuito de expor a questão, a exposição mostrará ao público parte desse acervo com trabalhaos de Aretuza Moura, Arlinda Corrêia Lima, Fatima Pena, Fayga Ostrower, Juliana Gontijo, Mabe Bethônico, Marcia Xavier, Marina Nazareth e Yara tupynambá.
“Citando Virginia Woolf em Um Teto Todo Seu, ‘a mulher jamais escreve sobre a própria vida e raramente mantém um diário, existe apenas um punhado de suas cartas’. Cito a autora, que se refere à dificuldade de encontrar obras literárias escritas por mulheres nas instituições inglesas, para que compreendamos a necessidade de abordar essa invisibilidade feminina”, diz Uiara. Azevedo também se refere ao trabalho do coletivo artístico feminista Guerrilla Girls, que chama atenção para a discrepância na curadoria das obras de arte nos acervos de museus ao redor do mundo. “O trabalho desse coletivo faz com que outras instituições estabeleçam um olhar crítico sobre as suas coleções, e passem a observar, valorizar e exibir trabalhos produzidos por mulheres”, conclui Azevedo.
Marci Silva – Atua em Belo Horizonte como Curadora Independente e produtora cultural. Coordena e administra a empresa Nuvem Projetos Educativos e é idealizadora do projeto Meu corpo, minha obra: Imersão, vivência e curadoria coletiva para artistas. Compõe a equipe de organização da RAM - Residência artística da Mutuca (Altamira/Nova União-MG). Participou da banca de júri para seleção de projetos do edital de ocupação das galerias da Fundação Clóvis Salgado em Belo Horizonte, março de 2019. Desenvolveu e coordenou o Programa Educativo para a exposição “Museu do Futebol na área” no Centro Cultural Banco do Brasil - Belo Horizonte, 2018. Selecionada para o programa de residência artística do EAC - Espacio de arte contemporâneo de Montevideo - Uruguai, como pesquisadora em arte contemporânea e modos de fazer. Atuou como coordenadora e curadora na galeria de arte Mama/Cadela em Belo Horizonte nos anos de 2015/16. Possui experiência como Arte educadora no Instituto Inhotim de 2008 a 2012, atuando no Intercâmbio Cultural entre Instituto Inhotim (Brumadinho-MG) e Tate Modern Museum (Londres - Inglaterra) 2011/2012. Pesquisadora da I Bienal de artes de Montevideo - Uruguai, 2012.
Uiara Azevedo – Natural de Belo Horizonte, atua como produtora e pesquisadora em artes visuais, tendo como sua principal pesquisa a arte contemporânea brasileira. Formada em Design de Produto pela Universidade Estadual de Minas Gerais – UEMG (2008). Atua no mercado de arte desde 2007. Foi gerente da Celma Albuquerque Galeria de Arte e produtora executiva do Centro de Arte Popular – CEMIG. Desde 2015 é gerente de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado. Participou da banca de júri para seleção de projetos do edital de ocupação das galerias da Fundação Clóvis Salgado em Belo Horizonte, nos anos de 2018 e 2019. Realizou entre suas principais exposições: Arte Frágil: Resistências (2009) no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo em São Paulo. 3 lamas (Aí, pareciam eternas!) do artista paulistano Nuno Ramos (2012) na Celma Albuquerque Galeria em Belo Horizonte. Das edições 31°Bienal de São Paulo - Como (...) coisas que não existem" (2015) – itinerância em Belo Horizonte, 32° Bienal de São Paulo – Incerteza Viva (2017) - itinerância em Belo Horizonte e 33° Bienal de São Paulo – Afinidades Afetivas (2019) - itinerância em Belo Horizonte todas realizadas no Palácio das Artes.