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dezembro 7, 2017

Lançamento do livro sobre o grupo 3NÓS3 no Itaú Cultural, São Paulo

Lançamento do livro sobre os trabalhos de intervenções urbanas e na mídia, realizados por um dos grupos referência para a história dos coletivos do Brasil: 3NÓS3: Intervenções Urbanas – 1979-1982, contemplado pelo Rumos Itaú Cultural 2013-2014 e editado pela Ubu Editora. Formado pelos artistas Hudinilson Jr. (1957-2013), Rafael França (1957-1991) e Mario Ramiro (1957), o 3NÓS3 foi um dos mais importantes protagonistas da chamada arte independente em vigor no país ao final dos anos 1970 e início de 1980.

12 de dezembro de 2017, terça-feira, a partir das 19h

Itaú Cultural - Sala Vermelha
Avenida Paulista 149, Jardim Paulista, São Paulo, SP
11-2168-1776

Contemplado pelo Rumos Itaú Cultural, um dos principais programas de fomento à cultura e às artes brasileiras, 3NÓS3: Intervenções Urbanas– 1979-1982, apresenta os trabalhos de intervenção urbana e na mídia do coletivo paulista.

3NÓS3: Intervenções Urbanas – 1979-1982

Os trabalhos de intervenções urbanas e na mídia, realizados por um dos grupos referência para a história dos coletivos do Brasil, são documentados no livro 3NÓS3: Intervenções Urbanas – 1979-1982, contemplado pelo Rumos Itaú Cultural 2013-2014 e editado pela Ubu Editora. Formado pelos artistas visuais Hudinilson Jr. (1957-2013), Rafael França (1957-1991) e Mario Ramiro (1957), o 3NÓS3 foi um dos mais importantes protagonistas da chamada arte independente em vigor no país ao final dos anos 1970 e início de 1980. O lançamento está marcado para o dia 12 de dezembro, no Itaú Cultural com uma breve apresentação de Ramiro.

O projeto do livro foi concebido em 1982 reunindo textos, fotografias e reproduções dos jornais e revistas que documentaram as intervenções urbanas e outros trabalhos realizados pelo grupo ao longo de seus 3 anos de atividade. Consolidado e produzido por Mario Ramiro o livro, com 240 páginas, reúne extensa documentação de trabalhos, acompanhados pelos textos de três pesquisadoras que se debruçaram de forma mais sistemática sobre a produção do 3NÓS3 e o período de sua atuação.

Em suas mais conhecidas intervenções – como “Ensacamento”, de 1979, na qual dezenas de esculturas e monumentos públicos da cidade de São Paulo foram encapuzados com sacos de lixo e “X-Galeria”, também de 1979, onde várias galerias de arte da cidade foram lacradas simbolicamente com um “X” de fita crepe (acompanhado de um bilhete no qual se lia “O que está dentro fica, o que está fora se expande”) – a mídia impressa e televisiva tiveram um papel estratégico naqueles trabalhos, por atuarem como um prolongamento daquelas ações num suporte de maior alcance e permanência. Nesse contexto a fotografia e o vídeo protagonizam um “espaço” de acontecimento das obras, uma vez que as intervenções físicas na cidade tiveram curtíssima duração.

Além dos textos, a obra traz uma breve cronologia da produção brasileira de práticas artísticas urbanas anteriores ao 3NÓS3, assim como daquelas que ocorreram simultaneamente às atividades do grupo e também nos anos seguintes à sua atuação. O capítulo “Cronologia de fatos paralelos”, procura expor em uma linha do tempo o contexto de uma arte urbana emergente nos anos 1980, destacando produções que naquela época não foram identificadas necessariamente como uma nova forma de arte. Ela oferece apontamentos para a compreensão do que se poderia chamar de uma vocação performativa e coletiva da arte urbana no Brasil.

A passagem da década de 70 para a de 80 foi marcada pelo advento do grafite e do punk rock, do cinema e da música independente, da poesia de mimeógrafo e da arte xerox, como também foi simultânea ao fim da ditadura militar no Brasil e à ascensão de uma arte urbana e performativa. A arte alternativa, independente e marginal, constitui um novo capítulo nos estudos da arte contemporânea no Brasil, e por isso a urgência desta publicação.

