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maio 3, 2018
Patricia Gouvêa na Mercedes Viegas, Rio de Janeiro
Mercedes Viegas apresenta exposição da artista visual Patricia Gouvêa com trabalhos em fotografia e vídeo sobre a resistência da natureza
Plena em seus ecossistemas preservados ou espremida entre as frestas do concreto das grandes cidades. A natureza resiste. Sobrevida, exposição da artista visual Patricia Gouvêa na galeria Mercedes Viegas Arte Contemporânea, traz uma série inédita com 16 trabalhos em fotografia e dois em vídeo realizados em localidades da Amazônia como a Reserva Adolpho Ducke do INPA; (Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas) o Parque Nacional de Anavilhanas; e a cidade de Presidente Figueiredo; e em quatro grandes cidades: Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Fort Lauderdale, nos Estados Unidos. Uma verdadeira reflexão sobre a domesticação da natureza, que fica em cartaz de 9 de maio a 16 de junho.
O texto de apresentação da exposição será assinado pelo físico Luiz Alberto Oliveira, curador geral do Museu do Amanhã e um dos grandes inspiradores da pesquisa que a artista desenvolve há anos sobre paisagem, natureza e sua relação com o tempo. A exposição é resultado desse extenso trabalho e teve parte significativa das obras realizada durante a residência LABVERDE, em que Patricia fez uma imersão de dez dias na Amazônia. A montagem vai integrar o interior e o exterior da galeria, situada no bairro da Gávea, em um trecho remanescente da Mata Atlântica.
- Sobrevida é uma pequena interrogação sobre as possíveis pontes entre arte, ciência e ativismo político e uma reflexão sobre a artificialização e coisificação crescente da natureza em meio a um cenário de destruição ambiental, aquecimento global, escassez de água e desrespeito aos direitos humanos – defende Patricia.
Os trabalhos reunidos na exposição foram feitos entre 2017 e 2018. À Amazônia, foram duas viagens em períodos bem distintos: de cheia, e baixa, do Rio Negro, e visitas a locais como a cidade de Presidente Figueiredo, com suas 67 cachoeiras belíssimas situadas muito próximas à Hidrelétrica de Balbina, considerada um crime ambiental.