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julho 19, 2018
Entre Acervos no Palácio das Artes, Belo Horizonte
Com trabalhos de trinta artistas brasileiros, mostra de artes visuais propõe diálogo entre patrimônios artísticos
A Grande Galeria do Palácio das Artes recebe a exposição Entre Acervos, uma experiência transregional de acervos públicos do estado de Goiás e Minas Gerais. A mostra reúne trabalhos de trinta artistas de vários estados do Brasil oriundos de um recorte curatorial de obras pertencentes ao Museu de Arte Contemporânea de Goiás - MAC e Museu de Arte de Goiânia - MAG, ambos sediados em Goiânia; Museu de Artes Plásticas de Anápolis - MAPA, sediado em Anápolis, e o Museu de Arte Contemporânea de Jataí, sediado em Jataí.
A partir desta mostra, que tem curadoria do artista visual, gestor e consultor Paulo Henrique Silva, uma obra de cada artista mineiro passa a integrar o Acervo de Artes Visuais do Palácio das Artes. A proposta visa o diálogo entre obras já pertencentes a instituições públicas e as que serão incorporadas. Segundo o curador, é necessário “colocar os acervos em contato com o seu tempo, torná-los veiculadores de conhecimento e referenciais da identidade de um povo e de uma nação. Dessa forma, Entre Acervos contribui para o reconhecimento e fortalecimento dos acervos de arte contemporânea”.
O conjunto de obras das coleções públicas do Estado de Goiás pertence aos artistas paulistas Carolina Paez, Ellen Braga, Flávio Serqueira, Marcela Timboni e Marcio Pannunzio; os mineiros Carolina Mazzini e Paulo Nazareth; os goianos Anahy Jorge, Dalton Paula, Divino Sobral, Edney Antunes, Helô Sanvoy, Luiz Mauro, Paul Setúbal, Selma Parreira e Valdson Ramos; os cearenses Murilo Maia e Yuri Firmeza; os fluminenses Rachel Korman e Luiz César Monken; os brasilienses Marcio H. Mota e Virgílio Neto; o pernambucano Carlos Melo, a paraense Danielle Fonseca e a gaúcha Mônica Spohn. Para a edição apresentada em Belo Horizonte, somam ao conjunto de obras os trabalhos dos artistas mineiros Assis Horta, Daniel Moreira, Domingos Mazzilli, Miguel Gontijo, Pedro Moraleida e Roberto Vieira.
Estabelecendo um intercâmbio cultural do centro geográfico do país com a região sudeste, a exposição transmite uma parte da história recente da arte contemporânea de Goiás e Minas Gerais, e trata das dinâmicas artísticas do mundo contemporâneo e de elementos regionais. O uso do próprio corpo humano – ou situações e vestígios que remetem ao seu uso – norteou a concepção curatorial da exposição. Entre Acervos conta com trabalhos em instalação, escultura, objeto, desenho, gravura, fotografia, vídeoperformance, fotoperformance e performance.
Paulo Henrique Silva – Foi aluno e professor da Escola de Artes Oswaldo Verano, unidade cultural mantida pela Prefeitura de Anápolis (GO), e fez suas primeiras exposições ainda da adolescência. Em 1998, graduou-se em artes visuais, curso oferecido pela Universidade Federal de Goiás (UFG), e que concluiu em 2001. Convidado a assumir a direção da Galeria Antônio Sibasolly, em 2004, iniciou sua trajetória como curador. Desde então se dedicou ao estudo e a pesquisa da produção de arte contemporânea da Região Centro-Oeste do Brasil, das relações instituídas entre a produção dos artistas e a formação de acervos. Dentre os projetos desenvolvidos nos últimos anos destacam-se as mostras Dialetos 1 e 2, que reuniram jovens artistas emergentes da Região Centro-Oeste; Novas Aquisições – MAPA e Um Acervo em Construção, que proporcionou ao Museu de Artes Plásticas de Anápolis a incorporação de obras de renomados artistas do Planalto Central, e a exposição Vozes do Silêncio, que reuniu importantes nomes da arte afro-brasileira. Junto com a curadoria do Salão Anapolino de Arte tem realizado mostras em Anápolis, Goiânia, São Paulo – SP e Brasília -DF. Responsável pela produção e curadoria das últimas sete edições do Salão Anapolino de Arte, tem contribuído para o aprimoramento da arte contemporânea no interior do Brasil. Atualmente ocupa o cargo de Gerente de Projetos e Curador de Artes Visuais da Secretaria de Cultura de Anápolis – GO.