Editado pela ubu editora, com a direção de arte de Elaine Ramos e coordenação editorial de Miguel Del Castillo o livro, impresso pela gráfica Ipsis terá tiragem de 1000 exemplares.

Sobre os artistas

Mario Ramiro nasceu em Taubaté, em 1957. Artista multimídia, sua produção reúne intervenções urbanas, redes telecomunicativas, esculturas, instalações, fotografia e arte sonora. É mestre em fotografia e novas mídias pela Escola Superior de Arte e Mídia de Colônia, na Alemanha, e doutor em artes visuais pela Universidade de São Paulo, onde atua como professor da Escola de Comunicações e Artes.

Hudinilson Jr. nasceu em São Paulo, em 1957. Foi um dos precursores da arte xerox no Brasil. Trabalhou com gravura, colagem, arte postal, grafite, xerografia, performance, livros de artista e intervenções urbanas. Foi o criador do Centro de Xerografia da Pinacoteca do Estado de São Paulo e pesquisador constante das manifestações de arte urbana no Brasil. Sobretudo após seu falecimento em 2013, sua produção tem sido revistada em diversas e importantes exposições realizadas no Brasil e no mundo.

Rafael França nasceu em Porto Alegre, em 1957. Um dos precursores da videoarte e da arte e tecnologia no Brasil, trabalhou com gravura, arte xerox, vídeo-instalações e intervenções urbanas. Radicado nos Estados Unidos, frequentou a School of the Art Institute of Chicago, onde estudou e desenvolveu uma parte significativa de sua produção videográfica, abordando temas controversos relacionados à sexualidade e à morte. Faleceu na capital do estado de Illinois em 1991.

Sobre os textos e suas autoras

Annateresa Fabris, historiadora da arte e professora da Escola de Comunicações e Artes da USP, foi a primeira a identificar na produção do grupo os traços de uma manifestação que ainda não havia sido captada pela crítica de arte no início dos anos 1980. Seu primeiro texto, publicado pela revista Arte em São Paulo, em 1984, aborda de forma concisa e abrangente os principais aspectos da produção do 3NÓS3, nos seus vínculos com a cidade e a mídia. Analisando as primeiras intervenções que “favoreciam interpretações de caráter sociológico por visar alvos consagrados”, ela as diferencia das interversões que teriam “como princípio gerador especulações de caráter visual – ‘contrastes’, ‘agrupamentos’, ‘relações com a forma, o espaço e a cor’”. Seu texto prenuncia questões estéticas que irão orientar o discurso da geração seguinte de artistas e críticos culturais.

Adelaide Pontes, pesquisadora do Centro Cultural São Paulo, foi curadora da primeira retrospectiva da produção do grupo em 2012, na exposição Obra e documento –Arte / Ação e 3nós3, que apresentou cerca de duzentas fotografias produzidas entre as décadas de 1970 e 1980 pelos dois grupos. O projeto curatorial foi um desdobramento de sua pesquisa acadêmica, cuja análise recaiu sobre o papel da documentação nas práticas artísticas do 3NÓS3 e do Arte / Ação, fazendo uma extensa investigação de mapeamento. Neste livro, seu ensaio analisa de forma abrangente a produção do 3NÓS3 num ambiente de relações com outros artistas e com os meios de comunicação, apresentando diversas referências catalográficas do período.

Erin Aldana, historiadora da arte e curadora norte-americana especializada em arte moderna e contemporânea da América Latina, é autora do primeiro estudo mais abrangente das intervenções urbanas em São Paulo nos anos 1980. Em sua tese ela considera a produção do 3NÓS3 como um eixo a partir do qual seria possível analisar a produção de outros coletivos em atividade no mesmo período, considerando o contexto sociopolítico que conduziu o Brasil de uma ditadura militar a um processo de redemocratização, numa atmosfera cultural que propiciou o surgimento da arte independente ou arte marginal. No livro o seu texto enfoca os últimos trabalhos realizados pelo 3NÓS3, as interversões de larga escala que utilizaram grandes faixas de plástico instaladas em complexos arquitetônicos e seu diálogo com as grandes estruturas urbanas.

Posted by Patricia Canetti at 4:03 PM