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novembro 14, 2019
Projeto FUGA / Atelier Valéria Pena-Costa e A Pilastra ocupam a Galeria Casa no CasaPark, Brasília
A Galeria Casa recebe em novembro as obras de 15 artistas convidados em um encontro de gerações de artistas das mais variadas regiões do Distrito Federal em uma cocuradoria do Projeto FUGA / Atelier Valéria Pena-Costa e A Pilastra
No próximo dia 6 de novembro, às 17h, a Galeria Casa recebe a Ocupação 9, com a mostra coletiva de 15 artistas visuais de diferentes gerações que produzem em Brasília. Atravessamentos é o resultado da parceria entre o Projeto FUGA / Atelier Valéria Pena-Costa e a galeria A Pilastra que realizam a exposição de trabalhos em vários suportes e linguagens. Pintura, escultura, instalação, site-especific, desenho dos artistas Andrea Campos de Sá e Walter Menon, Bia Medeiros, Brunetty BG, Carppio de Morais, Fernanda Azou, Gustavo Silvamaral, Jamila Maria, Lua Cavalcante, Miguel Simão, Rafael da Escócia, Rosa Luz, Wagner Barja, Waleska Reuter e Xibi Rodrigues. A mostra fica em cartaz até o dia 24 de novembro, com visitação de terça a sábado, das 14h às 22h, e domingo, das 14h às 20h. A entrada é gratuita e livre para todos os públicos. A Galeria Casa fica no 1º Piso do CasaPark, no corredor do Espaço Itaú de Cinema.
“Atravessamentos” é uma exposição que tem como curadores Mateus Lucena, da galeria A Pilastra, e Valéria Pena-Costa, do Projeto FUGA. Os artistas que participam da mostra foram convidados pelos curadores, cada qual seguindo seus critérios. “Foi uma curadoria bem pessoal”, afirma Valéria que convidou os artistas Andrea Campos de Sá e Walter Menon, Bia Medeiros, Carppio de Morais, Miguel Simão, Wagner Barja e Waleska Reuter. “São artistas de longa trajetória, trabalhos indiscutivelmente maduros e de forte expressão, e meu gosto por cada um deles”, explica a curadora.
Mateus Lucena explica que convidou artistas que estão distantes dos centros para onde converge o universo da arte. Participam Brunetty BG, Fernanda Azou, Gustavo Silvamaral, Jamila Maria, Lua Cavalcante, Rafael da Escócia, Rosa Luz e Xibi Rodrigues. “Eles fazem parte de uma geração de artistas contemporâneos que têm o Distrito Federal como berço da produção, artistas que migram diariamente para se aprimorarem, batalham nas garras o espaço que lhes foi negado. Geração do atravessamento afrontoso, do dedo na ferida do estabelecimento”, ressalta Mateus.
A mostra se configura ao mesmo tempo como um confronto e uma amálgama de artistas que trabalham com diferentes linguagens e, acima de tudo, de percursos diferentes. “Mestres ou alunos, o que os equipara são as obras como suporte para a reflexão e veículo para a coragem”, sentencia Valéria Pena-Costa.
Sobre os artistas do Projeto FUGA / Atelier Valéria Pena-Costa
O Projeto FUGA / Atelier Valéria Pena-Costa é um lugar íntimo e de imersão da artista e ao mesmo tempo um espaço para a ocupação coletiva. O local intimista e de imersão da artista é também um espaço para o coletivo, com a realização do projeto de ocupação artística F U G A, em parceria com a Galeria Alfinete.
Andrea Campos de Sá vive e trabalha em Brasília. Professora Adjunta do Departamento de Artes Visuais da Universidade de Brasília, iniciou sua trajetória artística na linguagem da gravura, realizando diversas exposições coletivas. Desde 2001 desenvolve trabalho com fotografia, na qual lança mão da autorrepresentação para a criação de personagens. Walter Menon vive e trabalha em Belo Horizonte. Professor adjunto de Filosofia na UFMG, participou da primeira edição do Rumos Itaú, além de várias exposições coletivas e individuais. Como teórico publicou, em 2010, L'Oeuvre d'Art, l'Expérience Esthétique de la Vérité pela editora l'Harmattan, Filosofia da Mente pela editora intersaberes em 2016, além de inúmeros artigos em periódicos no Brasil e no exterior. Juntos desenvolvem trabalho em colaboração desde 2003. Juntos, participaram de diversas exposições entre as quais “100 anos de Athos Bulcão” (CCBB,2018), “A observação do limite” (Alfinete Galeria, 2017), “Do sofrimento, das injurias e da verdadeira paciência” (deCurator s, 2019), Brasília Síntese das Artes (2012).
Bia Medeiros é artista, professora e pesquisadora na Universidade de Brasília. Vive e trabalha entre Rio de Janeiro e Brasília realizando desenhos, performances, composições urbanas. Coordenadora do Grupo de Pesquisa Corpos Informáticos desde 1992. O mais conhecido trabalho do Corpos Informáticos é o Kombeiro (8 Kombis instaladas na L4 Norte desde 2011).
