|
dezembro 6, 2017
Rodrigo Andrade na Pina Estação, São Paulo
Com mais de 100 trabalhos, incluindo uma obra feita exclusivamente para a Pina Estação, Rodrigo Andrade ganha individual a partir de 9 de dezembro
A Pinacoteca de São Paulo, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, inaugura, no dia 9 de dezembro, uma exposição retrospectiva da obra de Rodrigo Andrade. Com curadoria de Taisa Palhares e patrocínio do Banco Credit Suisse, Rodrigo Andrade: Pintura e matéria (1983-2014) reúne pela primeira vez um conjunto de mais de 100 trabalhos, apresentando uma visão abrangente de sua carreira, desde 1983 até os últimos cinco anos de sua produção. Entre os trabalhos apresentados destacam-se as obras de sua fase abstrata, quando Andrade começa a usar o estêncil, além de pinturas da série Matéria noturna, expostas na 29ª Bienal.
A exposição vem dar continuidade às mostras de revisão de carreira de artistas que emergiram no cenário brasileiro durante a década de 1980, que a Pinacoteca realiza há mais de dez anos. Vale lembrar que entre as obras apresentadas, está uma instalação criada exclusivamente para o prédio da Pina Estação, seguindo a produção de intervenções pictóricas realizadas pelo artista nos anos 2000 em espaços públicos, como “Lanches Alvorada”, “Paredes da Caixa” e “Óleo sobre”.
Um catálogo da exposição será publicado na abertura com reproduções de obras, um ensaio da curadora e um texto de Michael Asbury, autor convidado.
Rodrigo Andrade: Pintura e matéria (1983-2014) permanece em cartaz até 12 de março de 2018, no quarto andar da Pina Estação..
Rodrigo Andrade é um pintor paulistano, nascido em 1962, que iniciou sua trajetória artística em 1977, período em que estudou gravura com Sergio Fingermann. Na década de 1980 formou o grupo conhecido como Casa 7, que incluía ainda Nuno Ramos, Fabio Miguez, Carlito Carvalhosa e Paulo Monteiro. Sua produção inicial foi marcada pela observação dos comics norte-americanos e de pintores como o canadense Philip Guston. Em seguida, sua pintura passa a se identificar com uma produção então chamada de “matérica”, por valorizar o acúmulo de tinta e de outros elementos no suporte (papelão, madeira, etc), bem como a gestualidade ao preencher a superfície da pintura.