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outubro 21, 2019

2ª Bienal do Barro na Fábrica Caroá e Sesc, Caruaru

Agreste respira arte contemporânea na 2ª Bienal do Barro

De 17 outubro a 15 de novembro, Caruaru receberá a 2ª Bienal do Barro. A mostra, idealizada pelo artista Carlos Mélo, com o tema Nem tudo o que se molda é barro acontecerá no Galpão da Fábrica Caroá e no Sesc Caruaru. Evento reunirá 16 artistas de todo Brasil, convidados pela curadoria de Márcio Harum. A realização e produção é da Jaraguá Produções fomentado pelo Funcultura, Sesc e Prefeitura de Caruaru. A bienal que teve sua primeira edição em 2014, gera um potente campo de condições para o resgate do barro, como símbolo cultural da região, e através desse Agreste/Resgate a retomada da força telúrica, de um território considerado celeiro de produção artística.

Carlos Mélo explica que a Bienal do Barro se consolida como um projeto inédito no país e de flexão entre a arte popular e a arte contemporânea, através de ações educativas. “O intuito é gerar novas plataformas de produção artística, em uma região como o Agreste pernambucano, até então, fora do circuito da arte, cuja tradição e a produção de sentido se constituem através do barro e que vem sofrendo com a falta de políticas culturais, incentivo e fomento de outras linhas de ação para a preservação do patrimônio cultural”, reitera o idealizador.

O curador da bienal Márcio Harum destaca que a intenção é perpetuar o evento pelos próximos anos para que a discussão sobre a produção artística do Agreste não se acabe. Ele, que é coordenador do programa educativo no Centro Cultural Banco do Brasil (São Paulo), selecionou 16 artistas que utilizaram o barro como suporte artístico para ecoar a arte contemporânea em várias plataformas (performances, intervenções artísticas e espaciais, esculturas, objetos, vídeos e arte sonora). “O visitante fará um mergulho em espaços históricos como o pavilhão da Fábrica Caroá, um galpão da década de 1930, que já foi uma grande potência econômica para a cidade”, observa. A abertura será nesta quinta-feira as 18h, com performance inédita de Flávia Pinheiro.

PROGRAMA EDUCATIVO

Outro destaque da 2ª Bienal do Barro será o Programa Educativo, que acontecerá no Galpão da Fábrica Caroá. Coordenado pelos educadores Lucia Padilha e Hassan Santos, a ação promoverá rodas de conversas semanais, tour com mediadores culturais e entrega de kits educacionais para estudantes.

ARTISTAS

ALAN ADI - Pipoca Moderna - Instalação
Aracaju, 1986. Vive em Salvador.
Seu trabalho passa por pesquisa comumente temas relacionado ao Nordeste, evidenciando a produção artística originada na região, ao mesmo tempo em que esta dá suporte para a construção de seus trabalhos abertos para a discussão de questões intrínsecas a configuração da sociedade brasileira. A migração, a economia, história, a cultura e educação surgem em sua trajetória como artista com interações a partir da herança social das imagens associadas ao Nordeste e o confronto com o atual contexto de nação são os temas que povoam sua investigação recente, atrelados aos formatos usuais da poética visual de caráter transregional, nordestino e brasileiro. Entre participações em seleções, foi um dos finalistas do 7º Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça (2019), Programas de Exposições do Centro Cultural São Paulo (2016) e III Prêmio EDP nas Artes/ instituto Tomie Ohtake (2012).

ALINE MOTTA - Outros (Fundamentos) - Vídeo
Niterói - RJ, 1974. Vive em São Paulo.
É bacharel em Comunicação Social pela UFRJ e pós-graduada em Cinema pela The New School University (NY). Combina diferentes técnicas e práticas artísticas, mesclando fotografia, vídeo, instalação, performance, arte sonora, colagem, impressos e materiais têxteis. Sua investigação busca revelar outras corporalidades, criar sentido, ressignificar memórias e elaborar outras formas de existência. Foi contemplada com o Programa Rumos Itaú Cultural 2015/2016, com a Bolsa ZUM de Fotografia do Instituto Moreira Salles 2018 e com 7º Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça 2019. Recentemente participou de exposições importantes como "Histórias Feministas"(MASP), “Histórias Afro-Atlânticas” - MASP/Tomie
Ohtake e "O Rio dos Navegantes"- Museu de Arte do Rio/MAR.