Carppio de Morais nasceu em João Pinheiro, MG. Artista, vive e trabalha em Brasília. Com 35 anos de atuação na área artística, vem participando de inúmeras coletivas no Brasil e no exterior e realizando exposições individuais. Sempre em busca de novos materiais de pesquisa, desenvolve seu trabalho questionando as relações humanas conflituosas desde a colonização do Brasil até os dias de hoje. As obras do artista estão em acervos de museus e coleções privadas do país e exterior.
Miguel Simão nasceu em Araguari - MG no ano de 1960, é radicado em Brasília desde 1979. É professor escultura no Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes Universidade de Brasília, dedica-se às práxis da escultura e participado de exposições e mostras de arte de âmbito local e nacional, sempre quando a idade máxima pré-fixada lhe permite o acesso. Paralelamente desenvolve pesquisa em processos escultórico, garantidos nas boas práticas de ateliê e também tem estudos na área de equipamentos e instrumentos para arte, além do envolvimento profundo com a gastronomia. Dentro da universidade, o seu destaque foi a criação da Galeria de Arte Espaço Piloto no ano de 2006. Atualmente desenvolve o Projeto Escultura e o Espaço Público ligado à disciplina Escultura 2 que tem como objetivo a criação, o planejamento e construção de esculturas para exposição no campus da universidade. Em 2017 realizou no Museu Nacional da República, na Galeria Acervo, a exposição individual "Aquários, Escafandros e Outros Dispositivos de Imersão. Em 2018 participou como convidado da exposição "ACT - Arte, Ciência e Tecnologia" realizada no Museu Nacional da República.
O artista visual Wagner Barja é natural do Rio de Janeiro. Há 30 anos radicado em Brasília. Participou de inúmeras coletivas e realizou individuais no Brasil e no exterior. A última mostra em Brasília, em 2015, Experiência Tumulto III, no CCBB em 2015 recebeu 70 mil visitantes. As obras do artista estão em acervos de museus e coleções privadas - Museu de Arte de Rio de Janeiro MAR, Museu Nacional de Belas Artes RJ, Museu de Arte de Brasília MAB, Museu ONCE de Madri/ES - Coleção Cândido Mendes RJ, Coleção Sérgio Carvalho DF, Coleção José Rosildete de Oliveira e Onice de Moraes, Coleção Murilo Lôbo, entre outras.
Waleska Reuter nasceu em Linhares-ES, e é graduada em artes visuais pela Universidade de Brasília. Participou de diversas mostras na cidade, entre elas Libido Dominandi, na Casa de Cultura da América Latina; O Círculo, no Museu Nacional (2007); Arqueologia do Plástico, no Espaço Piloto (2008); 1922 Semana Sísmica - Correspondências Modernas, no Museu Nacional dos Correios (2012); SEUmuSEU Expoexperimento (2013), e Melhor de 3, no Museu Nacional; Eróticas, na Galeria deCurators (2014); Quarto Escuro, na Alfinete Galeria; Ondeandaaonda, no Museu Nacional; Ciclo Bicho-Bicha, na Galeria deCurators; Ocupação 2.0, no Elefante Centro Cultural (2015); Ondeandaaonda II (2016); Não Matarás (2017), no Museu Nacional(2016); Projeto Fuga, no Atelier de Valéria Pena Costa (2017), Ondeandaaonda III, Espaço Cultural Renato Russo (2018), performance Homenagem a Eiko Hanashiro, na Galeria deCurators, performance Isto Não É uma Obra de Arte, II Salão Mestre D’Armas, Ocupação Contém, Brasília 60 – Novas Candangas, na Piscina Com Ondas, Parque da Cidade (2019). Em 2014, foi indicada ao Prêmio Pipa e, em 2019, participou da série UM.ARTISTA exibida pelo canal Arte1, e ganhou o primeiro prêmio no II Salão Mestre D’Armas, em Planaltina-DF, com a performance Isto Não É Uma Obra de Arte.
Sobre os Artistas da galeria A Pilastra
A Pilastra foi criada em 2017, pelo fotógrafo e arte-educador Mateus Lucena para receber as obras de artistas que estão fora do circuito de artes visuais tradicional. Desde sua criação, já realizou inúmeras mostras, performances e oficinas no local
Com sua origem no teatro, a artista Brunetty BG sentiu a necessidade de explorar seus horizontes e assim se especializou em canto popular e na performance. Graduanda em artes cênicas na Universidade de Brasília, atuou e foi uma das fundadoras do coletivo O Culto das Malditas, atualmente trabalha com a banda de AnarcoFunk Rainhas do Babado.
