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novembro 17, 2019

Rosângela Rennó + Tania Candiani + Elilson na Vermelho, São Paulo

O trabalho que toma todo o térreo da galeria, Good Apples | Bad Apples [proposta para um documento-monumento], chega ao Brasil depois de ter versões apresentadas na Argentina, em Singapura, em Portugal e na França.

Na Sala Antonio de projeção, a Vermelho exibe Monumentos efêmeros, de Tania Candiani. O projeto desenvolvido para a 13ª Bienal de Havana (2019), investiga o projeto revolucionário cubano a partir do ponto de vista do esporte enquanto instrumento político.

No dia da abertura, a Vermelho recebe o artista Elilson, que apresentará a performance Arte panfletária e lançará seu novo livro, Mobilidade [inter]urbana-performativa. A publicação é a etapa conclusiva do projeto homônimo que ele desenvolveu com apoio do programa Rumos Itaú Cultural 2017-2018.

[scroll down for English version]

Em sua 7ª individual na Vermelho, Documento-Monumento | Monumento-Documento, Rosângela Rennó apresenta novos trabalhos que investigam a natureza da imagem e o lugar da imagem fotográfica na contemporaneidade a partir de um ponto de vista iconoclasta em torno da perpetuação memorialística de signos, símbolos e ícones.

Good Apples | Bad Apples [proposta para um documento-monumento] (2019)

No térreo da Vermelho, cerca de 800 pequenas molduras vermelhas, pretas e brancas organizam e classificam a pesquisa de dois anos de Rosângela Rennó em torno de imagens de monumentos erguidos em homenagem a Lenin. As classificações incluem uma busca pela compreensão do destino de cada monumento após a fim da União Soviética. Cada imagem coletada traz em si códigos e anotações feitas pela artista a respeito da origem ou história de cada monumento. São, como coloca Rennó no texto que acompanha a montagem, “observações a partir do ato de colecionar fotos de estátuas de Lenin”.

A imagem persistente (2019)

Em A imagem persistente, Rennó colecionou objetos que emulam câmeras fotográficas mecânicas sem qualquer funcionalidade ligada ao registro de imagens. São canecas, camisetas, latas de armazenamento, bibelôs, esculturas, e uma série de outros objetos, que trazem ou que se configuram com a forma das câmeras analógicas. Rennó fotografou esses 76 objetos (a coleção continua a crescer) e ampliou as imagens reproduzindo o tamanho real dos objetos. Rennó escreve sobre a transformação do equipamento fotográfico: “se os celulares de hoje são as câmeras de ontem, as câmeras de hoje não precisam mais fotografar nada. Elas servem, porém, como ilustração ou como signo; e estão por todos os lados”. Sobre os objetos colecionados, ela diz: “São como uma febre: mais do que objetos insistentes, são artefatos inocentes cuja finalidade é fazer com que a lembrança da imagem da câmera persista. A sua função está perdida (para sempre?) mas ainda conseguem acalmar a angustia do homem comum”.

Hercule & Hippolyte #2 (2019)

O díptico de 2019 presta homenagem a dois dos inventores do processo fotográfico, Hercule Florence e Hippolyte Bayard.

Rennó conta em texto escrito sobre o trabalho: “Entre 1836 e 1839, Hippolyte Bayard (1801-1887) conseguiu desenvolver um processo fotográfico para a obtenção de ‘desenhos’ sobre papel fotossensível, mas não conseguiu o reconhecimento do governo e nem do público, tendo sido eclipsado pelo invento de Louis Daguerre. [...] O frances radicado no Brasil, Antoine Hercule Romuald Florence (1804-1879), conseguiu imprimir ‘desenhos’, através de uma camera obscura, sobre papel embebido em nitrato de prata em 1833. Um ano depois, ele nomeou o próprio experimento de ‘photographie’, alguns anos antes de John Herschel cunhar de maneira independente o termo ‘photography’ e ter sido reconhecido por isso. Por estar muito longe da Europa, o invento de Hercule Florence foi ignorado”.

