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março 26, 2019
Condo São Paulo: Guido van der Werve na Triângulo, São Paulo
A galeria Grimm tem o prazer de anunciar sua participação na Condo São Paulo, com a apresentação de três trabalhos em vídeo icônicos do artista holandês Guido van der Werve (1977, Papendrecht), recebidos pela Casa Triângulo. Esta apresentação coincide com uma apresentação solo do trabalho de Van der Werve nos dois espaços da galeria Grimm em Amsterdã.
Guido van der Werve é melhor conhecido por suas performances documentadas em vídeo, nas quais ele leva seu corpo ao limite, testando fisicamente sua tolerância, exaustão e perseverança. Cenas do artista parado de pé no Polo Norte por 24 horas, completando um triatlo de 1500 quilômetros, incendiando a si mesmo ou sendo atropelado por um carro em alta velocidade são exemplos de suas ações extremas, que recebem acompanhamento musical de sua própria autoria. Três filmes sucessivos, centrais em sua obra poética, Nummer twee, just because I’m standing here doesn’t mean I want to (2003), Nummer drie, take step fall (2004) e Nummer vier, I don’t want to get involved in this. I don’t want to be part of this. Talk me out of it. (2005), estarão em exibição na galeria em São Paulo, ao longo da duração da CONDO.
“No filme digital feito em 35mm, Nummer twee [Número dois, 2003], o artista holandês Guido van der Werve fala olhando para a câmera com um olhar jocoso, enquanto uma narrativa interna revela seu tédio “Estou parado aqui, mas não porque quero.”. Numa rua suburbana, ele caminha para trás devagar; mantém seu foco na audiência e não no trânsito e é atropelado. Uma van azul de polícia estaciona, emergem cinco jovens bailarinas que dançam o Concerto de Natal de Corelli, na frente de seu corpo inerte, tudo tendo como pano de fundo os prédios genéricos de um condomínio. Projetado sequencialmente numa grande tela de cinema, Nummer drie [Número três, 2004], e Nummer vier [Número quatro, 2005], continuam no tema: reflexões de um jovial e criativo gênio passando por uma crise existencial. Número Três começa num restaurante chinês conhecido do artista, onde oito jovens dançarinas dançam um minueto ao som de Romeu e Julieta de Prokofiev numa varanda apertada acima de um tableau vivant de clientes ocupados demais com seus pensamentos para perceber o que ocorre. Em seguida, nosso herói anda silenciosamente entre duas janelas do segundo andar, vestido de preto como um ladrão; o único som vem do trânsito que passa rápido logo abaixo. A imagem escurece na medida em que os faróis ficam mais fortes; só podemos concluir que ele esteja provavelmente prestes a pular. Finalmente, uma bailarina angelical dança um Noturno de Chopin rodeada de árvores enevoadas, iluminadas por postes de iluminação; ela não perde a pose quando, comicamente, uma árvore aleatória cai atrás dela. Todas essas justaposições poéticas constroem uma realidade poética atemporal.” –Cathryn Drake para a ArtForum
Sobre o artista
Guido van der Werve nasceu em 1977 em Papendrecht (Holanda). Ele mora e trabalha em Berlin (Alemanha), Amsterdã (Holanda) e Hassi (Finlândia). Van der Werve estudou Design Industrial na Universidade Delft de Tecnologia (Holanda); Arqueologia Clássica na Universidade de Amsterdã (Holanda); Artes Audiovisuais na Academia Gerrit Rietveld em Amsterdã (Holanda); Língua, cultura e literatura russas na Universidade de Amsterdã (Holanda); formou-se na Rijksakademie van Beeldende Kunsten em Amsterdã (Holanda); participou da International Studio & Curatorial Program (ISCP) em Nova Iorque, NY (Estados Unidos); e foi residente na Kunstlerhaus Bethanien, Berlim (Alemanha).
Van der Werve recebeu vários prêmios internacionais, entre eles o Grand Prix (Gouden Kalf) para Melhor Curta Metragem no Festival Holandês de Cinema em Utrecht (2013, Holanda); o Prix International d’Art Contemporain, Fondation Prince Pierre de Mônaco (2010, Mônaco); o Grant to Artists of the Foundation for Contemporary Arts, Nova Iorque, NY (2009, Estados Unidos) e o Volkskrant Beeldende Kunst Prijs (2007, Holanda).
Seu trabalho pode ser encontrado nas coleções de museus e instituições internacionais, tais como o Museum of Modern Art, Nova Iorque, NY (Estados Unidos); o Stedelijk Museum, Amsterdã (Holanda); o Sammlung Goetz, Munique (Alemanha); o Hirshhorn Museum and Sculpture Garden, Washington, DC (Estados Unidos); o Museum Boijmans van Beuningen, Roterdã (Holanda); o Museum Voorlinden, Wassenaar (Holanda); o Dallas Museum of Art, Dallas, Texas (Estados Unidos); o Zabludowicz Collection, Londres (Reino Unido); a Galleria d’Arte Moderna e Contemporanea, Turim (Itália) entre muitos outros.
O trabalho de Guido van der Werve aparece atualmente na exibição Freedom, de curadoria de Hans Den Hartog Jager, no Museum De Fundatie, Zwolle (Holanda). Exibições selecionadas em museus incluem o Museum of Modern Art, Nova Iorque, NY (Estados Unidos); o Stedelijk Museum Amsterdam, Amsterdã (Holanda); o Kunsthalle Basel, Basel (Suíça); o Tel Aviv Art Museum, Tel Aviv (Israel); o Seattle Art Museum, Seattle, Washington (Estados Unidos); o Kyoto City University of Arts Art Gallery, Kyoto (Japão); o Museum of Contemporary Art Taipei, Taipei (Taiwan); o Louisiana Museum of Modern Art, Humlebæk (Dinamarca) e no High Line, Nova Iorque, NY (Estados Unidos).
Futuras exibições incluem Guido van der Werve at Fluentum, Berlim (Alemanha), com uma performance em 28 de Abril de 2019 da Nummer elf, um concerto de Piano-Xadrez em três movimentos (durante o Berlin Art Weekend) e uma exibição solo nos dois espaços da galeria GRIMM em Amsterdã, que começa no dia 22 de Março (2019) com uma recepção inicial na Keizersgracht 241. Além da GRIMM, o artista estará representado pela galeria Luhring Augustine em Nova Iorque (Estados Unidos) e no Brooklin (Estados Unidos) e pela galeria Monitor em Roma (Itália) e Lisboa (Portugal).