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outubro 12, 2018
Monica Barki no Midrash, Rio de Janeiro
No dia 16 de outubro, terça-feira, às 19h30, a artista Monica Barki abre a exposição Bagagem, com curadoria de Frederico Dalton, no Centro Cultural Midrash. Composta por 19 colagens, 3 assemblages e uma pintura de grande formato, produzidas entre os anos de 1998 e 2004, a mostra incorpora ao conjunto, colagens inéditas produzidas em 2018.
Em “Bagagem”, Barki revisita a sua série ‘Colarobjeto’ e se apropria de fragmentos de memórias, recolhendo imagens de peles, bordados, colchas, sacolas, bolsinhas, carteiras, colares, novelos, fitas, cacos de cerâmica, brinquedos e toda sorte de objetos do cotidiano.
Como uma colecionadora de imagens, objetos, cores, formas, texturas e tramas, a artista cria um jogo de sobreposição e justaposição, reconstruindo seu pequeno-grande-mundo de modo peculiar e à maneira das vísceras de um organismo. “É uma espécie de trouxa que levo comigo. Carrego algumas relíquias, louça, roupa, cadernos de anotações, tapetes, resquícios de um bordado, livros, enfim, objetos originários da minha ‘tribo’... Quando estou trabalhando, vejo tudo isso fragmentado e as peças me implorando para serem atadas ... Sinto também um odor de mofo misturado a especiarias. Falo de um passado que me deixou marcas profundas”, explica a artista.
Nas palavras do curador e artista Frederico Dalton “Os fragmentos permanecem íntegros, resultando num todo que transcende sua soma. Filha das migrações, Monica Barki equipa-se para o futuro reconfigurando o passado”.
Sobre a artista
Graduada em Comunicação Visual e em Licenciatura em Artes Plásticas pela PUC-RIO. Entre 1970 e 1976 frequentou o Centro de Pesquisa de Arte, sob orientação de Ivan Serpa e Bruno Tausz. Na década de 1980, fez cursos de cerâmica, litografia e pintura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Em 2009 e 2010 estudou Arte e Filosofia com Fernando Cocchiarale, no Rio.
Entre as principais exposições individuais estão: “Eu me declaro”, Paço Imperial (Rio de Janeiro, 2017), “Desejo”, Galeria TAC (Rio de Janeiro, 2014), “Arquivo sensível”, Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, 2011), “Colarobjeto”, Paço Imperial e Galeria Anna Maria Niemeyer (Rio de Janeiro, 2000) e “Pinturas”, Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro, 1992). Monica Barki também participou de diversas coletivas no Brasil e no exterior, entre elas, The Role of image, TerrArteGallery, Buckinghamshire (Londres, UK, 2016), Contemporary Brazilian Printmaking, International Print Center New York (Nova Iorque, 2014), Colarobjeto, Centro Cultural Recoleta (Buenos Aires), “Gravura em campo expandido”, Estação Pinacoteca (São Paulo, 2012), “Arte Brasileira Hoje”, Coleção Gilberto Chateaubriand, MAM-RJ (2005), 11ª Bienal Ibero-Americana de Arte (México,1998) e 21ª Bienal Internacional de São Paulo (1991).
Suas obras estão presentes em diversas coleções, entre elas MAM-RJ, MAM-SP, Itaú Cultural (São Paulo), IBM (São Paulo e Rio), Museu de Arte da Pampulha (Belo Horizonte) MAC-Niterói/RJ (coleção João Sattamini), Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar (Fortaleza), Museus Castro Maya (Rio), e Museu de Arte Contemporânea do Paraná (Curitiba).