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novembro 4, 2019
Temporada de Projetos: Maria Luiza Mazzetto + Virgílio Netto em Paço das Artes no MIS, São Paulo
Paço das Artes inaugura suas últimas mostras no MIS
Na última edição de 2019 da Temporada de Projetos, os artistas Maria Luiza Mazzetto e Virgílio Neto apresentam seus distintos trabalhos: Dentro do Corpo e Tudo que não invento é falso. As mostras ficam em cartaz a partir do dia 05 de novembro, às 19h e fecham a estadia do Paço das Artes no MIS, pois a instituição se mudará para a sede definitiva em Higienópolis no ano de 2020.
Com o objetivo de abrir espaço à produção, fomento e difusão da prática artística jovem, o Paço das Artes, — instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo — realiza a Temporada de Projetos desde 1996 com exposições de artistas da cena da jovem arte contemporânea brasileira. Na última exposição de 2019, os artistas Maria Luiza Mazzetto e Virgílio Neto apresentam seus distintos trabalhos: Dentro do Corpo e Tudo que não invento é falso a partir do dia 05 de novembro na sede provisória do Paço das Artes, no Museu da Imagem e do Som. A entrada é gratuita.
Um universo de ficção acerca do mundo natural poderá ser encontrado na exposição Dentro do Corpo, de Maria Luiza Mazzetto. São construções ou apropriações de cenas que podem aludir à natureza, florestas, fundos de mares ou o interior de um organismo vivo. Essas imagens podem abrir uma via de acesso para se pensar relações, limites ou fronteiras entre o natural e o artificial, entre o real e o surreal, entre legítimo e o fake. O corpus do trabalho pensa o corpo, sua transformação, sua deterioração, sua finitude, decomposição e o “vir a ser” em um mundo em que o natural convive com o artificial, com o manipulado. Um corpo em que há ingestão ou inalação de resíduos químicos, corantes e conservantes. Um mundo em que se opera o transgênico e o transplante. Um mundo incerto e ambíguo.
Em Tudo que não invento é falso, o artista Virgílio Neto apresenta duas séries inéditas de trabalhos – Imbróglios e Miúdos – e o desenho-instalação Cascas, feito especialmente para o Paço das Artes. Os trabalhos foram desenvolvidos a partir de um imaginário composto de formas e texturas que o artista coleta em seu cotidiano. Dessa forma, nasceram da observação de objetos esquecidos ou descartados; de elementos da natureza; de fragmentos, restos, sobras ou pedaços. O artista se utiliza da linguagem do desenho para criar composições condensadas, combinando esses fragmentos e explorando as texturas, os brilhos, os contrastes e as graduações de cada material.
SOBRE A TEMPORADA DE PROJETOS
A vocação experimental do Paço das Artes é constatada, principalmente, por meio da Temporada de Projetos, que foi criada com o objetivo de abrir espaço à produção, fomento e difusão da prática artística jovem. Concebida em 1996, a Temporada de Projetos teve sua primeira exposição realizada em 1997 e se tornou, ao longo dos anos, um rico celeiro para a cena da jovem arte contemporânea brasileira. Anualmente, a Temporada abre uma convocatória nacional selecionando nove projetos artísticos e um projeto de curadoria para serem desenvolvidos e produzidos com o respaldo do Paço das Artes. Os selecionados recebem acompanhamento crítico, a publicação de um catálogo sobre suas obras e um cachê de exibição. Desde seu surgimento, quando ainda era bienal (tornando-se anual em 2009), o programa possibilita a emergência de inúmeros artistas, curadores e críticos, muitos deles presentes na cena artística contemporânea. O júri da atual Temporada é composto O júri da atual Temporada é composto por Ana Pato, Hugo Fortes, Márcio Harum, Priscila Arantes e Thereza Farkas. Em 2014, o Paço das Artes lançou a plataforma digital MaPA (mapa.pacodasartes.org.br), concebida por Priscila Arantes, que reúne todos os artistas, curadores, críticos e membros do júri que passaram pela Temporada de Projetos.