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julho 31, 2018
Amanda Mei na Baró, São Paulo
A partir do dia 4 de agosto de 2018, a Baró apresenta Miragem, primeira exposição individual de Amanda Mei como representada pela galeria. A mostra tem curadoria de Ana Roman.
Através de uma investigação acerca da paisagem e seus elementos constituintes, a artista explora nos trabalhos reunidos uma possível relação entre a materialidade do planeta e o conceito de mundo.
Em grande parte das obras escolhidas para esta individual, a artista elege a rocha como elemento central para a construção de uma ideia de planeta, mundo e universo. Em alguns trabalhos ela cria, em papelão, rochas que, empilhadas, formam hermas de caráter quase escultórico, no qual se revela o interesse pela matéria rochosa esculpida pelos processos geológicos naturais e por sua forma.
No espaço principal da galeria, estarão obras criadas desde 2017 em que a artista busca agir no limiar entre o mundo - no qual habitamos, enquanto seres humanos e organizamo-nos socialmente - e o planeta Terra. Nesse sentido, importa a artista trabalhar com símbolos que remetem a uma ideia de criação, como figuras ovóides e planetas.
Além de esculturas e objetos, a mostra traz uma série de pinturas de paisagem, cuja tradição remete a história da arte e da pintura. Elas estarão justapostas a rochas em uma espécie de moldura-mobiliário. Mais uma vez, a rocha é compreendida como constituinte da paisagem e, nesse sentido, de um fragmento do mundo. O gesto de Mei explora uma ideia de materialidade geológica enquanto formação de mundo.
Amanda Mei
Nasceu em São Paulo, 1980.
Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.
Iniciou sua pesquisa com fotografias, objetos e pinturas que misturam diferentes elementos e tipos de materiais como: madeira, papelão, pedra e concreto. Em sua produção, lida com questões próprias à linguagem escultórica e pictórica através de instalações e site-specifics que incorporam a arquitetura local. Investiga a relação contemporânea entre a natureza e o homem, através dos materiais de descarte/demolição e as circunstâncias que tencionam a relação entre uma arquitetura projetada e orgânica.
Foi contemplada com o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2015, o edital Rumos Itaú Cultural, Prêmio Artes Visuais no 17ª Festival Cultura Inglesa, Prêmio para Projetos de Pesquisa e Produção em Artes Plásticas no 48º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, Energisa Artes Visuais em João Pessoa. Também foi residente na Cité International Des Arts, em Paris e RedBull Station, em São Paulo. Entre suas exposições individuais, destacam-se: Acordos, desvios ou diálogos (galeria Flávio de Carvalho, Funarte, SP, 2017), Sobre a demolição da Terra (Arte Hall, SP, 2015), Resíduos, Rastros e Relíquias (Centro Cultural Britânico, SP, 2013), Como fazer tempo com sobras (Galeria TAC, RJ, 2010) e As Sobras e Desconstruções (Caixa Cultural, SP, 2010).