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junho 25, 2018
O Lugar enquanto espaço na Baró, São Paulo
Nova coletiva com curadoria de Francisco Dalcol propõe reflexão sobre concepção relativa a visualidade e pensamento que se faz espacial
A partir do da 30/06 a Baró galeria apresenta O Lugar enquanto espaço, exposição coletiva com curadoria de Francisco Dalcol que conforme definido pelo próprio curador: “é uma mostra coletiva que intenta compartilhar um pensamento que se faz espacial à medida que se pratica o lugar de exposição. Praticar em duplo-sentido: na colaboração entre artistas e este crítico — ora curador — na concepção da visualidade que se quer dar a ver; mas também pela experiência do espectador que adentra esse campo de sentidos e o percorre conforme seus parâmetros de acesso e navegação.”
A reflexão proposta por Dalcol será refletida dos dois ambientes da galeria. Em sua primeira sala, o visitante poderá vivenciar o interligamento de equilíbrios, pesos e densidades do trabalho de Túlio Pinto, que apresentará duas obras site specific para a exposição.
O segundo ambiente da exposição, localizado nos fundos da galeria, traz trabalhos de Frantz – que se utiliza da pintura para abordar uma série de embaralhamentos que incidem sobre uma reconfiguração do olhar.
Já no Baró container, anexo da galeria, o visitante poderá vivenciar o diálogo entre poéticas distintas e diferentes abordagens artísticas propostas no encontro de obras de Bruno Borne, Guilherme Dable, o duo Io, Lilian Maus, Diego Passos e Letícia Lopes.
Embora os nove artistas selecionados tenham a mesma procedência artística, sendo todos de Porto Alegre – capital Gaúcha, isso não deve servir como base para determina-los (ou suas obras.) Afinal, conforme afirmado por Dalcol: “Melhor é compreendê-lo como uma coordenada entre momento e lugar que informa mais sobre onde se deu o encontro e a partilha entre os seus afetos, e também a partir de onde passam a se cruzar ao longo de suas trajetórias individuais, como é o caso da circunstância oferecida por esta coletiva.”
Sobre os artistas
Bruno Borne
Nasceu em Porto Alegre, Brasil, em 1979, Vive e trabalha em Porto Alegre.
Produz obras relacionadas especificamente com o ambiente de exposição conectando arquitetura, obra e espectador através da computação gráfica. É mestre em Poéticas Visuais no PPGAV UFRGS, graduado em Artes Visuais e Arquitetura e Urbanismo. Realizou exposições individuais na Galeria Mamute (2015), MACRS – Museu de Arte Contemporânea do RS (2014), Atelier Subterrânea (2013), Galeria Maurício Rosenblatt (2013) e Galeria Lunara (2010), em Porto Alegre. Recebeu prêmio adquisição no 43º Salão de Arte Contemporânea de Santo André (2015); e prêmio de adquisiçãono no 65º Salão Paranaense (2014); Vencedor no 2ª Prêmio IEAVI – Incentivo à produção de Artes Visuais (2013); ganhou o Prêmio Açorianos de Artes Plásticas na categoria Destaque em Mídias Tecnológicas em (2011, 2014, 2015 e 2016)Tem obras no Acervo artístico da Prefeitura de Santo André, SP; Acervo do MACPR – Museu de Arte Contemporânea do Paraná; MACRS – Museu de Arte Contemporânea do RS e Acervo Artístico da Prefeitura de Porto Alegre, Pinacoteca Aldo Locatelli. Suas principais exposições coletivas foram: Do abismo e outras distâncias(2017) em Galeria Mamute, Porto Alegre, RS; MAC/MON: um diálogo (2016) em Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, PR; Trio Bienal. Reflexões sobre o Reflexo – Dinâmicas do Cinetismo no Tridimensional (2015), Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, RJ; Cor Luz e Movimento – Projeto Arte e Indústria (2014), Prêmio Marcantônio Vilaça CNI Sesi Senai – Edição Especial no Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro, RJ; Entre: Curadoria de A-Z (2013), no MACRS; Mirante (2013) na MUV Gallery, Rio de Janeiro; Idades Contemporâneas (2012) no MACRS; Espelho Refletido (2012) no Centro Cultural Hélio Oiticica, Rio de Janeiro; Fazer e Desfazer a Paisagem(2012) no MACRS, Casa de Cultura da UFJF, MARP em Ribeirão Preto ePinacoteca da Feevale, Novo Hamburgo; Cartão de Visita (2011) na Galeria Gestual, Porto Alegre, RS; Pequenos Formatos (2011) no Atelier Subterrâ.
