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maio 16, 2018
André Parente no Sesc, Sorocaba
Figuras na Paisagem é o nome da exposição que estará sediada no Sesc Sorocaba entre os dias 04 de maio e 29 de julho. O artista que realizou as obras expostas é André Parente, que é também teórico do cinema e das novas mídias. A exposição é composta por três obras: “Circuladô”, “A Bela e a Fera” e “O Vento Sopra Onde Quer”. A visitação à exposição é gratuita e aberta ao público, de terças a sextas, às 9h às 21h30 e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30, no Espaço de Exposições.
Nos três trabalhos se opera uma síntese das passagens entre corpo e paisagem, entre imagem e som, imagem e dispositivo, que convidam o espectador experimentar uma verdadeira aventura audiovisual.
A obra “Circuladô” faz referência à circularidade própria aos dispositivos de linguagem cinematográfica, trata-se ao mesmo tempo de um projeto de instalação de zoetropes, um vídeo de curta-metragem, um livro, uma vídeo-instalação multicanal e interativa de grandes dimensões.
Já a obra “O Vento Sopra Onde Quer” é uma vídeo-instalação, na qual o espectador se depara com um dispositivo interativo que possui doze canais e um teclado, onde cada uma das doze teclas da escala cromática aciona uma das doze séries de imagens projetadas de close-ups de mãos presentes no cinema de Robert Bresson.
“A Bela e a Fera” é uma obra que sintetiza videoinstalação e filme-ensaio, tentando provocar uma sensação de estranhamento no espectador, por meio de projeções das imagens de pessoas em tamanho real e do Rio de Janeiro enquanto cidade mítica, cidade-corpo em decomposição e cidade de manifestações e por meio de sons de vozes e respirações, para produzir um clima de terror e de ironia, de erotismo e hipnose.
André Parente é Doutor pela Universidade de Paris 8, sob a orientação de Gilles Deleuze. Em 1991, fundou o Núcleo de Tecnologia da Imagem (N-Imagem) da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Entre 1977 e 2017, realizou inúmeros vídeos, filmes, instalações e performances sonoras nos quais predominam a dimensão experimental e conceitual. Seus trabalhos foram apresentados no Brasil e no exterior, Alemanha, França, Espanha, Suécia, Espanha, México, Canadá, Argentina, Colômbia, China, entre outros.
O artista também é autor de vários livros, como: Imagem-máquina. A era das tecnologias dovirtual (1993), Sobre o cinema do simulacro (1998), O virtual e o hipertextual(1999), Narrativa e modernidade (2000), Tramas da rede (2004), Cinema et narrativité (L’Harmattan, 2005), Preparações e tarefas (2007), Cinema emtrânsito (2012), Cinemáticos (2013), Cinema/Deleuze (2013), Passagens entre Fotografia e Cinema na Arte Brasileira (2015), entre outros.
Nos últimos anos obteve vários prêmios: Prêmio Rumos do Itaú Cultural, Prêmio Petrobrás de Novas Mídias, Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia, Prêmio Petrobrás de Memória das artes, Prêmio Oi Cultural, Prêmio da Caixa Cultural Brasília, Prêmio Funarte de Artes Visuais, Prêmio Oi Cultural, Prêmio Marc Ferrez.