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outubro 17, 2019
Contos de Curiosidades Naturais e Artificiais na Galeria Casarão 34, João Pessoa
Contos de Curiosidades Naturais e Artificiais é uma exposição coletiva que estabelece diálogos entre a natureza e a arte tencionando forma, linguagem e prática. Com obras de oito artistas a exposição acontece por meio de subesquemas - plantas, animais, minerais, microbiologia, anatomia, ecologia e paisagem. A curadoria é resultado de pesquisa e criação em constante processo. A montagem da exposição foi pensada a partir dos gabinetes de curiosidades, catalogando produtos do homem e produtos da natureza. A exposição investiga essa interação.
A exposição faz parte do primeiro edital de ocupação da Galeria Casarão 34, no qual foram selecionados quatro projetos que contemplasse a arte contemporânea. As propostas foram submetidas a duas comissões de análise designadas pela diretoria da Funjope, tendo seu júri composto por três curadoras, Ana Monique Moura, Olívia Mindêlo e Valquíria Farias.
CURADORA
Rita do Monte (1996, João Pessoa, PB) é bacharela em Artes Visuais pela Universidade Federal da Paraíba. Pesquisa interações entre arte, filosofia, ciências naturais, linguagem, psicologia e história. Desde outubro de 2018 participa do Laboratório de Curadoria com Valquíria Farias. Participou do Sesc Confluências em 2017/2018. Teve o artigo “O efêmero e o perpétuo” apresentado e publicado no Seminário Internacional de Museografia e Arquitetura de Museus (2016). Participou do Salão de Arte do Sesc Paraíba (2016).
ARTISTAS CONVIDADOS
Marcelo Moscheta
São José do Rio Preto, São Paulo, 1976.
Iniciou sua carreira artística no ano 2000, realizando obras e exposições que nascem de seus deslocamentos por lugares remotos, onde coleta objetos que provêm da natureza e que ele reproduz por meio do desenho e da fotografia, criando instalações e objetos. Recentemente tem voltado seu interesse para pesquisas com fronteiras e limites impostos a territórios e também na relação que os rios estabelecem com a paisagem ao longo de seu curso. Realizou as exposições individuais Erosão Diferencial (2017) no MACC de Campinas, Plano Inclinado (2017) na SIM Galeria e Sete Quedas (2016) sua primeira individual na Galeria Vermelho, 1.000 km, 10.000 anos (2013), na Galeria Leme e a instalação Contra.Céu (2010) realizada na Capela do Morumbi. Recebeu vários prêmios e bolsas de pesquisas entre as quais The Pollock-Krasner Foundation Grant (2017), The Drawing Center Open Sessions Program (2015), Bolsa Estímulo de Produção em Artes Visuais da Funarte (2014), Prêmio Marc Ferrez de Fotografia (2012) e o I Prêmio Pipa Júri Popular, em 2010, entre outros.
Marlene Almeida
Bananeiras, Paraíba, 1942.
Graduada em Filosofia pela Universidade Federal da Paraíba, onde também fez cursos de extensão na área das Artes Visuais. No final da década de 1970 iniciou uma ampla pesquisa sobre materiais artísticos naturais, com o apoio do CNPQ e da Universidade Federal da Paraíba. Utiliza pigmentos minerais e resinas naturais em suas obras. Ambientalista, integra o Movimento Nacional de Artistas pela Natureza. Participou de exposições coletivas em quase todos os estados brasileiros e em alguns países, entre elas: Workshop Brasil-Alemanha, no MASP, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, Um Olhar sobre os Trópicos no Museu Amadeu de Sousa Cardoso em Amarante, Portugal; Terra Brasília no Centro Cultural Brasília, DF; Mnemosyne Sans-Souci, na Galeria Drei, Dresden, Alemanha; Erde /Terra/Earth, Galerie Nicolaisaal, em Potsdam, Alemanha; ARCO - Feria International de Arte, Madrid, Espanha; Bienal Barro de América, Caracas, Venezuela; Quaternio, Uffizi-galleriet, Oslo, Noruega. Entre as individuais, Terra Viva, no Paço das Artes, S.Paulo; Grenze, Galerie Forum, Berlim, Alemanha; Der Natur der Zeit, Galerie Drei, Dresden, Alemanha; Tempo, NAC- Núcleo de Arte Contemporânea da UFPB, J. Pessoa, Paraíba; Tempo para o Destino, Usina Cultural Energisa, J. Pessoa e MUBE – Museu Brasileiro da Escultura, São Paulo. Mantém atelier em João Pessoa, cidade onde vive e trabalha.
