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outubro 14, 2019
Leilão de parede em prol da Sociedade Viva Cazuza na Luciana Caravello, Rio de Janeiro
Toda a renda arrecadada será revertida para a instituição, que completa 29 anos no dia 17 de outubro
Nos dias 16 e 17 de outubro, Luciana Caravello Arte Contemporânea fará um leilão de parede beneficente para a Sociedade Viva Cazuza, com toda a renda revertida para a instituição criada em 1990 pelos pais de Cazuza, Maria Lúcia (Lucinha) e João Araújo. Serão apresentadas obras em diferentes suportes, como pintura, desenho, gravura, fotografia e escultura de importantes artistas, que doaram trabalhos para o projeto.
O leilão de parede caracteriza-se pela ausência da figura do leiloeiro, que normalmente faz a mediação entre os lances oferecidos e a venda final da obra. Nessa modalidade, o participante registra a sua oferta diretamente na parede, ao lado da obra. O lance mínimo será de R$1.000 (mil reais).
Realizado em um ambiente descontraído e informal, todos serão convidados a participar do leilão, bastando apenas preencher uma ficha de inscrição, que estará disponível na galeria no dia do evento. Os participantes podem deixar seus lances a qualquer momento, pessoalmente, por telefone ou internet, até às 21h da quinta-feira, dia 17. Neste mesmo dia, quando a Sociedade Viva Cazuza comemora 29 anos, haverá um coquetel às 18h na galeria.
ARTISTAS PARTICIPANTES
Adrianna Eu, Alan Fontes, Alexandre Mazza, Alexandre Sequeira, Almandrade, Angela Conte (apoio galeria Verve), Armando Queiroz, Bruno Miguel, Cabelo, Cela Luz, Cildo Meireles, Daniel Murgel, Delson Uchoa, Eduarda Freire, Eduardo Kac, Francisco Hurtz (apoio galeria Verve), Gisele Camargo, Gustava Speridião, José Roberto Bassul, Isabel Svoboda (apoio Mercedes Viegas), Luisa Malzoni (apoio galeria Verve), Marcelo Jácome, Marcelo Solá, Nazareno, Nino Cais, Pedro Varela, Renan Cepeda, Sergio Allevato, Ursula Tautz, Victor Arruda.
SOCIEDADE VIVA CAZUZA
A Sociedade Viva Cazuza foi criada em 1990 pelos pais de Cazuza, Maria Lúcia Araújo (Lucinha Araújo) e João Araújo, junto com amigos e médicos, com o intuito de dar apoio aos pacientes com AIDS/HIV, no início, do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, na Tijuca, zona norte do Rio. Cansada de ver várias crianças soropositivas serem abandonadas pelas famílias, Lucinha resolveu criar a Sociedade Viva Cazuza em 1994, e passou a dedicar todo o seu tempo e carinho de mãe – que antes era exclusivo para o seu único filho Cazuza, já morto pela doença – a meninos e meninas que passaram a viver na casa.
Entre os anos de 1990 a 1992, a Sociedade trabalhou junto ao Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, conseguindo aumentar o número de leitos destinados aos pacientes da AIDS, reformou enfermarias e berçário, forneceu remédios, exames e cestas básicas para os portadores da doença.
A Sociedade Viva Cazuza encerra a cooperação com o Hospital Gaffrée em 1992, e começa a operar independentemente. Em 1994, foi inaugurada a primeira Casa de Apoio Pediátrico do município do Rio de Janeiro, com imóvel cedido pelo governo do município.
A Sociedade Viva Cazuza atende crianças e adolescentes portadores do HIV/AIDS. Além dos pacientes adultos com a doença, que na sua maioria são analfabetos, e são cadastrados para receberem mensalmente cesta básica e apoio no tratamento. O Programa de Adesão e Tratamento da ONG acompanha 140 pessoas que têm dificuldades para ler e compreender a prescrição médica. Um cartão colorido é distribuído pela instituição e ajuda os pacientes analfabetos a identificar os remédios e os respectivos horários que devem ser tomados durante todo o tratamento. A disciplina é fundamental para o controle da doença.
Nesses anos de atuação a Viva Cazuza recebeu alguns prêmios como: Diploma de Responsabilidade Social - Associação de Imprensa (2011), Prêmio UNESCO (2004), Certificado da Organização Pan America de Saúde (2002), IX Jornada Científica de Fisioterapia Ocupacional (2001) e Filantropia 400 – Kanitz (2001).
LUCIANA CARAVELLO ARTE CONTEMPORÂNEA
O principal objetivo da Luciana Caravello Arte Contemporânea, fundada em 2011, é reunir artistas com trajetórias, conceitos e poéticas variadas, refletindo assim o poder da diversidade na Arte Contemporânea. Evidenciando tanto artistas emergentes quanto estabelecidos desde seu período como marchand, Luciana Caravello procura agregar experimentações e técnicas em suportes diversos, sempre em busca do talento, sem discriminações de idade, nacionalidade ou gênero.