Rennó fotografou os túmulos de ambos inventores com câmeras mecânicas, ampliou as fotografias e selou as câmeras que as registraram. Ela apresenta agora, imagens e câmeras juntas, e diz sobre o processo analógico: “Hoje, essa fotografia e sua parafernália mecânica e química parecem ter sido quase definitivamente enterradas, vencidas pela indústria que decretou a morte da imagem analógica em detrimento da digital. Algumas questões ontológicas relacionadas com o caráter indicial das imagens sobre papel ou filme parecem ter sido engavetadas, como ossos são guardados em caixas ou recobertos por uma lápide.”

Killing CHE (2019)

Na obra, Rosângela Rennó organiza uma coleção de maços de cigarro da marca Che e um isqueiro com a imagem e nome do revolucionário marxista Ernesto Guevara (1928 – 1967). Todos os objetos carregam em sua identidade gráfica a icônica imagem de Guevara registrada por Alberto Diaz “Korda,” em 5 de março de 1960, intitulada “Guerrilheiro Heroico”. A imagem estilizada de Che foi utilizada pelo designer Jim Fitzpatrick em um cartaz que teve 2 milhões de cópias vendidas em 6 meses. Rennó lança a questão: “Teria o “Che”, sendo inimigo implacável do capitalismo, feito alguma objeção ao tratamento e à monetização de sua imagem?”

E sobre o uso da imagem pela marca de cigarros escreve: “: por que a imagem de um líder revolucionário acabaria ilustrando um maço de cigarros, vendido em várias partes do mundo? O proveito da indústria pode representar um dano, um esvaziamento ainda maior da imagem mas até mesmo a indústria sofre com certas determinações do mercado. Então, nós, consumidores, assistimos a ações perversas, alheias tanto ao universo ao qual aquela imagem pertencia, quanto à própria indústria que se beneficiou dela, durante muitos anos. Quando algumas sociedades decidem que certo produto é de tal maneira danoso ao ser humano que justifica a inserção de mensagens explícitas, visuais e textuais, a imagem da marca acaba sendo reduzida, eclipsada, chegando até ao seu completo desaparecimento”.

Exercícios de 3D (transparência) #4 (2019)

O trabalho utiliza dispositivo ótico de visualização de fotografia três dimensões, criado em 1840, substituindo as imagens normalmente utilizadas na visualização por placas com textos do projeto Arquivo Universal. Iniciado por Rennó em 1992, o Arquivo Universal compila textos jornalísticos sobre imagens fotográficas. Em Exercício 3D (transparência) os textos do Arquivo Universal aplicados a tecnologia 3D, causam desconforto, não apenas pelo esforço em conseguir ‘ver’ apenas um texto com palavras que parecem flutuar diante dos olhos, mas, também convertê-los em imagens, depois da leitura do mesmo. Algumas fotografias são facilmente reconhecíveis ou decifráveis a partir dos textos. Outras, se desconhecidas, vão solicitar ao leitor o exercício da construção mental ou da invenção.

Aucune Bête au Monde (2019)

Aucune Bête au Monde é um livro editado em 1959, composto por textos do então Coronel francês Marcel Bigeard e por fotos do Sargento-Chefe Marc Flament, sobre a longa guerra pela independência da Argélia (1954-1962). Rennó interviu sobre o livro com tinta cinza, apagando das imagens qualquer militar que tenha sido retratado. A artista também eliminou com recortes, os textos que identificavam o local onde as imagens foram capturadas. Rennó escreve sobre os apagamentos: “Os apagamentos nas imagens e nas próprias páginas pretendem sugerir um aspecto de universalidade na documentação de uma guerra específica”.

Rosângela Rennó

Rosângela Rennó Gomes (Belo Horizonte, Minas Gerais, 1962) estudou arquitetura e Artes em Belo Horizonte (Brasil), e obteve seu doutorado pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Valendo-se de fotografias de arquivo de uma variedade de fontes vernáculas (jornais antigos, álbuns de família, barracas de mercados de pulgas), Rennó compõe e transforma essas imagens encontradas em composições maiores em forma de colagens, instalações, e livros de artista. Sua obra chama a atenção à duração finita dos intervalos temporais, à capacidade humana do esquecimento e ao apagamento sistemático do passado. A obra perturbadora e poderosa da artista desafia um dos preceitos centrais da fotografia: a de que ela esteja a serviço da memória. Rennó já expôs na Fondation Cartier, Paris, na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, e no Fotomuseum Winterthur, entre outros. Em 2014, a artista recebeu o prêmio Paris Photo–Aperture Foundation pelo melhor livro de fotografias do ano. Já participou de importantes exposições como 29ª Bienal de São Paulo (2010), 7ª Bienal do Mercosul (2009), 50ª Bienal de Veneza (2003), 2ª Bienal de Berlin (2001) e 6ª Bienal de Havana (1997), entre muitas outras. Seu trabalho está presente em importante coleções como Museo Reina Sofia (Espanha), Pinacoteca do Estado de São Paulo (Brasil), Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León (Espanha), Guggenheim Museum - New York (EUA), Tate Modern (Inglaterra), Museum of Moderna Art – New York (EUA), entre outras.

