|
setembro 17, 2019
Comigo Ninguém Pode na Jaqueline Martins, São Paulo
Galeria Jaqueline Martins discute o feminino com grande exposição de artistas mulheres: pesquisas de artistas e intelectuais atuantes em diversas linguagens atestam e dão continuidade ao impacto das práticas emancipadoras dos anos 1960.
A Galeria Jaqueline Martins tem orgulho em apresentar Comigo Ninguém Pode, exposição coletiva que reúne trabalhos realizados por artistas e intelectuais mulheres desde os anos 1960 até a atualidade. A mostra, realizada em colaboração com a curadora Mirtes Marins de Oliveira, com a a ocupa dois andares da galeria e terá sua abertura no sábado, dia 21 de setembro, às 14 horas.
A partir de obras de artistas como Amelia Toledo, Ana Mazzei, Georgete Melhem Isabela Capeto, Letícia Parente, Lydia Okumura, Maria Noujaim, Marta Minujín, Martha Araújo, Paula Garcia, Regina Vater, Lenora de Barros, Flora Rebollo e Ubu Editora., a mostra busca questionar entendimentos sobre a noção de feminino, caracterizado pelos atributos de delicadeza, intuição, intimidade, acolhimento, afeto, que são, em geral, apontados como oposição ao universo da racionalidade, força, organização e precisão.
A mostra apresenta em justaposição, confronto e sobreposição, produções de diferentes momentos históricos, linguagens e temáticas divergentes, realizadas a partir de perspectivas individuais e/ou sociais, verificando de que forma a produção de artistas dos anos 1960/1970 (e mesmo em períodos anteriores) reverbera nas práticas contemporâneas. Como emblema dessas relações, o trabalho “Comigo ninguém pode”(1981), de Regina Vater, dá nome ao evento por evidenciar o interesse da artista em discutir categorias limitadoras e excludentes, a partir de uma pesquisa sobre cultura popular. Temas caros aos dias atuais.
A exposição, realizada em colaboração com a curadora Mirtes Marins de Oliveira, conta ainda com seleção exclusiva de publicações e livros de artistas mulheres, organizada por Desapê, e conta com uma mostra especial de obras em vídeo feita em parceria com a Associação Cultural Videobrasil. Para fundamentar o pano de fundo histórico da mostra são apresentados textos feministas, com destaque para os manifestos feministas futuristas de Valentine de Saint-Point (1875-1953) e “A mulher é uma degenerada” (1924), de Maria Lacerda de Moura.
Mirtes Marins de Oliveira é curadora, crítica de arte, doutora em Educação, História e Filosofia. É docente e pesquisadora na Universidade Anhembi Morumbi e Pós-Doutora pela FE-USP