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agosto 30, 2019

Carlos Zilio na Cassia Bomeny, Rio de Janeiro

Em exposição na Cassia Bomeny Galeria, em Ipanema, artista plástico apresenta criações inéditas

Dois anos depois de sua última individual na cidade, o artista plástico Carlos Zilio, que está completando 75 anos, apresenta nova mostra, dessa vez na Cassia Bomeny Galeria, em Ipanema, de 4 de setembro a 26 de outubro. Carlos Zilio – Pinturas e Desenhos reúne 13 obras produzidas ao longo dos dois últimos anos tendo, mais uma vez, o tamanduá como tema central.

A imagem do animal é recorrente na obra de Zilio. Apareceu pela primeira vez após a morte do pai, em 1986, por conta de uma história familiar: o pai teve um tamanduá de estimação quando criança. Desde então, a figura se tornou uma espécie de representação de afetividade e nostalgia, num sentido mais subjetivo; e de luto, num sentido mais amplo.

- Geralmente o tamanduá aparece caindo nas obras. Essa é também uma representação à queda da história, das utopias – explica o artista.

Carlos Zilio nasceu no Rio de Janeiro em 1944, estudou pintura com Iberê Camargo no Instituto de Belas Artes em 1963 e formou-se em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Participou de algumas das principais exposições brasileiras dos anos 60 como “Opinião 66” e “Nova Objetividade Brasileira”, ambas no MAM carioca. Desde então, é destaque em inúmeras mostras coletivas, como as 9ª, 20ª e 29ª edições da Bienal de São Paulo (1967, 1989 e 2010); a 10ª Bienal de Paris (1977); e a 5ª Bienal do Mercosul (2005).

Na década de 1970, morou na França, onde se doutorou em Artes. E, desde a sua volta ao Brasil em 1980, vem realizando diversas exposições individuais, com destaque para “Arte e Política 1966 – 1976”, nos Museus de Arte Moderna do Rio, São Paulo e Bahia (1996 – 1997); “Carlos Zilio”, no Centro de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro (2000); e “Pinturas Sobre Papel”, no Paço Imperial, no Rio (2005), e na Estação Pinacoteca de São Paulo (2006); " Atensão” no Museu de Arte Moderna do Rio (2016).

Suas mais recentes exposições coletivas foram: “Imagine Brazil” (Oslo, Lyon, Doha, São Paulo e Montreal, 2013 – 2015); “Possibilities of the object – Experiments in Modern and Contemporary Brazilian Art” (Edimburgo, 2015) e “Transmissions: art in Eastern Europe and Latin America, 1960 – 1980” (MoMA, Nova Iorque, 2015), Past/Future/Present, Phoenix Art Museum/MAM-SP (Phoenix, 2017) e Knife in the flash, PAC Padiglione d’Arte Contemporânea (Milão,2018).

Zilio foi professor na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 2008, a editora Cosac Naify publicou o livro Carlos Zilio, organizado por Paulo Venancio Filho, sobre sua produção artística. Seus trabalhos estão presentes em diversas instituições, como os Museus de Arte Contemporânea de São Paulo, Niterói e Paraná, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, nos Museus de Arte Moderna do Rio de Janeiro e São Paulo e no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA).

Posted by Patricia Canetti at 8:44 AM