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maio 14, 2018
Elizabeth Jobim no Museu do Açude, Rio de Janeiro
O Museu do Açude inaugura no dia 20 de maio a exposição Jazida, da artista carioca Elizabeth Jobim. A mostra apresenta sete obras de concreto pigmentado, que serão dispostas na área externa próxima à sede do museu. A obra integra o Circuito de Arte Contemporânea - Projetos Temporários, que já contou com trabalhos de Carla Guagliardi, Tatiana Grinberg, Ricado Ventura e João Modé e, na sua vertente de longa duração, apresenta instalações de nomes como Angelo Venosa, Eduardo Coimbra, Helio Oiticica, Iole de Freitas, José Resende, Lygia Pape e Waltercio Caldas entre outros.
A exposição Jazida consiste em uma série de trabalhos de medidas variadas. Cada um compreende um ou dois elementos e variam entre 40cm a 180cm de comprimento. As sete peças são feitas em concreto pigmentado e fazem alusão a elementos da arquitetura como os degraus, bases e pilastras existentes no jardim ao redor.
Segundo Elizabeth Jobim, o trabalho parte do formato dos degraus e outros elementos espalhados pelo solo do jardim do Museu do Açude. “Seriam minérios extraídos, acumulados recentemente ou ruínas de tempos passados? ”, questiona a artista. Ali, paralelepípedos descansam reclinados e lajes e colunas amontoam-se num arranjo meio desalinhado.
“O concreto foi misturado a cores terrosas, óxidos de ferro e armado com ferro como se para erguer uma morada. O tempo faz uma pausa e os elementos emitem lentamente cada um uma cor que vem do interior e se irradia, dissipando-se na exuberante Mata Atlântica. Logo, plantas e animais voltarão a eclodir e a decair incessantemente na floresta”, explica Elizabeth Jobim.
“Por seis meses, os visitantes poderão conferir o novo trabalho concebido especialmente para o projeto por esta grande artista brasileira, que aqui evoca a arquitetura da casa e seus jardins, corroborando com a proposta do Museu do Açude de promover o diálogo entre arte, natureza e cidade”, comemora Vera de Alencar, diretora dos Museus Castro Maya.
Elizabeth Jobim nasceu em 1957 no Rio de Janeiro. Formou-se em Comunicação Visual na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), em 1981, e fez mestrado em Artes Plásticas (MFA), na Escola de Artes Visuais de Nova Iorque. Lecionou Desenho e Pintura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (Rio de Janeiro), em 1994 e em 2010. Entre as suas exposições coletivas, destacam-se: Salão Nacional de Artes Plásticas, no Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro, 1982/1983); Como vai você Geração 80?, no Parque Lage (Rio de Janeiro, 1984); Rio hoje, no Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro, 1989); Panorama da arte atual brasileira, no Museu de Arte Moderna (São Paulo, 1990); Arte contemporânea brasileira, na Galeria Nacional de Belas Artes (Pequim, China, 2001); O espírito de nossa época: coleção Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz, no Museu de Arte Moderna (São Paulo, 2001); Caminhos do contemporâneo – 1952/2002, no Paço Imperial (Rio de Janeiro, 2002) e 5a Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2005); Art in Brasil 1950-2011 - Europalia 2011, no Palais des Beaux-Arts, (Bruxelas, 2011); (de)(re)construct, no Bronx Museum of the Arts (Nova Iorque, 2015). Entre as individuais: Pinturas e desenhos, na Galeria Raquel Arnaud (São Paulo, 1997); Aberturas, no Paço Imperial (Rio de Janeiro, 2006); Endless lines, na Lehman College Art Gallery (Nova Iorque, 2008); Sem fim, na Lurixs: Arte Contemporânea (Rio de Janeiro); Voluminous, na Frederico Sève Gallery, (Nova Iorque, 2009); Em azul, na Estação Pinacoteca, (São Paulo, 2010); Mineral, na Lurixs: Arte Contemporânea (Rio de Janeiro, 2012); Blocos, no Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro, 2013); Bloco B, no Oi Futuro (Rio de Janeiro, 2015); Arranjo, na Galeria Raquel Arnaud (São Paulo, 2016); In This Place, Henrique Faria Fine Art (Nova Iorque, 2017). Possui trabalhos em coleções públicas como Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Pinacoteca do Estado de São Paulo e Bronx Museum of the Arts.