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março 1, 2018
Amanda Mei na Baró Jardins, São Paulo
Galeria Baró têm o prazer de apresentar Refôrma*, exposição individual de Amanda Mei, no Baró Contêiner
Nela, as obras expostas giram em torno do conceito da reorganização e reequilíbrio de um modelo, matriz ou molde. Segundo a própria artista:
“Refôrma traz a experiência de devolver para a natureza uma geometria falha, um novo uso, um desvio da função original dos materiais por meio da ideia de artificio e camuflagem.
A mostra é composta por pinturas e esculturas que tratam do equilíbrio entre elementos de formação do universo, com composições tridimensionais construídas pelo homem ou apropriadas diretamente da natureza. São combinações que se reorganizam de acordo com o meio em que estas se encontram, tal qual uma estrutura molecular ou um planeta.
O conjunto de trabalhos trata da dinâmica dos movimentos de transformação e destruição, a ideia de progresso e sobrevivência. Estes pontos se colocam como um pacto entre o homem e a natureza - seja pelo embate dos diferentes materiais com o espaço físico, da tinta com a parede e dos visitantes com as obras.
Os fragmentos de madeira, papelão, argila, tinta se transformam em formas tridimensionais e parecem crescer no espaço como uma arquitetura "não oficial” por um período determinado de tempo. Tais procedimentos refletem a ideia de camuflagem em relação ao deslocamento, função e transformação dos materiais.
Sobre a artista
Amanda Mei SP, 1980, iniciou sua pesquisa com fotografias, objetos e pinturas que misturam diferentes elementos e tipos de materiais como: madeira, papelão, pedra e concreto. Em sua produção, lida com questões próprias à linguagem escultórica e pictórica através de instalações e site-specifics que incorporam a arquitetura local. Investiga a relação contemporânea entre a natureza e o homem, através dos materiais de descarte/ demolição e as circunstâncias que tencionam a relação entre uma arquitetura projetada e orgânica.
Foi contemplada com o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2015, o edital Rumos Itaú Cultural, Prêmio Artes Visuais no 17ª Festival Cultura Inglesa, Prêmio para Projetos de Pesquisa e Produção em Artes Plásticas no 48º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, Energisa Artes Visuais em João Pessoa. Também foi residente na Cité International Des Arts, em Paris e RedBull Station, em São Paulo. Entre suas exposições individuais, destacam-se: Acordos, desvios ou diálogos (galeria Flávio de Carvalho, Funarte, SP, 2017), Sobre a demolição da Terra (Arte Hall, SP, 2015), Resíduos, Rastros e Relíquias (Centro Cultural Britânico, SP, 2013), Como fazer tempo com sobras (Galeria TAC, RJ, 2010) e As Sobras e Desconstruções (Caixa Cultural, SP, 2010).