Diego Passos
Nasceu em Porto Alegre,1987. Vive e trabalha em Porto Alegre.
Artista visual, mestre em Poéticas Visuais (2014) pelo Programa de Pós-graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, bacharel em Artes Visuais (2010) e, atualmente, licenciando em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da mesma universidade. Participou do Grupo Experimental de Dança de Porto Alegre (2015). Bolsista da Escuela de Verano da Universidad Complutense de Madrid, onde desenvolveu o projeto Un ayuda por favor (2014). Em 2013 participou das exposições Espaços Independentes na Galeria Flávio de Carvalho (FUNARTE) em São Paulo, BR116: Circuitos Independentes em Trânsito no Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul e Poéticas em Devir na Galeria Mamute em Porto Alegre; e Interiores Compartilhados no Casarão 6 e Transferências Temporárias na Casa Paralela em Pelotas/RS. Realizou em colaboração com Krishna Daudt a performance Travessia entre Guaíba e Rio Grande (2015). Em 2016 apresentou a exposição Obra com Juliano Ventura na Fundação Cultural Badesc em Florianópolis e na Galeria dos Arcos da Usina do Gasômetro em Porto Alegre. Coeditor da edições agua para cavalos, projeto editorial baseado em táticas de apropriação e autopublicação que desde 2015 participa de feiras de artes gráficas e publicações de artista, como a Feira Tijuana de Arte Impressa (Casa do Povo, São Paulo), Feira Miolo(s) (Biblioteca Mário de Andrade, São Paulo), Folhagem - Feira de impressos e publicações (Casa Baka, Porto Alegre), flamboiã ~ feira de publicações (Palácio Cruz e Sousa, Florianópolis) e a Parque Gráfico - Feira de Arte Impressa (Museu da Escola Catarinense, Florianópolis).
Frantz
Nasceu em Rio Pardo (RS) em 1963. Vive e mora em Porto Alegre.
Frantz dedica-se a varias técnicas , mas as discrições pictóricas são as mais importantes em seu trabalho. Sua primeira exposição individual foi no MARGS em 1982, expos individualmente na Galeria Macunaima ( 1987), Galeria Bolsa de Arte ( 2001) , Fundação Vera Chaves Barcellos (2007). Participou da 10 Bienal do Rio Grande do Sul, e foi premiado em vários salões na década de 80, entre eles o salão Nacional da Funarte , Salão Paranaense entre outros. Atualmente participa da exposição O Tempo das Coisa na Pinacoteca Rubem Berta.
Guilherme Dable
Nasceu em Porto Alegre (RS) em 1976. Vive e trabalha em Porto Alegre.
É Mestre em Poéticas Visuais pelo Instituto de Artes da UFRGS. Entre as individuais realizadas destacam-seFiz ele soletrar seu nome, na Galeria Anita Schwartz, Rio de Janeiro (2017), The radio was always on in the kitchen, Belmacz, Londres (2016), Um desenho enorme, Galeria da UFCSPA, Porto Alegre (2015), As coisas que não levam a nada são de grande importância, Galeria Gestual, Porto Alegre, Noticiário, Instituto Estadual de Artes Visuais, Porto Alegre, Deste lugar entre meio-dia e duas horas da tarde, Roberto Alban Galeria, Salvador (2014). Entre as coletivas, incluem -seApologue, Un-Spaced, Paris (2018),Aã, Fundação Vera Chaves Barcellos, Porto Alegre (2017), Em Polvorosa, MAM, RJ (2016), Ficções, Caixa Cultural, RJ (2015), Bar for the Future, Belmacz, London, Secret Garden, NARS Foundation, New York, Volúpia Construtiva, MAC/RS, Porto Alegre, Novas Aquisições Prêmio Marcantônio Vilaça, MAM, RJ (2014). Suas obras estão presentes nas coleções MAM/RJ, MARGS/Porto Alegre, Fundação Vera Chaves Barcellos, entre outras. Foi artista residente no Vermont Studio Center, Estados Unidos, em 2015
Ío
Ío é um duo de artistas formado por Laura Cattani (Les Lilas, 1980) e Munir Klamt (Porto Alegre,1970), ambos doutorandos em Poéticas Visuais (UFRGS). A Ío desenvolve trabalhos plásticos com diversos meios, contextos e plataformas, tais como vídeos, instalações, desenho, web art, performance ou fotografia. Vivem e trabalham em Porto Alegre/RS, Brasil.
Letícia Lopes
Nasceu em Campo Bom (RS) em 1988. Vive e trabalha em Porto Alegre.
