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março 30, 2019
Jimmie Durham, Cildo Meireles e Pedro Cabrita Reis na Luisa Strina, São Paulo
A galeria Luisa Strina tem o prazer de anunciar a exposição Jimmie Durham, Cildo Meireles e Pedro Cabrita Reis. A mostra contará com obras dos três artistas conceituais de renome internacional que têm em comum trabalhar com materiais simples e itens da vida cotidiana reordenados, a fim de obter um sugestivo poder de associação.
A exposição é organizada em parceria com a galeria Sprovieri, Londres, onde foi apresentada de 2 de outubro a 23 de novembro de 2018.
Pedro Cabrita Reis mostra três novos trabalhos (The Carpenter Suite #6, #7 e #8) realizados especialmente para a ocasião. Sua prática complexa é caracterizada por um discurso filosófico e poético idiossincrático, abrangendo uma grande variedade de meios: pintura, fotografia, desenho e esculturas compostas de materiais industriais e encontrados ao lado de objetos manufaturados. Focado em questões relativas ao espaço e à memória, o equilíbrio entre luz e matéria é expresso no equilíbrio entre arquitetura e imagem e "cria uma realidade por si só, em vez de reproduzi-la" (Pedro Cabrita Reis).
Nas esculturas e instalações de Durham aparece uma mistura de itens encontrados, orgânicos e artificiais (incluindo ossos, peças de plástico, peças de carros e tubos), muitas vezes recompostos para questionar o frágil equilíbrio entre a natureza e a indústria. Os vários elementos coexistem entre si em um embate visual, ao mesmo tempo poético, funky e decadente, construindo camadas de significado ambíguas e potencialmente intermináveis. “Estamos em busca de estruturas de significação: debaixo de uma foto sempre há outra foto” (Jimmie Durham).
Cada peça da exposição abre novas interpretações sobre o mundo e subverte suas regras. Paradigmático é o trabalho de Cildo Meireles, em que muitas vezes a percepção do espectador, ou mesmo sua imaginação, tem um papel ativo capaz de alterá-lo. No backlight Atlas (1995-2006), o artista se retrata - não sem ironia - como uma versão oposta do mito de Atlas. Sorrindo, Meireles está de cabeça para baixo no famoso pedestal do mundo de Piero Manzoni, Base del Mondo. Nas palavras do artista: “Estou interessado na relação paradoxal entre objetos” (Cildo Meireles).