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novembro 21, 2019
Meta-Arquivo: 1964–1985: encontro e autógrafos com Giselle Beiguelman no Sesc Belenzinho, São Paulo
O Sesc Belenzinho promove encontro com Giselle Beiguelman, artista da exposição Meta-Arquivo: 1964-1985 - Espaço de Escuta e Leitura de Histórias da Ditadura, que inclui sessão de autógrafos de seu recente livro lançado pelas Edições Sesc: Memória da Amnésia.
23 de novembro de 2019, sábado, às 18h
Sesc Belenzinho
Rua Padre Adelino 1000, Belenzinho, São Paulo, SP
11-2076-9700
A mostra, que encerra temporada no dia 24 de novembro de 2019, vem promovendo atividades gratuitas, complementares aos temas abordados, realizadas por meio de Programação Integrada (já finalizada) e Programas Públicos.
No último evento dos Programas Públicos (encontros com artistas, abertos aos visitantes e interessados), Beiguelman conversa com o público sobre a tradução do texto, até então inédito em português, An archival impulse, do historiador e crítico de arte, Hal Foster, publicado na revista estadunidense de crítica de arte October. Em sua publicação, batizada Agosto, Giselle indaga a partir da obra de três artistas brasileiros, Bruno Moreschi, Bianca Turner e Tiago Sant’ana, o impulso historiográfico, que levaria o artista do Sul Global contemporâneo de volta à história e ao (re)processamento dos documentos.
Essa tradução é parte complementar de sua obra Gaveta de Ossos, exposta em Meta-Arquivo: 1964-1985 - Espaço de Escuta e Leitura de Histórias da Ditadura, com o título de Impulso Historiográfico. O trabalho da artista na mostra reflete sobre as histórias reveladas pela medicina forense e seus procedimentos na busca de mortos e desaparecidos, a partir de acompanhamento do grupo de trabalho da exposição sobre a Vala de Perus, descoberta no Cemitério Dom Bosco, em 1990, com 1.047 ossadas enterradas clandestinamente.
Giselle Beiguelman (SP) é artista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU USP). Pesquisa a preservação de arte digital, arte e ativismo na cidade em rede e as estéticas da memória no século 21. Desenvolve intervenções artísticas no espaço público e com mídias digitais. Entre seus projetos artísticos recentes destacam-se Odiolândia (2017); Memória da Amnésia (2015); e as exposições individuais Monumento nenhum (2019), Cinema Lascado e Quanto pesa uma Nuvem? (2016). É autora de Memória da Amnésia: Políticas do Esquecimento (Edições Sesc, 2019), entre outros livros, artigos e ensaios.
A exposição Meta-Arquivo: 1964-1985 - Espaço de Escuta e Leitura de Histórias da Ditadura, com curadoria e pesquisa de Ana Pato e em parceria com o Memorial da Resistência, reúne nove obras inéditas, elaboradas a partir dessas pesquisas junto aos arquivos públicos sobre o período da Ditadura Civil Militar Brasileira (1964-1985). Com caráter pedagógico, a mostra surge como um espaço expandido de aprendizado, cujo objetivo primordial é despertar a reflexão acerca da documentação pública arquivada pelo Estado Brasileiro: como ler esses arquivos? Como construir memória a partir deles? Como aprender coletivamente sobre a história do país e de seu povo, a partir de sua análise? Como preservar esses acervos e, como consequência, a memória dos processos civilizatórios que alicerçam a sociedade atual?