|
junho 21, 2019
Manoel Veiga na Cândido Mendes de Ipanema, Rio de Janeiro
O artista Manoel Veiga revisita as pinturas do mestre barroco Caravaggio e apresenta uma série de obras fotográficas impressas em tela na galeria do Centro Cultural Cândido Mendes de Ipanema
Manoel Veiga, artista recifense radicado em São Paulo, inaugura sua exposição individual Matéria Escura no dia 25 de junho, às 19 horas, na galeria Maria de Lourdes Mendes de Almeida em parceria com a galeria Gaby Indio da Costa Arte Contemporânea.
Com curadoria de Agnaldo Farias, crítico de arte e professor da FAU USP, a exposição reúne um conjunto de 9 imagens que tem como ponto de partida as pinturas de Caravaggio (1571-1610), que sempre foi grande referência para o artista.
A exposição é composta de fotografias impressas em tela dessa série mais recente de Manoel Veiga, que revisita as pinturas do mestre italiano eliminando as cores e apagando tudo menos os tecidos, como roupas e cortinas, com os quais Caravaggio construía suas cenas. O trabalho começou há nove anos pela obsessão de Veiga por essas obras-primas e que de várias maneiras se conecta com sua produção recente.
O título Matéria Escura refere-se a um novo tipo de matéria que não interage com a luz e que representa cerca de 84% do universo. Sua discretíssima presença é inferida pelo efeito gravitacional causado por essa matéria invisível sobre a matéria percebida pelos vários equipamentos de captação, radiotelescópios, etc. “Transpondo esse raciocínio para as imagens que compõem a série em questão, o análogo da matéria escura seriam os corpos, arquiteturas, etc, que são inferidos parcialmente pela curvatura dos tecidos”, explica Veiga.
Ao final da exposição será lançado um livro sobre esta série, editado pela Barléu, com textos de Agnaldo Farias, Bianca Dias, David Barro e Galciane Neves.
A mostra fica em cartaz até o dia 3 de agosto. A visitação pode ser feita de 3ª a 6ª feira, das 14 às 20h e sábado, das 16 às 20h. Entrada franca.
Manoel Veiga - Forma-se em Engenharia Eletrônica pela UFPE (1989), tendo sido bolsista do Depto. de Física por 3 anos. Trabalha em fábrica até dedicar-se às Artes Visuais (1994). Frequenta a Escolinha de Arte do Recife (1994-95) e trabalha sob a orientação de Gil Vicente (1995-97). Estuda na Escola Nacional Superior de Belas-Artes e na Escola do Louvre em Paris, França (1997). Participa de workshop em Nova York (1998). Em São Paulo, estuda História da Arte com Rodrigo Naves (1999), Leon Kossovitch (2000/01) e desenvolve estudos teóricos com Carlos Fajardo (1999-2002) e com Nuno Ramos (2000). Tem participado de exposições no Brasil e exterior, com obras em acervos de vários museus brasileiros.