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agosto 20, 2019
Armarinhos Teixeira no Correios, São Paulo
Artista incorpora plantas aquáticas e carnívoras em grandes instalações na mostra “Colônia”, com curadoria de Marcus de Lontra Costa
O Centro Cultural Correios em São Paulo inaugura no dia 22 de agosto de 2019, quinta-feira, às 16 horas, a mostra individual “Colônia”, do artista paulistano Armarinhos Teixeira. São exibidas oito grandes instalações, realizadas com materiais industriais, plantas aquáticas e carnívoras, além de máquinas e sistemas de transmissão de nutrientes. Em curadoria e texto, o crítico Marcus de Lontra Costa destaca a influência da paisagem amazônica e o hibridismo entre ciência e arte na produção do artista.
“Em sua primeira grande mostra na sua cidade natal, Armarinhos Teixeira parte de um mundo submerso, a partir de pesquisas que realizou na Amazônia, onde o movimento das águas, as cheias e as marés, alteram profundamente a paisagem regidas pelo ritmo das cheias e das vazantes. Nessa nova série, as colônias submersas criam elementos de grande potência visual na qual o tempo é o regente de suas transformações”, escreve Marcus.
Distribuída em dois pavimentos, “Colônia” é aberta por uma instalação de sete metros de altura em aço e manta de poliéster. O andar superior abriga as demais instalações, todas elas remetendo à ideia de colônia, tão cara ao artista. Em duas delas, Armarinhos cria um bioma aquático a partir do uso de sistemas de circulação de água e filtragem com o uso de nutrientes para garantir a crescimento de espécies aquáticas amazônicas e também carnívoras, como a delicada (aqui colocar o nome científico dela), que se alimenta de pequenos insetos.
O hibridismo e a pesquisa de materiais incomuns de Armarinhos surpreendem o visitante com a instalação (“título dela”), em que quatro escadas de marinheiro, dessas com uma espécie de gaiola de segurança, sustentam a delicada e volumosa trama de uma manta acobreada de uso industrial.
Armarinhos Teixeira - Artista plástico, Armarinhos Teixeira, vive e trabalha em São Paulo. Em seu trabalho, estuda desde 1990 os biomas das coisas que estão entre a cidade, a mata e as áreas áridas e tudo o que há na biosfera. Numa via de expressão de intensidade, a construção de novos amparos, que se espalham como uma miragem contemporânea. A partir daí, criam em extensão: esculturas, instalações, desenhos e interrogativas em outras mídias, formando-se estudo de biomaterias e, assim, a bioarte.