ARTISTAS DO EDITAL
Caballero
João Pessoa, Paraíba, 1992.
Graduanda do bacharelado em Artes Visuais da UFPB, artista integrante da residência Movimento, tem participação em coletivas como “à Nordeste” no Sesc 24 de maio - SP, “Vamos de mãos dadas” - Panapaná 2018, Salão de Artes Visuais Sesc - PB (2016/18), “Confluir ]ainda[ é preciso” no Confluências Sesc - PB (2018), e uma individual através do edital Exposesc 2018 intitulada “PERRO”. Se utiliza essencialmente da pintura como linguagem de expressão, bem como os desdobramentos da interação dessa técnica com outras linguagens e suportes. As formas e padrões presentes na natureza são temas recorrentes em seu repertório conceitual e revelam seu interesse pelas ciências biológicas que se manifesta desde a infância.
Madalena
São Paulo, SP, 1989.
Graduada em Artes Visuais pela Universidade Federal da Paraíba. Sua poética se constrói na percepção e investigação de um universo de despercebidos, que são cada uma das sutilezas que encontra no meio caótico urbano... plantinhas que brotam no concreto, musgos, fungos, insetos... todas as pequenezas, que parecem invisíveis para tantos, lhe despertam o olhar e a necessidade de registrar e representá-las de alguma forma, na tentativa de enxergar nelas a potência de suas existências e suas significações ocultas. Explora em seus trabalhos a fotografia, com experimentos em diversos suportes, e a artesania do crochê e do bordado.
Manuela Arruda
Ouro Velho, Paraíba, 1989.
Manuela Arruda vive e trabalha em João Pessoa. Desenvolve pesquisas sobre a sociedade e a natureza por meio da mímesis plástica – apropriação daquilo que é natural por meio do plástico. Em seu repertório material é comum encontrar plantas, animais e minerais artificiais. Desse modo, questiona as relações entre a humanidade e a natureza tangenciando o capitalismo. Por que comprar plantas de plástico sem vida, sem cor, sem textura, sem cheiro?
Rodrigo Lacet
João Pessoa, Paraíba, 1990.
Estudante do curso de bacharelado em artes visuais na UFPB, é artista visual, ilustrador, professor de desenho e de pintura. Desenvolve projetos voltados para o figurativo, especialmente para a figura humana, tanto na parte poética quanto na parte educacional.
Stephanie Soares
João Pessoa, Paraíba, 1993.
Graduada em licenciatura em artes visuais pela Universidade Federal da Paraíba, é artista visual e professora de aquarela. Como artista, investiga a relação entre memória e melancolia e sujeito e natureza.
Tiffanie Podeur
França, 1992.
Artista autodidata, começou a estudar as possibilidades artísticas ofertadas pela colagem analógica durante sua formação em direito. Em 2016, após obter sua graduação, mudou-se para a Paraíba, onde trabalha como professora de francês e se dedica à produção artística. Seu trabalho busca transmitir emoções universais através da junção de recortes vindos de fontes variadas. Utiliza técnicas de confrontage, assemblage rollage, prolage. Em agosto de 2018 participou da exposição O bicho de três cabeças com as artistas Mayara Ismael e Morgana Ceballos na Casa da pólvora em João Pessoa. Em abril de 2019 participou da exposição Conchas na Pinacoteca da UFPB, expondo obras de artistas mulheres residentes na Paraíba.