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outubro 31, 2019
Exibição e bate-papo do documentário Danúbio com Henrique de Freitas Lima na Fundação Iberê, Porto Alegre
Exibição do documentário "Danúbio" seguido de bate-papo com o diretor Henrique de Freitas Lima. A atividade integra a programação que antecede a abertura da exposição "Os Quatro - Grupo de Bagé", no dia 30 de novembro.
2 de novembro de 2019, sábado, às 16h
Fundação Iberê Camargo - Auditório
Avenida Padre Cacique 2000, Porto Alegre, RS
O documentário nasceu do desejo do artista de ver sua trajetória documentada na linguagem do cinema. A grande atração do filme é a realização de um sonho antigo: o encontro com uma das maiores influências de sua carreira: o México e seus artistas.
Danúbio, como seus contemporâneos Carlos Scliar, Vasco Prado, Glênio Bianchetti e Glauco Rodrigues, foi influenciado por artistas engajados, como Diego Rivera, José Clemente Orozco e David Siqueiros. Mas quem realmente tocou os gaúchos foi o grupo reunido no Taller de Arte Gráfica Popular, sob a liderança do gravador Leopoldo Mendez, que forneceu a matéria prima para iniciativas coletivas como o Clube de Gravura de Porto Alegre e o Grupo de Bagé .
A equipe partiu para o México, onde Danúbio Gonçalves pode visitar casas, estúdios e museus de Frida Kahlo e Diego Rivera, feiras populares e modernos centros culturais. O ápice da viagem foi a convivência e troca de experiências com o gravador e mestre impressor Mario Reyes, em cujo atelier circulam os mais importantes artistas mexicanos. Também participam do filme grandes nomes das artes do sul, entre eles Alfredo Nicolaievski, Anico Herscovitz, Miriam Tolpolar, Maria Tomaselli, Helena Kanaan, Wilson Cavalcanti e Paulo Chimendes.
A exposição
No dia 30 de novembro, a Fundação Iberê inaugura a exposição Os Quatro - Grupo de Bagé, em homenagem a Carlos Scliar (1920 – 2001), Danúbio Gonçalves (1925 – 2019), Glauco Rodrigues (1929 – 2004) e Glênio Bianchetti (1928 – 2014). Quatro artistas que visavam uma arte com função social e democrática, sempre pronta para denunciar as mazelas políticas e sociais, batendo direto em seu conceito dirigida ao ser humano.
Com curadoria de Carolina Grippa e Caroline Hädrich, a mostra vai ocupar dois andares com cerca de 180 trabalhos oriundos de 24 instituições e acervos particulares de Bagé, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. "Contar a história do Grupo de Bagé é o objetivo principal da exposição, mas com uma nova e ampliada abordagem. Novas leituras e percepções acerca do trabalho dos quatro, frutos de estudos e documentários realizados por diversos pesquisadores estarão refletidos no cenário da exposição. Não apenas trabalhos de Scliar, Danúbio, Glauco e Glênio, mas nomes como Lila Ripoll, Pedro Wayne e Clovis Assumpção aparecerão para contar mais sobre a trajetória e influências desses artistas", diz Caroline.