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maio 15, 2018
Paisagens Construídas no MON, Curitiba
O Museu Oscar Niemeyer (MON) abre dia 17 de maio, quinta, às 19h, a mostra Paisagens Construídas com obras de Artur Lescher, Gisela Motta e Leandro Lima, e Marlos Bakker, no espaço mais icônico do museu: o Olho, projetado por este arquiteto, em 2002. As obras, de grandes dimensões, causam impacto visual tanto pela sala expositiva – com mais de 1.500 metros quadrados – assim como à percepção dos visitantes.
Artur Lescher apresenta “Rio máquina” (2009); na extremidade da exposição, “Relâmpago” (2015), obra de Gisela Motta e Leandro Lima, e Marlos Bakker traz o filme “SDDS 3404” (2018).
Agnaldo Farias, curador da mostra, comenta: “Hoje, toda paisagem é construída, toda natureza modificada, domada. É o que a arte nos demonstra. Bakker descobriu nas redes sociais uma imensa comunidade que cultua não o céu, mas os aviões. Lescher inventou um rio com a lógica das máquinas, como os pobres rios que escoam em hidroelétricas. Motta & Lima soltaram um raio no Olho. Um raio doméstico, portátil”.
No dia e horário da abertura a entrada é franca aos visitantes.
A exposição segue até o dia 14 de outubro. A visitação pode ser feita de terça a domingo, das 10h às 18h. A entrada ao MON custa R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Maiores de 60 e menores de 12 anos têm entrada franca. Nas quartas a entrada é sempre gratuita. A retirada de ingressos no museu pode ser feita até as 17h30, na bilheteria.
Sobre os artistas
Artur Lescher (1962, São Paulo) vive e trabalha em São Paulo. Há mais de trinta anos, Lescher apresenta um sólido trabalho como escultor, resultado de uma pesquisa em torno da articulação de matérias, pensamentos e formas. Neste sentido, o artista tem no diálogo singular, ininterrupto e preciso com o espaço arquitetônico e o design, e na escolha dos materiais, que passam pelo metal, pedra, madeira, feltro, sais, latão e cobre, elementos fundamentais para reforçar a potência deste discurso.
A parceria de Gisela Motta e Leandro Lima, paulistanos nascidos em 1976, se inicia no final dos anos 90. Desde então, utilizam diversas linguagens como vídeo, objeto e gambiarras, empregando padrões, medidas, estruturas e suas variações para criar situações altamente construídas. Nelas, elementos naturais, matemáticos e artificiais emulam o comportamento orgânico, sintetizam fenômenos naturais e criam certa ambiguidade, apesar da sua aparente objetividade. É justamente a região ambivalente entre o sintético do natural e o natural do sintético que os artistas exploram.
Marlos Bakker é carioca e se interessou pela fotografia por meio do curso de Desenho Industrial na UFRJ. Posteriormente, realizou cursos de foto, pintura, desenho e história da arte na Scuola L’orenzo de’ Medici, em Florença, e na UCLA, em Los Angeles, cidades onde morou antes de se mudar para São Paulo. Seus projetos procuram observar a sociedade através do indivíduo, investigando o que acontece em momentos banais ou, ainda, tornando visível o que acontece quando nada acontece. Recentemente ingressou na Coleção de Fotografia da Pinacoteca do Estado de SP (2017), foi selecionado para o Programa de Exposições do CCSP 2018, foi vencedor do I Prêmio Gávea de Fotografia 2016 e do Prêmio Brasil Fotografia 2015.