Tania Candiani: Monumentos efímeros

O projeto Monumentos efímeros [Monumentos efêmeros], de Tania Candiani, apresentado originalmente durante a 13ª Bienal de Havana, consiste em uma série de obras feitas a partir de uma performance executada por atletas profissionais cubanos no Centro Esportivo José Martí (Havana), dos quais a Vermelho exibe um conjunto de fotografias e desenhos e um vídeo em sua sala de projeção. A ação consistia em criar e sustentar construções corporais efêmeras que exploram formas de solidariedade, união e resistência. As construções simbolizam um exercício de confiança e esforço coletivo, onde, se um dos participantes falha, tudo cai.

As instalações esportivas deterioradas da cidade de Havana, Cuba, são o ponto de partida deste ensaio visual, no qual algumas ideias sobre o movimento arquitetônico moderno, o esporte como bandeira ideológica e o abandono da infraestrutura pública se entrelaçam.

Monumentos efímeros é um projeto que aponta as correspondências entre a resistência física e emocional dos atletas ao colapso de seu ambiente.

Tania Candiani

Tania Candiani (1974, Cidade do México) emprega em sua obra uma variedade de mídias e de práticas que operam na interseção entre diferentes linguagens, incluindo a fônica, gráfica, linguística, simbólica e tecnológica. A tradução entre diversos sistemas de representação é fundamental na produção da artista. Candiani desenvolve grupos de trabalho interdisciplinares em vários campos, consolidando combinações entre arte, design, literatura, música, arquitetura e ciência, com ênfase nas tecnologias em desuso e sua história na produção de conhecimento. Candiani recebeu o Guggenheim Fellowship for the Arts (2011), o National System of Art Creators in Mexico Fellowship (2012) e uma bolsa de pesquisa da Smithsonian Institution (2016). Candiani representou o México na 56ª Bienal Internacional de Veneza em 2015. Seu trabalho foi exibido em museus, instituições e espaços independentes em todo o mundo e faz parte de importantes coleções públicas e privadas. Monografias sobre seu trabalho incluem Cinco variações de circunstâncias fonéticas e uma pausa (2014), Habita Intervenido (2015), Possuindo a natureza. Pabellón de México. Bienal de Venecia (2015); e Cromática (2018).

Elilson: Arte Panfletária: exposição oral + lançamento: Mobilidade [inter]urbana-performativa.

Na abertura das novas exposições da Vermelho, a galeria recebe Elilson para o lançamento de seu novo livro, Mobilidade [inter]urbana-performativa.

A publicação é a etapa conclusiva do projeto homônimo que ele desenvolveu com apoio do programa Rumos Itaú Cultural 2017-2018. Ao longo de dez meses, Elilson percorreu as cidades do Rio de Janeiro, Recife e São Paulo realizando performances em espaços públicos, como expansão da pesquisa que desenvolve desde 2012 acerca das inter-relações entre arte da performance e mobilidade urbana, transitando entre os “papéis” de performer, espectador e escritor. No livro, as 224 páginas reúnem as fotografias das performances, as crônicas e relatos multivocais que o artista escreve a partir dos encontros com os transeuntes, além de trechos de sua dissert_ação Vulnerabilidade Vibrátil: arte da performance e mobilidade urbana, desenvolvida no Mestrado em Artes da UFRJ.

