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março 27, 2019
Condo São Paulo: Lisetta Carmi & Amalia Pica na Marilia Razuk, São Paulo
Condo é um projeto colaborativo entre galerias de arte que ocorre anualmente em Londres e Nova York desde 2016. A cada edição vários espaços de arte de uma mesma cidade recebem galerias e artistas internacionais. Na edição deste ano em São Paulo, a Galeria Marilia Razuk recebe as artistas Lisetta Carmi, da Galeria Antoine Levi, de Paris, e Amalia Pica, do Instituto de Vision, de Bogotá.
SOBRE AS ARTISTAS
Lisetta Carmi (Nasceu em Genova, Itália 1924. Vive em Cistenino, Itália)
Expondo pela primeira vez no Brasil, a fotógrafa Lisetta Carmi é uma artista fundamental no cenário artístico Italiano e da fotografia internacional.
Nessa exposição, serão mostradas 6 fotografias de sua série mais notável “I travestiti”, realizada nos anos 60, onde retratou travestis e transexuais na Itália.
Carmi foi a primeira artista a documentar a comunidade LGBTQ italiana. Narrou e humanizou grupos marginalizados em meados do século 20 em sua Itália natal e arredores, ignorando deliberadamente os tabus sociopolíticos. Hoje em dia, à medida que a conversa cultural contemporânea em torno da identidade de gênero se torna cada vez mais complexa, essa série singular tem um impacto ainda mais notável. A honestidade crua de seu olhar tem sido equiparada ao espírito de fotógrafos como Nan Goldin.
Nasceu em 1924 em Gênova, em uma família judaica; aos 95 anos, continua vibrante e afiada. Antes de se tornar fotógrafa, foi uma pianista de grande sucesso; mais tarde, se tornou discípula do guru Babaji Mahavatar Himalaya, a quem conheceu em Jaipur, e que a inspirou a fundar um ashram na Puglia. Embora sua produção fotográfica tenha passado despercebida por várias décadas, ela passou por um renascimento tardio: foi tema de um filme de 2010, exibido no 67º Festival Internacional de Cinema de Veneza, “Lisetta Carmi, un anima in cammino” e suas fotografias foram exibidas em diversas exposições ao redor do mundo.
Amalia Pica (Nasceu em Neuquén, Argentina 1978. Vive e trabalha em Londres, Inglaterra)
A artista argentina, radicada em Londres, explora a metáfora, a comunicação e a participação cívica através de esculturas, instalações, fotografias, projeções e desenhos. Nas obras trazidas para esta exposição, o registro de um momento fugaz de uma cascata de papéis em queda denota a ideia do peso da burocracia, a maneira como a vida pode ser decidida ou definida por apenas um pedaço de papel.
Amalia já expôs individualmente em diversos museus, como Cc Foundation, Shangai (2019), Tate Modern, Londres, (2016) no Museu Tamayo, na Cidade do México (2013), Museum of Contemporary Art em Chicago, (2013), entre outros. Participou de exposições coletivas importantes em museus como Guggenhein, em Nova York, Museu Berardo, Lisboa, The Hammer Museum, Los Angeles, NC Arte, Bogotá.