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abril 26, 2019
Claudio Cretti na Marilia Razuk, São Paulo
Mostrando 11 esculturas e 20 desenhos, todos inéditos, Claudio Cretti apresenta sua sexta exposição individual Quimeras na Galeria Marilia Razuk, a partir de 2 de maio.
As Quimeras são exatamente o que significa o termo: uma combinação heterogênea e muitas vezes desconcertante de vários objetos. A aparente instabilidade remete o espectador a obras ligadas à arte povera italiana e ao pós-minimalismo norte-americano, de acordo com Tadeu Chiarelli.
As esculturas desta exposição são construídas por meio de articulações de objetos não previsíveis, como batutas, arcos de violinos, objetos para limpar instrumentos de sopro e artigos musicais encadeados a cachimbos, zarabatanas, madeira, borrachas, pedras, entre outros materiais. O artista coleciona artefatos populares e indígenas há mais de 2 décadas e os conecta a objetos encontrados em lojas de instrumentos musicais, em Pinheiros, bairro onde mora.
De aparência estranha, a estrutura gráfica que caracteriza as esculturas, não repele a eventual aparência de formas vegetais ou animais, que se refletem também na série de desenhos " kaaysá", realizados durante residência de 1 mês na Mata Atlântica, em Boiçuganga. Quimeras configura uma atitude quase figurativa no trabalho recente do artista.
Claudio Cretti é escultor, desenhista, professor e cenógrafo. Em 1981 estudou no Instituto de Arte e Decoração (Iade) e em 1984 ingressou no curso de artes plásticas da Escola de Belas Artes. Sua abordagem na arte propõe intermediações entre o bi e o tridimensional. Dentre suas exposições individuais recentes destacam-se: “Céu Tombado”, Paço das Artes (2004); “Onde pedra a flora" na Estação Pinacoteca, SP (2006) e “Luz de ouvido”, Palácio das Artes, Belo Horizonte (2008), “Coisa Livre de Coisa”, Galeria Marilia Razuk, São Paulo (2011); Pandora, site specific no Palácio das Artes, São Paulo (2013); “A Pino”, performance no Redbull Station, São Paulo (2014), "Mesa Posta", curadoria Paula Borghi, Oficina Cultural Oswald de Andrade (2016), "Acaso a Coisa a Casa", curadoria Ana Cândida de Avelar, Casa Niemeyer, Brasília (2018).