Arte Panfletária, 2018

Na ocasião do lançamento, Elilson apresentará a performance Arte Panfletária: exposição oral. Trata-se da leitura de um dos textos que compõem a série “Arte Panfletária”. Nesta ação, o artista caminhou por até 8 horas nos centros urbanos à procura das panfleteiras e panfleteiros que trabalham nas ruas e calçadas. Aceitou todos os discursos e anúncios distribuídos nas cidades, oferecendo a cada trabalhador um alfinete de segurança para que este decidisse em que área de sua roupa o panfleto deveria ser anexado. Enquanto as roupas e as fotografias registram visualmente a performance, os textos congregam os encontros – dimensão crucial na poética que Elilson vem experimentando – em diálogos que suscitam questões como memórias familiares, distâncias geográficas, fluxos migratórios e precarização do trabalho.


The work that takes the galleries’ whole ground floor, Good Apples | Bad Apples [Proposal for a document-monument], arrives in Brazil after being shown in Argentina, Singapore, Portugal and France.

In the Sala Antonio projection room, Vermelho will exhibit Monumentos efímeros, by Tania Candiani. Developed for the 13th Havana Biennial (2019), the work investigates the Cuban Revolutionary Project through the point of view of sport as a political tool.

On opening day, Vermelho welcomes artist Elilson, who will present a performance titled Pamphletary Art and will launch his new book, Mobilidade [inter]urbana-performativa [[inter]Urban-performative Mobility – in free translation]. The publication is the concluding stage of the project of the same name that artist developed with the support of the Rumos Itaú Cultural 2017-2018 program.

In her 7th solo show at Vermelho, Documento-Monumento | Monumento-Documento, Rosângela Rennó presents new works which investigate the nature of image and the place for photographic image in contemporaneity from an iconoclastic point of view around the memorialist perpetuation of signs, symbols and icons.

Good Apples | Bad Apples [Proposal for a document-monument] (2019)

In the ground floor of Vermelho, around 800 small red, white and black frames organize and classifies the two yearlong research carried out by Rosângela Rennó around images of monuments build in homage to Lenin. The classifications include a search for understanding de destiny of each monument after the end of the Soviet Union. Each collected image brings in itself notes on the history of each monument. They are, as expressed by Rennó in the text written by her to accompany the work: “notes on the process of collecting photos of Lenin statues on the internet”.

The Persistent Image (2019)


For The Persistent Image, Rennó collected objects that emulate mechanical photographic cameras without any functionality linked to the capturing of images. Among them are mugs, t-shirts, storage cans, adornments, sculptures, and a series of other objects that represent or that are built in the shape of analogic cameras. Rennó photographed those 76 objects (the collection is still growing) and printed the images in such a way that the size of the objects is reproduced in life size. The artist writes about the transformation of the photographic equipment: “If cellphones today are yesterday's cameras, today's cameras no longer need to shoot anything. They serve, however, as illustration or sign; they are everywhere”. About the collected objects she says: “They are like a fever: more than persistent objects, they are innocent artefacts whose only purpose is to keep our memory of the image of the camera alive. They have lost their function, but still manage to calm the anguish of the common man”.

Hercule & Hippolyte #2 (2019)

The 2019 diptych pays homage to two of the less known inventors of the photographical process, Hercule Florence and Hippolyte Bayard.

Rennó writes about the work: “Between 1836 and 1839, Hippolyte Bayard (1801-1887) succeeded in developing a photographic process for obtaining 'drawings' on photosensitive paper, but failed to gain government and public recognition and was eclipsed by the invention of Louis Daguerre. [...] Frenchman living in Brazil, Antoine Hercule Romuald Florence (1804-1879), was able to print 'drawings' through an obscure camera on silver nitrate-soaked paper in 1833. A year later he named his experiment ‘photographie’, a few years before John Herschel independently coined the term 'photography' and being recognized for it. Being so far from Europe, Hercule Florence's invention was ignored. ”

Rennó photographed both inventor’s tombs using mechanical cameras, enlarged the images and sealed the cameras used in the process. She now presents images and cameras together and comments on the analogic process: “Today, this photography and its mechanical and chemical paraphernalia appear to have been almost permanently buried, defeated by the industry that decreed the death of analog over digital. Some ontological issues related to the indexical character of images on paper or film seem to have been shelved, like bones kept in boxes or covered by a tombstone. ”

Killing CHE (2019)

Na obra, Rosângela Rennó organiza uma coleção de maços de cigarro da marca Che e um isqueiro com a imagem e nome do revolucionário marxista Ernesto Guevara (1928 – 1967). Todos os objetos carregam em sua identidade gráfica a icônica imagem de Guevara registrada por Alberto Diaz “Korda,” em 5 de março de 1960, intitulada “Guerrilheiro Heroico”. A imagem estilizada de Che foi utilizada pelo designer Jim Fitzpatrick em um cartaz que teve 2 milhões de cópias vendidas em 6 meses. Rennó lança a questão: “Teria o ‘Che’, sendo inimigo implacável do capitalismo, feito alguma objeção ao tratamento e à monetização de sua imagem?”.

