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outubro 6, 2018
Projeto Cavalo: Quadrivium 8 patas no ITO, São Paulo
“Projeto Cavalo: Quadrivium 8 patas”, obra coletiva dos artistas Adriano Motta, Cadu, Eduardo Berliner e Paulo Vivacqua
O Instituto Tomie Ohtake criou em 2013 o programa Arte Atual, uma plataforma para pesquisas artísticas, de caráter experimental, na qual, por meio de uma questão sugerida pelo seu Núcleo de Pesquisa e Curadoria, um grupo de artistas convidado desenvolve um novo trabalho com o propósito de conceber mostras que permitam explorar um espaço entre os ateliês e as já consolidadas formas de apresentação ao público.
Contudo, intrínseco ao seu próprio processo aberto, em busca de constante renovação, o Programa Arte Atual vem assumindo diferentes formatos. Desta vez, traz uma produção coletiva Projeto Cavalo: Quadrivium 8 patas, com obras dos artistas Adriano Motta, Cadu, Eduardo Berliner e Paulo Vivacqua. O grupo, com repertórios distintos, passou cerca de um ano concebendo a exposição, que agora faz parte do Arte Atual, depois de apresentada no espaço Jacarandá (Rio de Janeiro), no começo do ano.
O conjunto, composto pelo híbrido de desenhos, pinturas, objetos, vídeos e esculturas, sugere um gabinete de curiosidades que convida o público a desvendar as camadas do projeto. Segundo Priscyla Gomes, do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake, o processo de realização da mostra aponta para os limites e potencialidades do encontro destes artistas ao não apresentar um conjunto de obras individuais, mas trabalhos realizados coletivamente. “Fazia-se necessário trazer à tona os repertórios e procedimentos de artistas com produções muito distintas e ainda construir novas experiências comuns. Partilhar suportes, expectativas, práticas de ateliê e ritmos de trabalho diversos perpassaram o cotidiano das decisões do grupo”, completa.
A mostra coletiva propõe a investigação empírica dos atributos simbólicos do carrossel; um elemento que conjuga características visuais, espaciais e sonoras comuns aos artistas do Projeto, trazendo também metáforas do tempo cíclico e da infância.
O Arte Atual conta com a parceria de galerias para realização das mostras. Nesta edição, a Galeria Vermelho e a Casa Triângulo foram os apoiadores. O programa já contabilizou seis exposições: Estranhamente Familiar (2013); Medos Modernos (2014); Coisas sem nomes (2015); Da banalidade (2016); É como Dançar sobre Arquitetura (2017); e Fábula, frisson, melancolia (2007).