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setembro 8, 2019
Leandra Espírito Santo na Fernanda Perracini Milani, Jundiaí
No próximo dia 10 de setembro abre na Galeria de Arte Fernanda Perracini Milani (anexa ao Teatro Polytheama), em Jundiaí, a exposição individual Só existo em terceira pessoa da artista visual Leandra Espírito Santo, com curadoria da crítica de arte, curadora e pesquisadora Paola Fabres. A exposição foi uma das três contempladas no edital de chamamento de exposições individuais da galeria, realizado pela prefeitura de Jundiaí.
“Só existo em terceira pessoa” trata do tema da autorrepresentação, fazendo parte de uma pesquisa que vem sendo desenvolvida pela artista desde 2017 e aborda o tema em seus diversos aspectos. Os trabalhos partem do corpo da artista para problematizar questões de um cenário mais plural e coletivo, como as relações em meio às redes sociais, a produção excessiva de imagens de si que vem tomando os espaços virtuais, a padronização de identidades e de comportamentos. A partir de trabalhos produzidos em diversas linguagens, como foto-performance, videoarte e instalação, o conjunto de obras propõe ainda agenciar um pensamento crítico a respeito da maneira como se dá, atualmente, a relação entre corpo, imagem, e as diferentes tecnologias tais como celulares, computadores que nos cercam.
Durante a exposição, serão realizadas atividades gratuitas junto ao público: uma conversa entre a artista e a curadora - que vai tratar do processo de construção dos trabalhos e da exposição-, e uma oficina onde a artista vai ensinar uma das técnicas aplicadas em trabalhos da exposição. A participação em ambas atividades é gratuita, porém, será necessário fazer inscrição para a oficina.
Leandra Espírito Santo é artista visual e trabalha entre Rio de Janeiro, São Paulo e Jundiaí. É representada pela Galeria Simone Cadinelli no Rio de Janeiro. Formada em Comunicação Social pela Universidade Federal Fluminense, é mestre e doutoranda do programa de Artes Visuais da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Desenvolve seus trabalhos artísticos em diversas linguagens. A partir de sua produção artística visa provocar reflexões acerca do corpo e de suas relações com as diversas tecnologias. Em 2019, participou do programa de residência Pivô Pesquisa (SP), e recebeu o prêmio de exposição individual no edital da Galeria Fernanda Perracini. Foi indicada ao Prêmio Pipa 2016 do MAM Rio, tendo sido uma das 10 finalistas do Pipa online do mesmo ano. Recebeu o prêmio estímulo no Salão de Santo André (2014), e foi premiada na chamada Artes Visuais da Secretaria de Cultura de Niterói (2014). Desde 2010, participa de exposições, salões, eventos e prêmios dentro e fora do país, tendo seu trabalho divulgado em diversas publicações.
Paola Fabres (Natural de Porto Alegre, atualmente mora em São Paulo). Curadora e crítica de arte. É doutoranda em Artes Visuais pela ECA-USP (São Paulo, BR) e mestre em História, Teoria e Crítica de Arte pela UFRGS (Porto Alegre, BR). Atualmente, desenvolve pesquisas direcionadas ao debate sobre práticas artísticas dialógicas e sobre o estado da crítica de arte. Já colaborou com publicações como E-flux, DASartes, Select, Dardo e é co-editora da revista Arte ConTexto (2013-), junto com Talitha Motter. Foi consultora de conteúdo de arte contemporânea do Frestas: Trienal de Artes (em 2017), é coordenadora do programa de residência Comunitaria (na Argentina), integra o Grupo de Crítica do Centro Cultural São Paulo e o comitê de Acervo e Curadoria do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MAC-RS, Brasil).