A respeito do uso da imagem pela marca de cigarros, ela escreve: “Por que a imagem de um líder revolucionário acabaria ilustrando um maço de cigarros, vendido em várias partes do mundo? O proveito da indústria pode representar um dano, um esvaziamento ainda maior da imagem, mas até mesmo a indústria sofre com certas determinações do mercado. Então, nós, consumidores, assistimos a ações perversas, alheias tanto ao universo ao qual aquela imagem pertencia, quanto à própria indústria que se beneficiou dela durante muitos anos. Quando algumas sociedades decidem que certo produto é de tal maneira danoso ao ser humano que justifica a inserção de mensagens explícitas, visuais e textuais, a imagem da marca acaba sendo reduzida, eclipsada, chegando até ao seu completo desaparecimento”.

In the work, Rosângela Rennó organizes a collection of Che brand cigarette packs and a lighter with the image and name of the Marxist revolutionary Ernesto Guevara (1928 - 1967). All objects carry in their graphic identity the iconic image of Guevara recorded by Alberto Diaz “Korda,” on March 5, 1960, entitled “Heroic Guerrilla”. Che's stylized image was used by designer Jim Fitzpatrick on a poster that sold 2 million copies in 6 months. Rennó raises the question: "Would Che, being a ruthless enemy of capitalism, object to the treatment and monetization of his image?"

Regarding the use of the image by the cigarette brand, she writes: “Why would the image of a revolutionary leader end up illustrating a pack of cigarettes sold in various parts of the world? Industry profits may be damaging, even further draining the image, but even industry suffers from certain market determinations. So, we consumers are watching perverse actions, unconnected to both the universe to which that image belonged, and the industry itself that has benefited from it for many years. When some societies decide that a product is so harmful to humans that it justifies the insertion of explicit, visual and textual messages, the brand image ends up being reduced, eclipsed, until its complete disappearance ”.

Exercises on 3D (miroir) #3 (2019)

The work uses a three-dimensional optical photo viewing device, created in 1840, and replaces the images traditionally used on them for text plates from the Universal Archive project. Started by Rennó in 1992, the Universal Archive compiles journalistic texts that refers to photographic images. In 3D Exercise (transparency) the Universal Archive texts, applied to 3D technology, cause discomfort not only from the effort to “see” the texts with words that seem to float before your eyes, but also to convert them into images after reading them. Some photographs are easily recognizable or decipherable from the texts. Others, if unknown, will demand from the reader the mental exercise of construction or invention.

Aucune Bête au Monde (2019)

Aucune Bête au Monde is a book published in 1959, composed of texts by then-French Colonel Marcel Bigeard and photos of Sergeant-Chief Marc Flament on Algeria's long war for independence (1954-1962). Rennó made an intervention in the book with gray paint, erasing from the images any military man who was portrayed. The artist also eliminated, with cut-outs, the texts that identified the place where the images were captured. Rennó writes about the erasures: "The erasures in the images and the pages themselves are intended to suggest an aspect of universality in the documentation of a specific war."

Rosângela Rennó

Rosângela Rennó Gomes (Belo Horizonte, Minas Gerais, 1962), studied architecture and fine arts in Belo Horizonte, Brazil, and earned a PhD from the School of Communication and Arts at the University of São Paulo. The haunting and powerful work of Rosângela Rennó challenges a central precept of photography: that it works in the service of memory. Using archival photographs from a variety of vernacular sources (old newspapers, family albums, flea-market stalls), Rennó composes and transforms these found images into larger compositions taking the forms of collages, installations, and artists’ books. Her work draws attention to the finite duration of temporal intervals, the human capacity for forgetting, and the systematic erasure of the past. She has exhibited at the Fondation Cartier, Paris, the Fundação Calouste Gulbenkian, Lisbon, the Fotomuseum Winterthur, and elsewhere. In 2014, Rennó received the Paris Photo–Aperture Foundation award for the best photobook of the year.

