|
setembro 22, 2018
Miguel Rio Branco na Silvia Cintra + Box 4, Rio de Janeiro
Miguel Rio Branco, um dos maiores nomes da fotografia e da arte contemporânea brasileira, inaugura no dia 27 de setembro a mostra Através do olhar dourado na galeria. Ao contrário das duas últimas exposições do artista na galeria, quando a mulher foi o tema central, agora os trabalhos não tem a presença da figura humana.
Entre dípticos, trípticos e polípticos - montados por Miguel como um quebra-cabeça de fotografias de diferentes momentos e lugares – a exposição se constrói como um exercício poético de não temas, apenas uma viagem do olhar do artista sobre paisagens, detalhes arquitetônicos, cavalos, uma roda gigante desativada, restos de coisas e relíquias.
Conhecido por obras de forte cunho social e político, como as séries Maciel, realizada no Pelourinho no final dos anos 70 e Santa Rosa numa academia de boxe carioca nos anos 90, a mostra na galeria Silvia Cintra é uma boa oportunidade do público conhecer um lado mais lírico da obra de Miguel Rio Branco.
SOBRE MIGUEL RIO BRANCO
Nascido em 1946, filho de diplomata, bisneto do barão do Rio Branco e neto do caricaturista J. Carlos, Miguel Rio Branco ganhou em 2010, um pavilhão no centro de arte contemporânea de Inhotim (MG). Espaço que considera a mais instigante proposta de comunhão arte e natureza.
Hoje é de um dos artistas nacionais com maior projeção no exterior, com um currículo repleto de exposições em espaços de grande prestígio, como as suas individuais Out of Nowhere, no Groninger Museu, na Holanda (2006),Gritos Surdos nos encontros de Fotografia de Arles (2005), Plaisir La Douleur, na Maison Européenne de La Photographie, em Paris (2005) e no Kulturhuset de Stockholm. No Brasil realizou recentemente a mostra individual “Nada levarei quando morrer” no MASP (2017) e “Wishfull Thinking” na Oi Futuro (2108). Atualmente está em cartaz também na 33º Bienal de São Paulo.