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agosto 23, 2019
Temporada de Projetos: Alice Lara + Felipe Chimicatti e Pedro Carvalho Moreira em Paço das Artes no MIS, São Paulo
Paço das Artes inaugura duas mostras da Temporada de Projetos 2019
Na penúltima edição de 2019, a artista Alice Lara e a dupla Felipe Chimicatti e Pedro Carvalho Moreira apresentam seus trabalhos nas mostras No início, para se tornar humano, primeiro é preciso aprender limites e Santiago - Fogo em cartaz a partir do dia 27 de agosto, às 19h.
Com o objetivo de abrir espaço à produção, fomento e difusão da prática artística jovem, o Paço das Artes, — instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo — realiza a Temporada de Projetos desde 1996 com exposições de artistas da cena da jovem arte contemporânea brasileira.
Na exposição No início, para se tornar humano, primeiro é preciso aprender limites, a pintora Alice Lara apresenta um trabalho que desenvolve desde o início de 2017 em zoológicos, espaço que, para a artista, levantam um amplo debate, pois ao mesmo tempo que preservam espécies, fazem cerceamento de animais. Nas obras, a artista reflete sobre a relação entre humanos e animais, que - longe de jaulas e prisões encontram sua equivalência na natureza - abordando discursos inerentes à existência.
Em Santiago – Fogo, os artistas Felipe Chimicatti e Pedro Carvalho Moreira apresentam 45 imagens e um filme curto produzidos em película Super8. As obras refletem sobre o implacável abandono do presente e os espaços de memórias e afetividades de pequenos municípios em Cabo Verde. Na mostra, o público é convidado a conhecer a visão dos artistas por meio de imagens - ora preto e brancas ora coloridas - capturadas em um trajeto entre a cidade da Praia e a Vila Tarrafal, situadas na Ilha de Santiago, em Cabo Verde e, também, no vilarejo de Chã das Caldeiras, ao lado do Vulcão de Fogo. Além disso, será exibido um curta intitulado Cemitério de Branco e gravado em São Filipe, na Ilha do Fogo, em Cabo Verde.
Durante o evento de abertura ocorrerá, também, o lançamento do catálogo da exposição Estado(s) de Emergência. Entre idéias de reinvenção e de resistência inerentes à arte contemporânea, Estado(s) de Emergência buscou conectar os fios soltos da arte brasileira por meio de tentativas atuais em recontar um passado recente do país e repensar um presente onde a violência, a censura e o preconceito que ainda permanecem tão latentes quanto nos anos da ditadura civil-militar. A exposição apresentou trabalhos desenvolvidos a partir dos anos 2000 que lançaram luz sobre a memória dos anos do regime de exceção.