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janeiro 20, 2018
Carlos Motta na Vermelho, São Paulo
A Vermelho tem o prazer de anunciar que passa a representar a obra do artista Carlos Motta, nascido em Bogotá, na Colômbia, em 1978 e radicado em Nova York desde 1996. Seu trabalho multidisciplinar parte da história política com o objetivo de criar contra narrativas que reconheçam histórias, comunidades e identidades suprimidas. Motta é conhecido por seu engajamento com questões da cultura e do ativismo queer e por seu empenho em afirmar que as políticas de gênero e sexo representam uma oportunidade de articular posições definitivas contra a injustiça social e política.
Celebrando sua chegada na galeria, a Vermelho exibe seu filme Deseos [Desejos], de 2015, que expõe a maneira com que a medicina, a lei e a religião formataram discursos do corpo generificado através da narração de duas histórias: a de Martina, que viveu na Colômbia no século XIX e foi processada por ser hermafrodita, e a de Nour, que viveu em Beirute durante o Império Otomano e foi forçada a se casar com o irmão de sua amante.
Parte documental e parte ficção, o filme apresenta uma correspondência entre duas mulheres que enfrentaram as consequências de suas relações com parceiras do mesmo sexo, desafiando as normas de gênero.
O roteiro do filme foi escrito por Carlos Motta e por Maya Mikdashi.
Deseos estreou na Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Gothenburg (Suécia), em setembro de 2015, e desde então já foi apresentada no Festival Internacional de Cinema de Roterdã, além de outros festivais pelo mundo.
Carlos Motta nasceu em Bogotá, na Colômbia, em 1978 e vive em Nova York desde 1996. Motta é um artista multidisciplinar cujo trabalho parte da história política com o objetivo de criar contra-narrativas que reconheçam histórias, comunidades e identidades suprimidas. Seu trabalho é conhecido por seu envolvimento com questões da cultura e do ativismo queer, e por sua perseverança em demonstrar que as políticas de gênero e sexo representam uma oportunidade de articular posições definitivas contra as injustiças sociais e políticas.
O trabalho de Motta foi apresentado internacionalmente em instituições como a Tate Modern [Londres], New Museum, The Guggenheim Museum e MoMA / PS1 Contemporary Art Center [Nova York], Institut of Contemporary Art [Filadélfia], Museu de Arte do Banco da República [Bogotá], Fundação Serralves [Porto], Museu d'Art Contemporani de Barcelona [MACBA], Museu Nacional de Arte Contemporânea [Atenas], Castello di Rivoli [Turim], Museu de Arte CCS Bard Hessel [Annandale-on-Hudson], San Francisco Art Institute [San Francisco], Hebbel am Ufer [Berlim], Witte de With [Roterdam], Sala de Arte Público Siqueiros [Cidade do México], além de vários espaços públicos, privados e independentes em todo o mundo.
Em 2017, Motta apresentou as individuais “The Crossing”, no Stedelijk Museum [Amsterdam], “SPIT’, Frieze Projects London [Londres], “Lágrimas”, no Museo de Arte de la Universidad Nacional - Claustro de San Agustín [Bogotá], e no Museo de Arte Moderno de Medellín. Em 2016, apresentou as individuais “Histórias do Futuro’, no Pérez Art Museum (PAMM), Miami; “Réquiem”, no Museu de Arte Latino-Americano de Buenos Aires[MALBA]; “Beloved Martina”, no Mercer Union, Toronto; “Deviations”, Galeria PPOW, Nova York; e a performance “Mondo Invertito” na Tenuta dello Scompiglio, em Vorno. No mesmo ano, Motta participou também da 32ª Bienal de São Paulo: Incerteza Viva.
Em 2017, Motta foi premiado com o The Vilcek Foundation’s Prize for Creative Promise, e em 2014 recebeu o prêmio principal do Future Generation Art Prize do Pinchuk Art Centre. O artista participou recentemente de conversas e apresentações no MoMA, Artists Space, New Museum, Frieze New York e no Museo Jumex. Em 2014, Motta integrou o simpósio SF MoMA’s Visual Activism, em São Francisco. Em abril de 2013, Motta cooperou como editor convidado na edição de abril do e-flux journal, “(im)practical (im)possibilities” sobre arte e cultura queer contemporânea.
Motta é graduado pelo Whitney Independent Study Program (2006). Em 2008 foi nomeado Guggenheim Foundation Fellow. O artista obteve subsídios do Art Matters [2008], da NYSCA (2010), do Creative Capital Foundation e do Kindle Project (2012). Motta é docente no Parsons The New School of Design. E é afiliado à The School of Visual Arts, em Nova York.