AMANDA MELO DA MOTA - Cataplasma / Extrai-me a pedra para que eu veja - - Objetos/ Performance/ Instalação
São Lourenço da Mata - PE, 1978. Vive em São Paulo.
É graduada no curso de Educação Artística da Universidade Federal de Pernambuco. Entre as suas exposições, destacam-se a individual na Fundação Joaquim Nabuco, Recife, em 2002, e a coletiva Rumos Artes Visuais do Instituto Itaú Cultural, em 2005/2006. Foi premiada pelo Programa Bolsa Pampulha do Museu da Arte da Pampulha em Belo Horizonte em 2007, e pelo 47º Salão de Artes de Pernambuco com o projeto Sal é Mar, em 2008. Participa do Programa de Exposicões do Centro Cultural São Paulo em 2010. Realiza em 2011 as individuais Água Viva no Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza, e Esplendor na Galeria Moura Marsiaj, no Rio de Janeiro. Lança em 2014 o livro-catálogo Água-Forte, editado a partir de conversas e entrevista com os curadores Clarissa Diniz e Bitu Cassundé.

CONCEIÇÃO MYLLENA - Fibras e Implantações - Instalação/ Intervenção
Cajazeiras - PB, 1990. Vive em João Pessoa.
Artista visual, graduada e mestra em Artes Visuais pela UFPB. Realiza trabalhos a partir da xperimentação de diversas linguagens e suportes, como a fotografia, a palavra e a performance. Atualmente trabalha com a paisagem do corpo, explorando relações de subjetividade entre seu universo interior e o mundo exterior. Entre as suas mais recentes exposições destacam-se em 2019: SAMAP - Salão Municipal de João Pessoa, Exposição Cia. - CCBNB - Sousa - PB, e em 2018, Agosta da arte - Apresentação da performance Epígrafe - CCBNB - Sousa - PB e o Salão de Artes Visuais do Sesc 2018 - com a Cia. performance. Em 2018 suas obras foram premiadas também com aquisições nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Guarabira - PB.

Claudineide Rodrigues - Rebanho de Ovelhas
Desde 1977 (42 anos)
Claudineide trabalha com barro desde os 13 anos, tendo como influencia os pais, ambos artesãos, Manoel António e Josefa Rodrigues. Começou fazendo brinquedos, que com o tempo viraram miniaturas retratando cenas do dia a dia, do folclore e da religião. Já participou de oficinas e eventos em Caruaru, teve peças expostas no Salão das Artes da FENEARTE e atualmente suas peças estão à venda no Centro de Artesanatos, em lojas no varejo e com colecionadores de vários estados do Brasil e exterior.

CRISTIANO LENHARDT - Terraças – Esculturas
Itaara (RS), 1975. Vive em São Lourenço da Mata - PE.
Bacharel em artes plásticas pela Universidade Federal de Santa Maria, RS (1996-2000). Em 2019 realiza nova exposição individual na galeria Fortes, D'Aloia e Gabriel em São Paulo. Entre as exposicões coletivas recentes em 2019 destacam-se: A Burrice dos Homens, galeria Bergamin & Gomide, em São Paulo, Arte Naïf – Nenhum Museu a Menos, na Escola de Ares Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, Brasil Perdona que no te crea, Carpintaria, Rio de Janeiro, Brasil Stray Gods, na Galeria Graça Brandão, em Lisboa e À Nordeste, no SESC 24 de Maio, em São Paulo.

DENILSON BANIWA - Mural Lambe-Lambe – Intervenção
Barcelos - AM, 1984. Vive em Niterói - RJ.
Denilson Baniwa, do povo indígena Baniwa, é natural do Rio Negro, interior do Amazonas. É artista visual e atualmente reside no Rio de Janeiro. Seus trabalhos expressam sua vivência enquanto ser indígena do tempo presente, mesclando referências tradicionais e contemporâneas indígenas e se apropriando de ícones históricos ocidentais para comunicar o pensamento e a luta dos povos originários em diversos suportes e linguagens como canvas, instalações, meios digitais e performances. Participou do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo e foi vencedor do Prêmio PIPA em 2019.