Fernanda Azou é artista de 20 e poucos anos que faz da pintura a principal mídia de propagação de seus deboches. Sua pesquisa surge a partir de observações do comportamento geracional, mais especificamente de sua geração, os Millennials, cujo principal interesse são as situações de risco que norteiam as ações destrutivas, pessoas que estão em constante perigo, abuso de drogas, sangue, cortes, feridas, violência gratuita e melancolia. Seus temas variam de punk suave à gore trashera.
Gustavo Silvamaral nasceu em Brasília em 1995. Graduando Artes Visuais na Universidade de Brasília, participa desde 2015 do grupo de pesquisa Corpos Informáticos coordenado por Bia Medeiros, e também é assistente da artista Iracema Barbosa. A pesquisa do artista que vem se desdobrando em uma série de ações, objetos, instalações, desenhos e pinturas. A pictorialidade, ou seja, os elementos e formas de representação fundamentais da pintura que a tornam um meio específico de produção e circulação de imagens e imaginários são esmiuçados, tensionados e aprofundados no processo do artista.
Jamila Maria é formada em Cinema e Mídias Digitais pelo Centro Universitário IESB, com especialização em Direção de Fotografia pela AIC. Seu trabalho consiste em explorar os sentidos, sentimentos, memória e relações humanas através do corpo e palavras; bem como, natureza e objetos como forma de linguagem, além da pesquisa e interação entre diversos materiais; discursos via metáforas imagéticas, da relevância do conceito, de buscar na materialidade caminhos de pensamento, de investigar relações entre materiais e linguagens, de produzir deslocamentos de sentido, de trazer para o contemporâneo questões relevantes para a arte conceitual, como a linguagem verbal, ainda que ela se manifeste mais como sugestão discursiva do que como escrita de fato, e como é um trabalho de reflexão sobre as relações da autobiografia com questões universais.
Lua Cavalcante é tecnóloga em Fotografia formada com honrarias pelo Instituto de Educação Superior de Brasília, Lua Cavalcante é fotógrafa e arte educadora à frente do Grupo de Trabalho Acessibilidade - DF para o Jardim Canadá Centro de Arte e Tecnologia, atuando no Centro Cultural Banco do Brasil. Lua participou da Sétima Mostra São Paulo de Fotografia, junto aos integrantes do curso Ponto Convergente, ministrado pelo Estúdio Madalena, no qual desenvolveu funções como colaboradora. Integrou a equipe de Orientadores de Público do Instituto Moreira Salles em São Paulo. Sua linguagem artística é a produção de experimentações poéticas em autorretrato, desenvolvendo investigações fotográficas sobre as particularidades e deslocamentos de seu corpo, denominado deficiente.
Rafael da Escóssia é artistão e juristinha. Formou-se em Direito pela Universidade de Brasília e atualmente pesquisa narrativas interdisciplinares que articulam expectativas, relações institucionais e corpo. Interessa-se por engenharias jurídicas e suas configurações contemporâneas, especialmente quanto a processos de legitimação e oficialidade. Trabalha de maneira multimidiática, com ênfase nos desdobramentos da noção de ‘colagem’ a partir do gesto performático, valendo-se frequentemente de recursos como mimese, paródia e comicidade. Foi selecionado para o II Prêmio Vera Brant de Arte Contemporânea e para o II Salão Mestre D’Armas. Realizou duas exposições individuais na galeria XXX Arte Contemporânea e vem participando de exposições coletivas desde 2018 tais como, ‘Pilastrianes’, na galeria A Pilastra; ‘Atentxs e fortes’, na Casa da Cultura da América Latina (CAL-UnB); ‘ONDEANDAONDA3’, no Espaço Cultural Renato Russo; e ‘Se eu fosse dizer que é aqui’, em NAVE arte projeto pesquisa.
Rosa Luz tem 23 anos, nasceu no Gama – Distrito Federal e atualmente mora em São Paulo. É artista visual, tendo participado de exposições individuais e coletivas no Brasil e no Reino Unido em locais como Museu da República, Museu da Diversidade Sexual, Galeria Transarte, ONU BR, Paço das Artes, SP- Arte, NN Contemporary, etc. Em 2017 lançou seu primeiro EP, Rosa Maria Codinome Rosa Luz, fruto de financiamento coletivo. Também participou do TEDxBrasília, SofarSounds Latin America, Festival Latinidades, Favela Sounds, entre outros festivais de música Brasil afora. Também produz conteúdo para internet sobre rap, artes visuais e transexualidade, postando conteúdo semanal no canal Rosa Luz. Seu som pode ser encontrado em todas as plataformas digitais.
Rayza Targino Rodrigues, ou Xibi Rodrigues, é artista visual, poetisa e produtora. Nascida no estado do Maranhão é moradora e agente cultural em São Sebastião, DF. Trabalha com diversos suportes como pintura, gravura, muralismo e tatuagem, tendo como base o desenho. As obras apresentadas na mostra Linha Curva apresentam a estética contemporânea de vivências periféricas, principalmente da mulher negra trabalhadas pela artista.