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setembro 3, 2019
Minha terra tem palmeiras na Caixa Cultural, Rio de Janeiro
Mostra discute a formação da memória cultural do país a partir do poema Canção do exílio, de Gonçalves Dias
A Caixa Cultural Rio de Janeiro recebe, de 8 de setembro a 20 de outubro de 2019 (terça-feira a domingo), a exposição Minha terra tem palmeiras. Com curadoria de Bruno Miguel, a mostra reúne 50 obras de 15 artistas contemporâneos brasileiros para discutir a formação da memória cultural do país. A exposição tem patrocínio da Caixa e do Governo Federal.
São obras de Afonso Tostes, Anna Bella Geiger, Armando Queiroz, Ayrson Heráclito, Carlos Zilio, Daniel Murgel, Flávia Junqueira, Ivan Grilo, Jaime Lauriano, Marcos Cardoso, Raquel Versieux, Rodrigo Braga, Rodrigo Andrade, Vicente de Mello e Virginia de Medeiros, num recorte de algumas décadas de arte contemporânea brasileira.
O ponto de partida da exposição é o poema Canção do exílio, ícone do primeiro momento do romantismo brasileiro, escrito por Gonçalves Dias em 1857. Trafegando por diferentes mídias, como pintura, fotografia, gravura, desenho, escultura, instalação, objeto e assemblage, esses artistas convidam o público a uma reflexão sobre a identidade nacional, das suas origens românticas no século XIX até os dias de hoje.
Histórias e memórias
O curador Bruno Miguel destaca que artistas contam histórias e criam memórias – visuais e poéticas – sobre aspectos que geralmente passam desapercebidos pela maioria. Segundo ele, um dos principais objetivos da mostra é justamente relacionar a pluralidade de um Brasil de variados campos de pensamento artístico com temas como memória, política e ancestralidade.
“Distância é espaço e tempo. Lembrança é experiência vivida, ou não, pelo próprio ou pelo outro”, explica o curador. “Não apenas os indivíduos se lembram das coisas, mas também grupos, sociedades e nações.Lembrar e esquecer passaram a ser reconhecidos como aspectos importantes tanto da convivência em sociedade quanto também da política”, completa.