FLAVIA PINHEIRO - Ruínas de um futuro em desaparecimento - Instalação/ Performance
São Paulo, 1982. Vive em Recife.
Pesquisa o corpo em movimento em relação a diferentes dispositivos. Trabalha com performances, vídeos, instalações e intervenções urbanas, em colaboração com artistas de diferentes linguagens. Desenvolve experimentos que envolvem arte e tecnologia. Flavia investiga o corpo em sua obsolescência programada em relação às gambiarras, os dispositivos analógicos em procedimentos de falha, erro e catástrofe. Foi professora substituta na Licenciatura em Dança na UFPE. Realiza a performance Antílope junto ao artista sonoro Yuri Bruscky, onde recentemente se apresentou no SESC Ipiranga em SP. Tem mestrado em História da Arte pela UNSAM, é pós-graduada em artes visuais pelo UNA - ambas em Buenos Aires. É graduada em artes cências pela UFPE.

ISABELA STAMPANONI - Um sábado futuro após o meio-dia - Instalação
Recife, 1975. Vive em Recife.
Graduada em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Pernambuco, estudou cinema na Scuola Civica di Cinema, Televisione e Nuovi Media di Milão, Itália. Trabalhou com gravuras na Stamperia di Giorgio Upiglio em Milão. De 2011 a 2013 coordenou o Núcleo de Arte Educação do Museu Murillo La Greca em Recife. Investiga poeticamente geografias, notícias, línguas, literatura, música, cotidiano, ações e reações coletivas. Seus trabalhos se concretizam em diferentes linguagens e suportes, como desenho e pintura, fotografia, instalação, performance e vídeo. Atua também como diretora de arte e editora de vídeo, este último, principalmente colaborando com artistas. Participou recentemente da exposição `A Nordeste no SESC 24 de Maio em São Paulo.

JARED DOMÍCIO - Carruarru – Instalação
Fortaleza, 1973. Vive em Fortaleza.
É formado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Ceará e tem especialização em Artes Visuais: Cultura e Criação pelo Senac. Entre suas exposições, destacam-se as individuais: Desenhos e outras situações de risco, no Centro Cultural Banco do Nordeste em Fortaleza, 2009, Redesenho, Prêmio Artes Visuais da Funarte, em Brasília, 2008, Artista Invasor: Meio Amargo, no Museu de Arte Contemporânea do Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar, em Fortaleza, 2005, In Calço, do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo, em 2004 e Área de Segurança, no Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte, 2003. Das mostras coletivas mais recentes: “Barro.oco”, no Sesc Caruaru, em 2012, Quase Nordeste, na Galeria Oeste em São Paulo, 2007, Geração da Virada, no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, 2006, Centrocidades, no Centro Cultural BNB, Fortaleza, 2006, Vizinhos, no Museum Quartier, em Viena, na Áustria, em 2006 e Storage and Display, junto ao Programa Art Center na Cidade do México, em 2003. Foi premiado no 61º Salão de Abril, Fortaleza, em 2010, realizou residência de arte no Projeto Agulhas Negras, em 2009 e recebeu a Bolsa Pampulha em 2003.

JULIO LEITE - Remos - Série Projeto para um Novo Mundo / Homenagem ao Marrom – Escultura
Campina Grande - PB, 1969. Vive em Campina Grande - PB.
Graduado em Comunicação Social pela Universidade Estadual da Paraíba em 2000, dedica-se às artes visuais. Foi professor substituto da Universidade Federal de Campina Grande (2002-2005), momento em que se dedica na pesquisa e orientação de projetos em urbana-arte, vídeo, fotografia, arte e tecnologia. Em 2004 cria e dirige a Galeria Cilindro, site specific, na cidade de Campina Grande. Participou de várias exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior.
O campo investigativo da obra do artista Julio Leite está condicionado às relações entre imagem e desconstrução do signo pertinente, perfazendo um novo percurso alterado entre significado e significante, sua renúncia inicial em detrimento de uma nova abordagem que ressignifique as relações do que está sendo visto quanto resultado da obra. A apropriação e ressignificação de signos são, portanto, o ponto de partida no procedimento formal e conceitual de sua obra, sua transformação imediata traduzida para outro campo imagético, sobretudo, na possibilidade de uma relação metalingüística que vem determinar novos resultados visuais provenientes destes deslocamentos. Portanto, este processo vai ao encontro da teoria Wittigensteiniana em que nem tudo o que se vê é o que lê.

