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novembro 3, 2018
50 anos de realismo no CCBB, São Paulo
O Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo apresenta entre os dias 7 de novembro de 2018 e 14 de janeiro de 2019 a exposição 50 anos de realismo – Do fotorrealismo à realidade virtual. Com curadoria de Tereza de Arruda, a mostra tem como ponto inicial a realidade e sua representação através da pintura, da escultura e da realidade virtual. A mostra segue para Brasília em fevereiro e Rio de Janeiro em maio de 2019.
“A proposta possui um caráter de ineditismo, pois o fenômeno da representação da realidade na arte contemporânea nunca foi tratado partindo do fotorrealismo, sendo este aprimorado através do hiper-realismo, seguido da perspectiva de expansão futura através da realidade virtual”, diz a curadora.
Com cerca de 90 obras, de 30 artistas brasileiros e internacionais, a mostra ocupará todos os espaços expositivos do CCBB São Paulo. A seleção tem início com a primeira geração de pintores do foto e hiper-realismo, incluindo nomes que participaram da “Documenta” de Kassel em 1972, pioneira ao dar visibilidade a essa tendência no campo internacional. Entre os artistas desta fase estão John Salt e Ralph Goings.
A exposição segue com pintores de vários países e épocas, dedicados às linhas contemporâneas do hiper-realismo. Neste segmento, as obras são subdivididas em retrato, natureza-morta, paisagem e paisagem urbana e estão artistas como Ben Johnson, Craig Wylie, Javier Banegas, Raphaella Spence, Simon Hennessey e o brasileiro Hildebrando de Castro.
Obras tridimensionais de escultores do hiper-realismo de diferentes gerações mostram a representação realista do ser humano. Postas lado a lado com o público, essas esculturas criam um diálogo desconfortável entre ser e aparentar. São três os artistas deste segmento: o brasileiro Giovani Caramello, o norte-americano John De Andrea e o dinamarquês Peter Land.
Na etapa final de “50 anos de realismo”, obras de realidade virtual são expostas em monitores, projeções espaciais ou mesmo com o uso de equipamentos especializados, como óculos de realidade virtual, de artistas como Akihiko Taniguchi, Bianca Kennedy e Fiona Valentine Thomann. Elas propagam, em sua concepção e existência, elementos e temas semelhantes aos abordados pelas pinturas e esculturas selecionadas pela mostra.