She took part in importante exhibitions around the globe such as: 29ª Bienal de São Paulo (2010), 7ª Bienal do Mercosul (2009), 50ª Biennale di Venezia (2003), 2ª Berlin Biennale (2001) e 6ª Bienal de la Habana (1997), among many others. Her work is presente in relevant collections such as: Museo Reina Sofia (Spain), Pinacoteca do Estado de São Paulo (Brazil), Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León (Spain), Guggenheim Museum - New York (USA), Tate Modern (UK), Museum of Moderna Art – New York (USA), among others.

Tania Candiani: Monumentos efímeros [Ephemeral Monuments]

The Ephemeral Monuments project, originally presented by Tania Candiani at the 13th Havana Biennial, is based on a series of works developed from a performance carried out by professional Cuban athletes at the José Martí Sports Center (Havana). From the series’ works, Vermelho exhibits now a set of photographs and drawings and a video at the Sala Antonio projection room. The action was orchestrated around building and sustaining ephemeral bodily constructions which explores ideas of solidarity, union and resilience. The constructions symbolize an exercise of trust and collective effort: if one of the participants fails, everything collapses.

The deteriorated sports facilities in the city of Havana, Cuba, are the starting point of this visual essay in which some ideas about the modern architectural movement, sports as an ideological flag and the abandonment of public infrastructure interwoven.

Monumentos efímeros (Ephemeral monuments) is a project that points out the correspondences between the physical and emotional resistance of athletes to the collapse of their environment.

Tania Candiani

Tania Candiani (born 1974, Mexico City) works in a variety of media and practices at the intersection of different languages systems, including phonic, graphic, linguistic, symbolic, and technological. The translation between diverse systems of representation is key in the creation of her work. She has created interdisciplinary working groups in various fields, consolidating intersections between art, design, literature, music, architecture, and science, with an emphasis on early technologies and their history in the production of knowledge. She received a Guggenheim Fellowship for the Arts (2011), a National System of Art Creators in Mexico Fellowship (2012), and an Artist Research Fellowship from the Smithsonian Institution (2016). Candiani represented Mexico at the 56th International Venice Biennial in 2015. Her work has been exhibited in museums, institutions, and independent spaces around the world and is part of important public and private collections. Monograph books about her work include Cinco variaciones de circunstancias fónicas y una pausa (2014); Habita Intervenido (2015); Possessing Nature. Pabellón de México. Bienal de Venecia (2015); and Cromática (2018).

Elilson: Arte Panfletária: exposição oral + lançamento: Mobilidade [inter]urbana-performativa.

On opening day, Vermelho welcomes artist Elilson that will present a performance piece and will launch his new book Mobilidade [inter]urbana-performativa [[inter]Urban-performative Mobility – in free translation].

The publication is the conclusion of the homonymous project developed by him with the support of Rumos Itaú Cultural 2017-2018 program. For 10 months, Elison traveled through the cities of Rio de Janeiro, Recife and São Paulo presenting performance pieces on the public space as an expansion of the research he is developing since 2012 on the inter-relations between performance art and urban mobility, moving through the “roles” of performer, spectator and writer. The 224 pages of the book gather photographical register of the performances, the chronicles and multivocal reports that the artist writes from the meetings with transeunts, besides excerpts from his dissert_ação Vulnerabilidade Vibrátil: arte da performance e mobilidade urbana, developed during his Fine Arts Master Degree held at UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

On the occasion of the launching, Elilson will present the performance Pamphletary Art: oral exhibition. The piece is articulated around the reading of one of the texts that make up the Pamphletary Art series. During the inception of the piece, the artist walked for up to 8 hours in urban centers looking for the pamphleteers working on the streets and sidewalks. He accepted all speeches and adverts distributed in the cities, handing to each worker a safety pin to decide in which area of his clothing the flyer should be attached. While clothes and photographs visually record the performance, the texts bring together the encounters - a crucial dimension in the poetics Elilson has been experiencing - in dialogues that raise issues such as family memories, geographical distances, migratory flows, and precarious work.

Posted by Patricia Canetti at 5:50 PM