MATHEUS ROCHA PITTA - Estela#11 (terra prometida) - Escultura
Tiradentes - MG, 1980. Vive no Rio de Janeiro.
Estudou Historia (UFF) e Filosofia (UERJ). Nos últimos anos têm investigado formas e percepções de gestos que têm implicações éticas. Atento à interseção da arte e a vida cotidiana, ele desloca os gestos de seu seu fundo biográfico e deliberadamente os eleva a atos estéticos com uma dimensão histórica.
Fotografias, vídeos e esculturas são usados para construir um repertório de gestos, que são disponibilizados com o público, tais como a Primeira Pedra, Galeria Mendes Wood, São Paulo, 2015, No Hay Pan, na Gluck50, de Milão em 2015, Assalto, Bienal de Taipei, 2014, Golpe de Graça no Pivô, em São Paulo, 2013 e Aos vencedores as batatas, no Kunstlerhaus Bethanien, em Berlim, 2017. Em 2019, a Pinacoteca de São Paulo apresentou ao público seu trabalho adquirido para a coleção.

PAULO MEIRA - - Rádio Catimbó aparições - Instalação Sonora
Arcoverde - PE, 1966. Vive entre Recife e Belém.
Paulo Meira se define, “Explorar o universo radiofônico no campo das artes visuais vem sendo, nos últimos três anos, um dos principais agenciadores das minhas ações artísticas. A busca de uma experiência estética ativadora de uma percepção ampliada, não centrada na recepção visual da obra, mas também, amplificada pelo despertar de outros sentidos, me levou, inicialmente, ao uso experimental de rádio transmissão em uma vídeo instalação no ano de 2013 na residência artística ‘Poemas aos homens do nosso tempo’, Campinas – SP. Desde então me envolvi com ideias de pesquisadores que esboçam uma estética pós-midíatica anunciadora de uma nova época do ouvir, bem como, de uma ‘cultura do ouvir’, diferente da ‘cultura visual` com seu tempo naturalmente mais curto e muito mais veloz do que o tempo do fluxo auditivo.”
Artista plástico com formação em design gráfico pela UFPE. Em 1993 realizou sua primeira exposição individual no Museu do Estado de Pernambuco. Em 1995 participou de residência artística no Museu Het Domein na cidade de Sittard, na Holanda. No mesmo ano, realizou exposição individual na Galeria Vicente do Rego Monteiro do instituto Mauro Motta, Fundaj. Em 1997 fundou, junto com Oriana Duarte, Marcelo Coutinho e Ismael Portela o Grupo Camelo. Neste ano realizou individual no Instituto de Arte Contemporânea. De 1999 a 2001 participou do 1a edição do Rumos Artes Visuais do Instituto Itaú Cultural em diversas mostras pelo Brasil. Em 2002 participou da residência Faxinal das Artes – PR. Recebeu prêmio aquisição no VII e X Salão MAM da Bahia de Arte Contemporânea. Em 2004 realizou exposição individual no Observatório Cultural da Torre Malakoff, Recife, e em 2005 na Temporada de Projetos do Paço das Artes em São Paulo (projeto Hermes e Três Sambas). Neste mesmo ano participou do Panorama da Arte Contemporânea Brasileira. Em 2006 foi premiado com bolsa estimulo no 46º Salão de Arte Contemporânea de Pernambuco. Em 2007 realizou exposição individual na galeria Marília Razuk, em São Paulo, pela qual recebeu indicação ao Prêmio Bravo de melhor exposição do ano. Neste mesmo ano recebeu o Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia.

RENATA FELINTO - Araujo - Vídeo
São Paulo, 1978. Vive no Crato - CE.
É professora adjunta do setor de Teoria da Arte da Universidade Regional do Cariri/CE. Doutora e mestra em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UNESP, bacharel em Artes Plásticas pela mesma instituição.
Licenciada em Artes Plásticas pelo Centro Belas Artes. Especialista em Curadoria e Educação em Museus de Arte pelo MAC/USP. Foi Professora de Arte e Cultura Africana na Pós-graduação de História da Arte: Teoria e Crítica do Centro Belas Artes. Foi coordenadora do Núcleo de Educação do Museu Afro Brasil. É autora e organizadora de diversos livros e artista visual com exposições no país e no exterior.
Pensar as intersecções arte, feminino/feminismo, identidade afrodescendente tem sido seu foco nos últimos 20 anos. Suas exposições mais recentes: A noite não adormecerá jamais aos nossos olhos - Movimento Nacional Trovoa, Baró Galeria e Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo em 2019, Histórias Afro-Atlânticas, no Instituto Tomie Ohtake, em 2018.

