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dezembro 9, 2017
Beatriz Milhazes lança livro da Taschen na Galeria Fortes D'Aloia & Gabriel, São Paulo
As cores e os conceitos de Beatriz Milhazes
“O ritmo é uma expressão de cultura. As composições que crio levam você a lugares da história, à música que você ouviu, às memórias de suas próprias experiências de vida.” — Beatriz Milhazes
Em seus trabalhos vibrantes, a pintora brasileira Beatriz Milhazes combina duas formas muito diferentes de ver o mundo. Suas composições abstratas, que podem ser vistas alinhadas a mestres modernistas que vão de Henri Matisse a Bridget Riley, são embebidas com as cores e a luz de seu país de origem. Em suas pinturas, são abundantes os signos das raízes da cultura e vida cotidiana brasileira: o Carnaval, a arte popular e os motivos que vão do barroco ao pop – todos coreografados em um exuberante ritmo visual. Essa atmosfera da construção cromática tem um poder irresistível de sedução exótica, mas, assim como no trabalho de Paul Gaugin, encontramos um paraíso perdido, onde tanto as promessas de vida nos trópicos quanto as de abstração modernista atingem um tom mais escuro e mais hesitante.
Para atingir tal equilíbrio, Milhazes desenvolveu uma técnica especial no fim dos anos 1980, ao pintar seus motivos sobre folhas de plástico, colando-os em telas depois de secos. Esse método permite à artista justapor superfícies, criando um efeito oscilante entre um brilho glorioso e uma luz difusa melancólica. Desde que se tornou conhecida no início dos anos 1990, Milhazes expandiu seus trabalhos para outras mídias, criando serigrafias, colagens de embalagens de chocolate, doces e papéis variados, esculturas, instalações que se assemelham a móbiles gigantes de alegorias e adereços de Carnaval, projetos site specific que transformam fachadas de prédios em vitrais, e trabalhos envolvendo o corpo e o ritmo em colaboração com a companhia de dança contemporânea de sua irmã Marcia.
Esta monografia é espetacular em cada detalhe, apresentando mais de 280 obras, que abarcam todas as fases do trabalho de Milhazes e todas as mídias. A divisão em capítulos foi criada pela própria artista especialmente para este livro, na forma de colagens em pintura com diversos papéis e objetos encontrados. As imagens são complementadas com uma conversa com o editor Hans Werner Holzwarth, na qual Milhazes revela seus processos e discute a respeito das ideias e do contexto cultural que estão por trás de seu trabalho. Um ensaio escrito sob a perspectiva da história da arte por David Ebony, uma extensa biografia da artista assinada por Luiza Interlenghi, e um dicionário poético de seus motivoschave por Adriano Pedrosa completam este abrangente volume.
Também disponível em Edição de arte, limitada a 100 cópias (Nº 1–100), com a impressão em silkscreen de Mango and Passion Fruit in Lilac and Violet, cada volume é numerado e assinado por Beatriz Milhazes.
Beatriz Milhazes
Edição de 1.000 cópias
Capa dura em caixa articulada,
33 x 44 cm, 480 páginas
Beatriz Milhazes. Art Edition
Edição de arte (Nº. 1–100), com impressão em silkscreen de Mango and Passion Fruit in Lilac and Violet, cada volume numerado e assinado por Beatriz Milhazes.
Lançamento na Galeria Fortes D'Aloia & Gabriel, em São Paulo, no dia 13 de dezembro, às 19h.