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março 1, 2019
Alexandre Arrechea na Nara Roesler NY, São Paulo
Galeria Nara Roesler | Nova York tem o prazer de apresentar Corners, uma exposição com trabalhos inéditos de Alexandre Arrechea. Composta por obras em papel, papelão e tapeçaria, a mostra dá continuidade à série homônima do artista, a qual "nasceu de um desejo de criar uma semelhança visual com Havana", segundo o próprio artista. Em foto-montagens cuidadosamente construídas a partir das fachadas da cidade, Arrechea cria imagens que se referem a representações de rostos, especialmente aqueles presentes em máscaras tribais. A mostra será a segunda individual do artista na Galeria e o primeiro em sua filial em Nova York.
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O trabalho de Arrechea emprega metáforas visuais para temas sociais, como desigualdade, privação de direitos culturais e a disputada posição da arte em uma sociedade global movida pela mídia. Como Lowery Stokes Sims observa, ele “usou consistentemente formas e motivos arquitetônicos para transmitir estados emocionais e políticos”. Como muitos artistas de sua geração, Arrechea manipula símbolos e materiais de maneira ambivalente, fazendo com que o espectador se afaste sem um ponto de vista específico sobre o trabalho. Em Corners, o artista procura uma “fusão entre mundos excludentes” criando colagens feitas a partir de um grupo de fotografias de esquinas dos edifícios de Havana; locais de encontro conhecidos no tecido urbano. Em alguns casos, as esquinas de lugares anônimos são colocadas sobre aquelas com uma profunda ressonância histórica. Sobrepondo imagens, levando em conta simetria, proporção, texturas, luz e sombras; os vários fragmentos de construção são reordenados em uma nova coexistência e identidade.
Sobre a série, Arrechea afirma: “Cada retrato se torna uma forma de 'engenharia social'. As esquinas de escolas, teatros, postos de gasolina, mercados e delegacias de polícia são forçados a obedecer a novas lealdades. Há esquinas que falam, esquinas que observam, que escutam, riem e permanecem em silêncio. Com a passagem do tempo e da maturidade, esses retratos se tornaram complicados a ponto de serem mapas que zombam da ordem da existência e dão lugar a novas suposições. Cada retrato é uma celebração da singularidade da esquina e seu potencial simbólico, onde a cor e os diversos acabamentos superficiais são os principais protagonistas ”.
Galeria Nara Roesler | New York is pleased to present Corners, an exhibition of new works by Alexandre Arrechea. Comprising works on paper, board and tapestry, it continues the artist’s eponymous series, which he says “was born of a desire to create a visual likeness of Havana”. In carefully constructed photo-collages of the city’s facades, Arrechea creates images that refer to representations of faces, especially those in tribal masks. This will be the artist’s second solo with the Gallery and first at its New York location.
Arrechea’s work employs visual metaphors for social themes of inequality, cultural disenfranchisement, and the disputed position of art in a global, media-driven society. As Lowery Stokes Sims observes, he has “consistently used architectural forms and motifs to convey emotional and political states”. Like many artists of his generation, he manipulates symbols and materials in an ambivalent manner, causing the viewer to walk away without a specific point of view about the work. In Corners Arrechea seeks a “merging between excluding worlds” creating collages made from a group of photographs of the corners of Havana buildings; known gathering places in the urban fabric. In some instances, the corners of anonymous places are layered on top of those with a deep historic resonance. Superimposing one image over the other, taking symmetry, proportion, textures, light and shadows into account; the various building fragments are re-ordered into a new co-existence and identity.
Remarking on the series, Arrechea sates: “Each portrait becomes a form of ‘social engineering.’ The corners of schools, theaters, gas stations, markets, and police stations are forced into obedience of new loyalties. There are corners that talk, corners that observe, ones that listen, laugh, and remain silent. With the passage of time and maturity these portraits have become complicated to the point where they are maps that mock the order of existence and give way to new assumptions. Each portrait is a celebration of the singularity of the corner and its symbolic potential, where color and diverse surface finishes are the primary protagonists.”