SALLISA ROSA - Terraiz - Escultura Coletiva
Goiânia, 1986. Vive no Rio de Janeiro.
Sallisa Rosa se dedica a investigações contemporâneas de imagens e temas que a atravessam, dentre os quais a própria identidade e o universo feminino, assim como futuro, ficção e decolonização. Usando fotografia, vídeo e outras estratégias, propõe pesquisas e experiências em torno da identidade nativa contemporânea urbana. Artista que atua entre o ancestral e o contemporâneo, seu trabalho aprofunda os sentidos acerca de possibilidades de vida coletiva ans cidades. Formada em jornalismo, mestre em criação de conteúdo audiovisual pela UFRJ. Participou recentemente da exposição coletiva Vaivém no Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro e do Bolsa Pampulha do Museu de Arte da Pampulha em 2019.

VIRGINIA DE MEDEIROS - Trem em Transe - Vídeo
Feira de Santana, 1973. Vive em São Paulo.
É Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia. A artista adapta imagens documentais para usos subjetivos, pessoais e conceituais propiciando a revisão dos modos de leitura e representação da realidade e da alteridade. Conhecer, conviver, conquistar a confiança e fazer amigos estão na base do seu método de trabalho. A artista acha importante levar em consideração nossos laços afetivos como elementos dotados de significado vital para a história da arte contemporânea. A artista recebeu em 2015 os dois maiores prêmio de arte contemporânea do Brasil: Prêmio PIPA Júri e Voto Popular e a 5a Edição do Marcantonio Vilaça pela sua trajetória. Em 2019 pariticipou das seguintes exposicões: Arte Atual: Jamais me olharás lá de onde te vejo, Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, História da Sexualidade, MASP, São Paulo, em 2017-2018: História da Sexualidade, do MASP. Em 2014 foi premiada no 18o Festival de Arte Contemporânea Sesc-Videobrasil com a Bolsa na Residency Unlimited em Nova York. Seus trabalhos foram expostas em numerosas mostras, entre elas, Behind the Sun-Prêmio Marcantônio Vilaça, HOME, Manchester, Reino Unido; La réplica Infiel, Centro de Arte 2 de Mayo, Madri; Set to go, Contemporary Art Centre de Vilnius (CAC), Vilnius, Lituânia; Linguagem do Corpo carioca [a vertigem do Rio], MAR Museu de Arte do Rio em 2015, Como (…) de coisas que não existem – 31a Bienal de São Paulo, Museu Serralves, Porto, Portugal; Rainbow in the dark: no joy e tormento of Faith, Malmö Konstmuseum, Suécia, em 2014. Possui obras nas coleções do Instituto Inhotim, Museu de Arte do Rio (MAR), Centro Cultural Dragão do Mar, Centro Cultural São Paulo (CCSP), Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB) e Associação Cultural Vídeobrasil. É artista participante e residente da 11a Bienal de Berlim em 2020.

ZÉ CARLOS GARCIA - - s/titulo - Esculturas e Performance
Aracaju, 1973. Vive no Rio de Janeiro.
Artista visual, estudou escultura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, frequentou a Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Participou em 2019 das exposições coletivas Concerto para Pássaros, no Goethe Institut de Salvador, Manjar: Beleza e Devastação ou Eterno Retorno, no Solar dos Abacaxism Rio de Janeiro e Luto tropical, na Pasto Galeria, em Buenos Aires, Argentina.
Nas palavras de Olívia Ardui, crítica e curadora, “as esculturas de Zé Carlos Garcia se apresentam como entes insólitos que podem tomar a forma de insetos imaginários, uma vez que resultam de uma combinação de membros de diferentes espécies, ou ainda da mescla de plumas e partes de mobiliário de madeira. Dessa junção originam-se híbridos que, além de conservar os significados das partes que os compõem, geram uma curiosidade mórbida em relação à sua natureza. Garcia parece assim evidenciar certa perversidade do público, refém, entre estranhamento e fascínio, de seu próprio voyeurismo diante de corpos dilacerados, por mais fictícios que sejam.”

Posted by Patricia Canetti at 10:57 AM