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fevereiro 14, 2018

Laura Vinci na Nara Roesler, São Paulo

A Galeria Nara Roesler inaugura a agenda de 2018 de sua sede paulistana com a instalação Morro Mundo, de Laura Vinci, e a individual A Carne do Mar, de Brígida Baltar.

Reconhecida por sua narrativa particular, poética e política, em torno do corpo, do espaço e do efêmero, Laura Vinci apresenta a sua obra Morro Mundo, exibida na unidade carioca da galeria no segundo semestre de 2017. A instalação, observada pelo arsenal poético de Carlito Azevedo autor do texto sobre a obra, ocupa uma grande área com uma massa de fumaça branca que convida o visitante para a experiência de desorientar-se no espaço e reorientar-se no corpo. A sua máquina programada para soltar fumaça à medida que seus sensores de presença são ativados, revela-se ao espectador pelos tubos de vidro que atravessam todo o espaço expositivo. Diferentemente de outros trabalhos com vapor d’água, como a artista realizou no MuBE e no Beco do Pinto, em São Paulo, nesta instalação o vapor é anunciado antes de se dispersar no ar. Assim os visitantes podem assistir à fumaça em situação também de controle, antes de ser tragado por ela.

O poeta carioca, Carlito Azevedo, destaca em seu texto que, Laura Vinci, com seus trabalhos sensíveis aos diferentes estados e vibrações da matéria, sabe, porém, que tudo é fumaça, cerração, névoa, nevoeiro. “Uma neblina que aqui, em Morro Mundo, tem marés altas e marés baixas e nos submete a constante flutuação do ponto de vista. É quando a matéria do mundo em ondas nos dança. Quem diz cerração, diz limiar”, completa.

A instalação é composta ainda por objetos dourados, que pendem nas escoras distribuídas pelo espaço, ativando as noções da altura do teto e distância das paredes. “Esses pequenos objetos configuram-se como ampulhetas, bússolas, mapas e outras ferramentas de medição, que podem nos ajudar a seguir viagem”, sugere Laura. As peças carregam pequenas amostras de granada, pedras que, ao simbolizar impulso e determinação, evocam um desejo de transformação.

“E se há algo que flutua, levita, essas escoras em Morro Mundo parecem sugerir que há também algo que cai, ameaça desabar: o céu? o peso aéreo? a linha do horizonte? São escoras contra a desaparição? contra o nosso desamparo, se pergunta a artista? Sustentam a máquina do mundo? Quem diz escoras, diz catástrofe? Interessa descascar as várias camadas de uma pergunta, o mais vigorosamente possível. Mas quem ergue uma escora diz o ruir, a ruína. Morro Mundo é político e seu diálogo com a hora presente é intenso. O invisível, o desaparecido, aquele que necessita da proteção da pedra (granada), da nuvem de fumaça e da escora é de algum modo pensado aqui”, ressalta o poeta.

Azevedo lembra que, já em 2007, a instalação Ainda viva, na qual peças de mármore ao conviver, fixas, duradouras, mas não eternas, com as maçãs espalhadas rumo ao apodrecimento, mostrava que os atritos ou confrontos em Laura Vinci se dão em níveis sutis e complexos. “E não à toa se evoca aqui a instalação Ainda viva, cujo nome dialoga, dez anos depois, com este Morro Mundo, se lermos Morro mais como verbo, como às vezes sugere a artista, do que como substantivo. Morro Mundo Ainda Viva. Ainda Viva Morro Mundo”, conclui.

Laura Vinci nasceu em 1962 em São Paulo, onde vive e trabalha.

Participou de diversas exposições individuais e coletivas desde a década de 1980, destacando-se: Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brasil; Bienal de São Paulo, Brasil; Bienal de Cuenca, Equador; Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil; Malba, Fundación Constantini, Buenos Aires, Argentina; ArtCenter/South Florida, Miami, EUA; Museu de Arte Moderna de São Paulo, Brasil; Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, Brasil; Museo Del Barrio, Nova York, EUA; MAC Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Brasil; Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil; RMIT University, Melbourne, Australia; Fundação Caloste Gulbenkian, Lisboa, Portugal; Haus der Kulturen der Welt: HKW, Berlim, Alemanha

Coleções que possuem seus trabalhos: Inhotim, Brumadinho, Minas Gerais, Brasil; Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, Brasil; Museu de Arte de Brasília, Brasil; Centro Cultural São Paulo, Brasil; Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Brasil; Museu de Arte Moderna de São Paulo, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil; Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, Brasil.

Posted by Patricia Canetti at 10:43 AM