É Bacharel em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UFRGS (2015). Reside e trabalha em Porto Alegre. Participou de várias exposições coletivas como:"A Novíssima Geração - 2017 (Museu do Trabalho/RS), "Arte Contemporânea do RS" (Czech Center/República Tcheca - 2017), "Ainidades Eletivas", com curadoria de Daniela Name (C.Galeria/Rio de Janeiro - 2017), "Scènario", com curadoria de Mario Gioia (Galeria Aura/SP - 2017), ͞Memória do que vem, futuro do que foi", (MAVRS/Passo Fundo - 2017), "MOODBOARD" (Museu de Arte Contemporânea do RS - 2016), "The Unique Institutional Critique Pop-up Boutique" (chamada de Jonas Lund, Galeria Cavalo/ RJ - 2016), "Planos Densos"(Paço Municipal,POA/RS - 2016), "Faturas" (Memorial do RS - 2016), "Exigências do Desenho" (Acervo Independente, POA/RS - 2015), 20° Salão de Artes Plásticas de Praia Grande (Palácio das Artes, Praia Grande/SP, 2013). Em 2018 realizou a individual ͟A hora mágica͟ na Galeria Aura (SP) com curadoria de Gabriela Motta. Em 2016 foi selecionada pelo Programa RS Contemporâneo, que lhe rendeu a individual "Presença Sinistra", realizada no Santander Cultural, com curadoria de Marcelo Campos (UFRJ). No ano anterior foi contemplada com o Edital para Artes Visuais – Edição 2015 da Fundacão Ecarta (POA/RS) com a individual "Ode a Phobos - ou como é bom não ter memória". No mesmo ano, realizou a individual "Exagerar já é um começo de invenção ", na Casa Paralela (Pelotas, RS) e, em 2014, foi premiada no 3° Prêmio do Instituto Estadual de Artes Visuais do RS por melhor exposição com "Em minha fome mando eu͟, individual na Galeria Virgílio Calegari (Casa de Cultura Mário Quintana, POA - RS). Em 2016 foi indicada nas categorias "Destaque em Pintura" e "Artista Revelação" na X Edição do Prêmio Açorianos de Artes Plásticas (POA/ RS). Foi premiada melhor artista pelo júri de "A Novíssima Geração - 2017 e em julho de 2018 realizará uma individual no Museu do Trabalho (POA/RS). "A gaúcha Letícia Lopes tem seu pictórico amparado no fragmento, no ver em cacos. No entanto, a atmosfera de mistério e, de modo ambivalente e deliberado, do cotidiano, termina por construir uma obra altamente inventiva. Tal como explicitado no título de sua mais importante individual, ͞Presença Sinistra͟, a tessitura de suas imagens também recolhidas em veículos diversos gera, vista em conjunto, uma sensação de de desassossego no espectador, que se assemelha a um ator involuntário participando de uma narrativa sempre bifurcada e longe de um im. Dioramas, o mundo pré-histórico, as páginas em desmanche de enciclopédias empilhadas em sebos, fotograias com contornos tíbios e os 'assuntos', materiais, texturas e procedimentos típicos da pintura, juntos, alimentam uma obra visual das mais inquietas." (Mario Gioia)
Lilian Maus
Nasceu em Salvador (BA) em 1983. Vive e trabalha em Porto Alegre.
É artista visual e professora/pesquisadora do Instituto de Artesda UFRGS. Doutora em Poéticas Visuais e Mestre em História, Teoria e Crítica de Arte. Foi gestora do Atelier Subterrânea (2006-2015) e vem participando residências artísticas de exposições no Brasil e no exterior desde 2004. Ganhou diversos prêmios da Funarte e recentemente foi contemplada com o Prêmio Açorianos de Melhor Exposição Coletiva (Prefeitura de Porto Alegre) pela mostra Salta d'água, onde apresentou o trabalho "Memorial de um Pé-de-pera", que exibe na Baró. Possui obras nos acervos públicos do Instituto Figueiredo Ferraz, MACRS, IEAVI-RS, Pinacotecas Aldo Locatelli e Barão de Santo Ângelo e Museu do Trabalho.
Túlio Pinto
Nasceu em Brasília, Brasil, 1974. Vive e trabalha em Porto Alegre, Brasil.
Em suas instalações e esculturas, o equilíbrio das peças é conseguido através do jogo entre pesos, densidades e tamanhos de materiais como concreto, chapas de ferro e vidros. A produção gira em torno do conceito de efemeridade e transformação explorados a partir das características próprias dos materiais trabalhados: “As coisas já têm seu potencial escultórico. Sou muito mais um articulador, já que repotencializo esta força inerente a elas, colocando em evidência essas aproximações e anulações que são geradas”, o artista define.