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abril 12, 2018

Laura Vinci no Ling, Porto Alegre

Abertura da mostra acontece no dia 17 de abril, com palestra da curadora Virginia Aita e da artista

De 17 de abril a 21 de julho de 2018, o Instituto Ling apresenta a exposição Todas as Graças, da artista paulista Laura Vinci. Com curadoria de Virginia Aita, Todas as Graças é uma instalação concebida especialmente para a galeria do Instituto Ling, com peças das séries Graças, Pins e Mundos, produzidas entre 2015 e 2018, em que a artista trabalha com materiais como latão (banhado a ouro e prata) e vidro borosilicato. São 21 peças da série Graças, quatro peças da série Mundos e 180 Pins, dispostas no solo e paredes, em conjuntos que se relacionam entre si e preenchem de forma harmônica o espaço da galeria.

Por ocasião da abertura da exposição, na terça-feira, 17 de abril, às 19h, a curadora e a artista farão uma conversa aberta com o público. A entrada é franca, por ordem de chegada.

Conhecida do público portoalegrense por suas participações na Bienal do Mercosul (1999, 2005, 2009 e 2015), Laura Vinci é escultora e artista intermídia, com atuação em cenografia teatral. A artista se interessa, principalmente, pelo espaço e suas possíveis configurações. Com sua narrativa particular, poética e política em torno do corpo, do espaço e do efêmero, seus trabalhos são intervenções que provocam mudanças no ambiente, muitas vezes diante dos olhos do espectador. Laura VInci investiga diferentes materiais, explorando suas diversas propriedades e seus potenciais de transformação visível, como nas passagens de estado (como mármore, pó e vidro, ou água, gelo e vapor) ou nas metamorfoses desses materiais.

Desde o final dos anos noventa, Laura também se dedica ao teatro, fazendo cenografia e direção de arte. Em 1998 fez Cacilda!, com o diretor José Celso Martinez Correa; em 2010 trabalhou na adaptação da novela de Dostoievski, O Idiota, com a Mundana Companhia. E, em 2013, também com a Mundana Companhia, fez O Duelo - uma adaptação teatral da novela de Anton Tchekhov.

Suas obras fazem parte dos acervos da Pinacoteca do Estado de São Paulo, do Inhotim (MG), do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e do Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro.

Segundo a curadora Virginia Aita, “a instalação Todas as Graças é um recorte peculiar na sua produção: mais intimista, solicita uma ‘escuta’ sutil das formas, que se coagulam num desenho despojado, pontuando elegantemente um silêncio aparente. Condensações de espaço e tempo, essas esculturas funcionam num conjunto dinâmico”, diz em seu texto curatorial (acesse o texto completo).

A exposição é organizada pelo Instituto Ling com patrocínio da Crown Embalagens e realização do Ministério da Cultura / Governo Federal.

Sobre a artista

Laura Vinci se formou em Artes Plásticas na FAAP, fez mestrado na ECA-USP e iniciou sua produção nos anos 1980, participando de várias exposições no Brasil e no exterior. Entre elas, destacam-se: Estados (CCBB, SP), a 26ª Bienal Internacional de São Paulo, duas edições da Bienal do Mercosul e Papéis Avulsos (Art Center, South Florida, Miami), além de participar do programa de residência The South Project na RMIT University (Melbourne, Austrália). A artista também expôs no Octógono da Pinacoteca de São Paulo; produziu as instalações Ainda Viva, No Ar e Morro Mundo na Galeria Nara Roesler (RJ em 2017 e SP em 2018); apresentou a obra LUX na capela do Morumbi (SP) e no Carpe Diem (Lisboa); e realizou a instalação Diurna no Farol Santander (SP, 2018). Além disso, atuou como diretora de arte e cenógrafa nas peças Cacilda! (2001), dirigida por José Celso Martinez Corrêa; Só (2009), de Letizia Russo; O idiota (2010-11), baseada na obra de Dostoiévski e realizada pela Mundana Companhia; O Duelo (2013); e A última palavra é a penúltima - 2 (2014), com a companhia Teatro da Vertigem. Em 2015, participou da criação de Na Selva das Cidades, de Brecht.

Sobre a curadora

Com breve incursão pelas artes nos anos 1990 e mestrado e doutorado em Filosofia, Virginia Aita especializou-se em filosofia moderna, estéticas anglo-americanas e Arthur C. Danto. Estudou Filosofia e História da Arte na Universidade de Columbia (Barnard College, NY), onde realizou seu pós-doutorado em Estética entre 2015 e 2016, e participou de cursos temporários na School of Visual Arts. Lecionou na UFRGS, na UFBA, na Casa do Saber (SP) e no Instituto Ling, fez curadorias na Fundação Iberê Camargo e em projetos independentes e produz na área de filosofia e crítica de arte, tendo participado de congressos na Espanha (2014, 2016), em Nova York (NYU, 2016) e na Filadélfia (ASA, 2017).

Posted by Patricia Canetti at 3:59 PM