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julho 13, 2018
José Patrício no Museu Nacional da República, Brasília
O pernambucano José Patrício traz a Brasília sua nova exposição, Precisão e Acaso. Com curadoria de Felipe Scovino, a mostra reúne um conjunto de cerca de 40 obras produzidas nos últimos sete anos, além de trabalhos do início de sua carreira nunca antes exibidos. A inauguração acontece na quinta (19/7), a partir das 19h, e todos são bem-vindos.
Com uma produção marcada pelo lúdico, Patrício utiliza materiais diversos, desde botões, peças de quebra-cabeças e dados, passando por alfinetes, fios de eletricidade e de telefonia. A partir de componentes frequentemente fadados a desaparecer, alinhava ressignificados. “Trata-se da apropriação de elementos modulares encontrados na vida cotidiana. Interessam-me na medida em que contribuem para compor as obras a partir da acumulação, deslocamento das funções originais e inserção no contexto da arte”, diz o artista.
Para Felipe Scovino, Precisão e Acaso pode ser compreendida como uma espécie de antologia. “A mostra traz ao público as fases mais recentes da produção do artista; o seu interesse por novos materiais; suas pesquisas cromáticas e cinéticas. Estão entre as características centrais da obra a ampliação do termo construtivo, o caráter lúdico e participativo e a ideia de coleção ou arquivo de materiais cada vez mais difíceis de serem encontrado”, explica o curador.
Os conceitos de diferença e repetição conduzem os trabalhos realizados nos últimos anos, nos quais Patrício cria estruturas fixas que se tornam passíveis de variação formal a partir dos elementos que as compõem e das inúmeras possibilidades de configuração. Para criá-las, o artista partiu de regras e métodos adotados como precisão a fim de atingir um resultado final desconhecido. Precisão e Acaso resume o caminho entre esses dois polos aparentemente antagônicos. “O trabalho se faz pela qualidade em ser dinâmico, veloz e mutante. A obra é, portanto, um acontecimento em que estamos constantemente envolvidos por escolhas, caminhos, formas e cores que induzem movimentos, traços, rumos e territórios”, diz Scovino.
José Patrício nasceu no Recife, em 1960. Estudou ciências sociais na Universidade Federal de Pernambuco e é Mestre em Artes Visuais pela mesma instituição. Já expôs em países como Alemanha, França, Estados Unidos e Cuba, entre outros. Seus trabalhos integram coleções de instituições como Fondation Cartier pour L’Art Contemporain (Paris), Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Recife), Museu de Arte de Brasília, Coleção Marcantonio Vilaça, Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro), Pinacoteca do Estado de São Paulo (São Paulo) e Washington Convention Center (EUA).