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maio 2, 2019
Dudi Maia Rosa na Millan, São Paulo
De 4 de maio a 1 de junho a Galeria Millan apresenta a individual Lírica do artista Dudi Maia Rosa. Na mostra, são expostas 23 novas peças de dimensões e materiais distintos que compõem a produção recente do artista.
Se na poética de Dudi Maia Rosa a resina poliéster pigmentada tem ocupado um papel central, na exposição atual, segundo o próprio artista, são mobilizadas novas coordenadas para lidar com esse material. Desta vez, a resina é acionada não apenas como força pictórica, mas como escultura, entrando em diálogo com outros materiais, como o latão, alumínio e poliestireno.
Em algumas peças é possível identificar uma continuidade da pesquisa que o artista vem desenvolvendo há anos, já outras, extrapolam a dimensão bidimensional e se inscrevem no espaço instaurando novas possibilidades em seu trabalho. Sem construir uma unidade temática para exposição, é possível ver em algumas obras referências de Jean Arp ou da art nouveau de Artacho Jurado. Em outras, Dudi Maia restabelece antigos laços com a escultura, linguagem com a qual inaugurou sua carreira.
Sobre o artista
Dudi Maia Rosa iniciou sua primeiras investigações pictóricas com materiais translúcidos, como a resina poliéster pigmentada em fibra de vidro, em 1984. O artista também se tornou conhecido por conceber trabalhos com volumes e relevos que retêm a luz dentro de si. Seus trabalhos se parecem ora com quadros, ora com telas de projeção, ora com vitrais, alguns com relevos de muranos, objetos que insinuam possuir acontecimentos tridimensionais de cores e formas internos.
O artista apresentou, Pinturas e Esculturas, sua primeira exposição individual no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, SP, em 1978. Desde então, realizou inúmeras exposições individuais, dentre os quais destacam-se: Galeria Millan (1993, 2009, 2012 e 2016); Centro Cultural Maria Antônia, SP (2002 e 2013); Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, SP (2013); e Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, SP (2008), entre outros.
Dentre as coletivas recentes: Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, Santander Cultural, Porto Alegre, RS, Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos, Oca, SP (2017); Auroras -Pequenas Pinturas, SP (2016); Uma coleção particular – Arte contemporânea no acervo da Pinacoteca, Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP (2015); 10ª Bienal do Mercosul, Mensagens de Uma Nova América, Porto Alegre, RS (2015); Brasiliana: Moderna Contemporânea, Museu de Arte de São Paulo, SP (2006); 5ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, RS (2005); Mostra do Redescobrimento: Brasil 500 Anos, no Pavilhão da Bienal, São Paulo, SP (2000).
Possui obras em diversas coleções, incluindo Pinacoteca do Estado de São Paulo; Museu de Arte de São Paulo; Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, SP; Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, SP; Museu de Arte Moderna de São Paulo, SP; Coleção de Arte da Cidade, São Paulo, SP; Coleção Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, SP; Coleção Itaú, São Paulo, SP; e Coleção Metrópolis de Arte Contemporânea, Stedelijk Museum, Amsterdã, Holanda, entre outras.